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Parque do Iguaçu é um santuário da natureza e símbolo de conservação

 

No Parque Nacional do Iguaçu os turistas chegam bem próximos das cataratas

Nelson Gonçalves, especial para a Folha2

Há 86 anos o Parque Nacional do Iguaçu é um santuário da natureza e um símbolo de conservação. A natureza é protagonista do local que, da porta da entrada até o lugar para avistar as cataratas, possui nove quilômetros de extensão por dentro da Mata Atlântica, com várias opções de passeio, que vão desde pistas de caminhadas, trilhas, ciclismo e botes nas correntezas. Ao todo, ida e volta totalizam 18 quilômetros e o visitante não pode entrar com o carro.

O ingresso custa R$ 105 para brasileiros e integrantes do Mercosul (argentinos, paraguaios e uruguaios). Os estrangeiros pagam R$ 117. O estacionamento do Parque Nacional do Iguaçu, na cidade de Foz do Iguaçu (PR), tem capacidade para 676 veículos de porte médio. O espaço é de 50 mil metros quadrados e fica logo na entrada onde está o Centro de Visitantes com uma boa estrutura de banheiros, lanchonetes e locais para descanso.

 Em todo o parque é proibido fumar. E para se deslocarem dentro do parque os visitantes dispõem de ônibus Double Decker, aqueles de dois andares que trazem informações, pelo sistema de som, em inglês, espanhol, francês, japonês e, claro, em português. Ao todo são 18 ônibus, sendo a maioria híbridos, com motores elétrico e diesel, que em média realiza 15 viagens, com saídas do Centro de Visitantes até o espaço Porto Canoas, ponto final do circuito. No trajeto são feitas paradas nas estações de Poço Preto, Macuco Safari, e Hotel das Cataratas, em plataformas fixas para embarque e desembarque.

Boa parte dos passeios internos são pagos a parte. Um passeio de bote nas correntezas, próximas das cataratas, custa R$ 386 por pessoa. O piquenique, que inclui tábua de frios, salada de frutas, sucos, água mineral e mix de castanhas, custa R$ 380 para duas pessoas. Aos sábados tem se a opção de jantar, a partir de R$ 290, com uma vista deslumbrante para as cataratas.

 

Santos Dumont interviu para que a área do parque fosse adquirida pelo governo

História do Parque de Iguaçu

 O Parque Nacional do Iguaçu foi criado em 10 de janeiro de 1939 pelo presidente Getúlio Vargas, após uma curiosa campanha desenvolvida por Alberto Santos Dumont, o pai da aviação. A história é repetida todos os dias pelos guias aos turistas. Santos Dumont (1873-1932) visitou o parque em 1916 e ficou extasiado com a beleza do local. De braços cruzados, imóvel, sem se preocupar com o tempo, ficou horas contemplando a maravilhosa paisagem.

Entretanto, Dumont ficou surpreso ao saber que toda aquela área pertencia a uma propriedade particular, cujo dono nem brasileiro era: um uruguaio. Dali, Santos Dumont seguiu para o Rio de Janeiro, então capital federal a quem solicitou às autoridades brasileiras que o local se tornasse público e protegido. Foi uma longa demanda de negociações e desapropriações, pois o governo acabou adquirindo outras áreas adjacentes. Por essa razão, no parque, em local de destaque, existe uma estátua em homenagem à Santos Dumont.

No ano de 1986, as cataratas de Foz do Iguaçu receberam o título, concedido pela UNESCO, de Patrimônio Mundial Natural. E no dia 11 de novembro de 2011, em uma eleição internacional, com votos de pessoas de todo o mundo, ela foi consagrada como uma das Maravilhas Mundiais da Natureza.

 O Parque Nacional do Iguaçu é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão federal responsável pela administração das unidades de conservação federais do Brasil. E desde 1999, o parque conta com gestão terceirizada. Em 2022, a concessionária Urbia Cataratas S/A ficou como a encarregada da gestão turística do local.

 Segundo a empresa que administra o local, o Parque Nacional do Iguaçu, recebe, em média, 1,2 milhão de visitantes por ano. Esse número é considerado pouco se comparado, por exemplo, com as cataratas do Niagara Falls, um dos principais destinos turísticos na fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos. Segundo o Ministério do Turismo do Canadá, as cataratas do Niagara recebem cerca de 22,5 milhões de visitantes por ano. 

Apesar de serem visivelmente menor em comparação com a queda das cataratas de Foz de Iguaçu, as do Niagara Falls tem como diferencial um infindável número de atrações, e com preços bem mais acessíveis aos visitantes, que vão desde montanhas russas, rodas gigantes, diversos parques de diversões, dezenas de restaurantes e lanchonetes e até salas com espelhos mágicos e trens fantasmas.

 A reportagem da Folha2 observou, no Parque Nacional Iguaçu, a falta de lanchonetes de lanches rápidos, chamadas de fast-food, caracterizadas por preparar e vender refeições de forma rápida. Além disso, as poucas lanchonetes do parque demoram para começar a funcionar e servir pelo menos um café no horário matinal.

 O Parque Nacional do Iguaçu não dispões de meia-entrada com descontos adicionais na tabela de ingressos nem para estudantes, nem para os idosos. A reportagem da Folha2 presenciou turistas, principalmente estrangeiros, reclamando desse benefício adotado em quase todos os países. A direção do parque justifica que leis federais, como as de números 10.741/2003 (Estatuto da Pessoa Idosa) e 12.933/2013 (beneficio de meia-entrada para estudantes) é válida apenas para estabelecimentos específicos, tais como cinemas, teatros, espetáculos musicais, esportivos e circenses. Mas não se aplica aos parques federais.

Crianças até 6 anos de idade, mediante apresentação de documento original com foto, são isentas de pagamento. Acima de 7 anos de idade, paga-se a entrada normal, de R$ 105. O preço é o mesmo do adulto.

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A força das águas que caem nas cataratas de Foz do Iguaçu impressiona os turistas

A beleza da natureza no Parque Nacional de Iguaçu é impressionante

além das águas, existe também muita área verde no Parque Nacional do Iguaçu

Os ônibus híbridos de dois andares fazem o transporte dos turistas dentro do parque

Os passeios radicais com botes nas correntezas elevam a adrenalina dos participantes 

Entrada de acesso ao Parque Nacional do Iguaçu. Daí em diante não entra mais carros

Jornalista Nelson Gonçalves, da Folha2, esteve em janeiro no Parque do Iguaçu

Centro do Visitante logo na entrada do Parque Nacional do Iguaçu

As cataratas do Niagara Falls são menores do que a de Foz do Iguaçu, mas atraem dez vezes mais turistas para a divisa do Canadá e Estados Unidos devido as atrações ao seu redor

A fonoaudióloga mineira Márcia Pacifico conhece tanto as cataras de Foz do Iguaçu como a do Niagara Falls e reconhece que falta mais atrativos e investimentos no Brasil

A peruana Mila Sosa foi conhecer de perto as cataratas do Niagara Falls


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