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Dia Internacional de Sensibilização do Método Canguru reforça humanização no cuidado neonatal

 


Neste 15 de maio, Dia Internacional de Sensibilização do Método Canguru, a Fundação Faculdade de Medicina de Rio Preto (Funfarme), através do Hospital da Criança e Maternidade (HCM), destaca sua atuação como referência no cuidado humanizado aos recém-nascidos prematuros, seguindo todas as etapas do método, que é reconhecido como política pública de saúde no Brasil.

Desenvolvido inicialmente em 1997, o Método Canguru busca não apenas reduzir complicações clínicas, mas também garantir o vínculo precoce entre o bebê prematuro e sua família. No Hospital da Criança e Maternidade (HCM), unidade da Funfarme, o método é aplicado por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais que atuam de forma integrada.

“Não se trata apenas de uma técnica, mas de um olhar humanizado que entende o bebê como indivíduo e os pais como participantes ativos no cuidado, e não como meras visitas”, explica a Dra. Maria Cristina Fleury Guimarães, médica e uma das tutoras estaduais do Método Canguru na instituição desde 2016.

O HCM oferece estrutura completa para aplicar o método em todas as suas fases, desde o pré-natal até a alta hospitalar. Mães de bebês com risco de prematuridade já recebem orientações antes do parto, e logo após o nascimento, o contato pele a pele é incentivado o mais cedo possível, desde a internação na UTI Neonatal. Além disso, há suporte contínuo à amamentação, com salas de ordenha disponíveis 24 horas por dia, e a permanência dos pais ao lado dos filhos é liberada durante todo o tempo de internação.

A unidade também realiza encontros periódicos com as mães, criando um espaço de troca de experiências e apoio mútuo. Em comemoração à data, o HCM promove nesta semana um encontro especial com essas famílias, reforçando a importância da presença ativa dos pais no desenvolvimento dos bebês prematuros.

Esse olhar acolhedor faz a diferença em histórias como a da estoquista Francieli Borges Pereira, mãe do pequeno Matteo Jonas Borges Pereira, nascido prematuro com apenas 1,3 kg. Aos cinco dias de vida, ele segue em recuperação na UTI Neonatal do HCM. “Pra gente foi desesperador, porque ele nasceu e eu pensei que já estava bem pra ir pra casa. Mas ele veio com dificuldade de respirar e nossa vida desabou”, contou a mãe emocionada. “Mas nesses dias aqui, vendo tantas mães e bebês ainda menores, a gente ganha força. O Matteo já está engordando, começando a respirar sozinho, e agora é esperar a alta.”

Francieli participa diariamente do Método Canguru, prática que, segundo ela, fortalece o vínculo e acalma o bebê. “É maravilhoso. Sentir o cheirinho, o coraçãozinho dele... ele ainda nem sabe que nasceu. Só mãe sabe o que é isso, é incrível demais.”

O pai, Washington Jonas Barboza Pereira, operador de caldeira, também faz questão de participar. “É uma experiência maravilhosa. O contato pele a pele dá mais força pra gente, nos ajuda a superar essa fase. E pro bebê, dá pra ver como ele fica mais aconchegado, confortável no colinho.”


Washington também faz um apelo aos outros pais: “Não é só a mãe que tem que cuidar. O neném depende dos dois. O pai tem que ajudar, tem que dar apoio. Quando Deus une os dois, se tornam um só. E o bebê precisa desse cuidado conjunto.”

Para o diretor administrativo do HCM, Dr. Wagner Vicensoto, histórias como a da família de Matheus mostram a essência do Método Canguru. “Quando temos pais envolvidos e uma equipe humanizada, como no HCM, o cuidado deixa de ser apenas clínico e passa a ser afetivo. Isso muda tudo: para o bebê, para os pais e para nós, profissionais da saúde", diz.

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