Folha2

Candidatos conhecidos do público sofreram derrocada nas urnas

 

A deputada mais votada nas eleições de 2018, com mais de 1 milhão de votos, não conseguiu se eleger como vereadora em São Paulo

Nelson Gonçalves, especial para a Folha2

O resultado das últimas eleições foi péssimo para muitos candidatos, principalmente para políticos mais antigos que pretendiam retornar em cena. A jornalista Joice Hasselmann, que já foi a deputada federal mais votada do país, com mais de 1 milhão de votos nas eleições de 2018, agora não conseguiu nem 2 mil votos para ser vereadora na cidade de São Paulo.

 O resultado aponta uma derrocada na carreira política da jornalista. Em 2020 ela tentou a prefeitura de São Paulo e ficou em sétimo lugar na disputa. Em 2022 concorreu novamente para a Câmara dos Deputados, tendo obtido pouco mais do que 13 mil votos. Na eleição do último dia 6 a votação dela diminui ainda mais: 1.673 votos. E não se elegeu para a Câmara dos Vereadores de São Paulo.

 São José do Rio Preto

Eni Fernandes que já foi a vereadora mais votada de São José do Rio Preto, nas eleições do ano 2000, desta vez ela teve apenas 667 votos. A ex-vereadora Celi, presidente do PT, registrou 667 votos.

O jornalista Luiz Storino, que em 2000 foi o segundo mais votado, obteve agora apenas 122 votos, concorrendo pelo PRD. O jornalista Robson Ricci, que foi o mais votado nas eleições de 2020, agora ficou de fora da composição dos eleitos com 2.897 votos. Estreando nas urnas a jornalista global Daniela Golfieri obteve 969 votos pelo MDB. Harley Pacola, outro jornalista bastante conhecido na telinha da televisão, teve 51 votos concorrendo pelo Republicanos. Outro jornalista bastante conhecido é o ex-árbitro de futebol Oscar Godoi, que se candidatou pelo Republicanos e teve 572 votos.

Muitos ex-vereadores que tentaram voltar a ocupar assento nas câmaras municipais enfrentaram resultados desastrosos nessas eleições. Os ex-presidentes da Câmara de Rio Preto Dourival Lemes e Gerson Furquim, receberam, respectivamente, 1.158 e 1.011 votos e ficaram longe de assumir novamente cadeiras no Legislativo. Os ex-vereadores Cesar Gelsi e Nilson Silva, respectivamente com 1.206 e 392 votos, também ficaram de fora. Assim como o ex-vereador Sargento Onho, que nestas eleições concorreu pelo PSB e teve 475 votos. O ex-vereador Márcio Larranhaga teve 591 votos concorrendo pelo Novo e o petista Márcio Ladeia teve votação pífia: 51 votos.

Outros ex-vereadores que tentaram voltar à Câmara e não conseguiram foram Zé da Academia (PRD) com 1.552 votos, Carlão do JC (Podemos) com 1.496 votos, Dinho Alhamar (PL) com 1.047 votos, Carlos Arnaldo (Rede) com 514 votos. Claudia de Giuli (MDB) com 1.874 votos e Karina Caroline (Podemos) com 497, que fazem parte da atual legislatura, não conseguiram se reeleger..

Eni Fernandes já foi a vereadora mais votada de Rio Preto e agora teve 667 votos, não se elegendo

.

Márcio Ladeia empatou na votação com o jornalista Harley Pacola: 51 votos

Maçonaria, Lions e Rotary 

Nem mesmo a Maçonaria e instituições centenárias como Rotary e Lions conseguiram eleger seus representantes para o Legislativo rio-pretense. O advogado Dani Mateus, representante da Loja Maçônica Cosmos, concorreu pelo MDB, conseguiu 2.058 votos e ficou como primeiro suplente do partido. Agnaldo Monezi e Jorge do Sim, da Loja Trabalho e Comunidade, concorreram pelo MDB e PSD e receberam, respectivamente, 97 e 324 votos. O maçom Bruno Mamoru, pelo PRD, conquistou 308 votos. E Felipe Marchesoni, da Loja Cavalheiros da Amizade, que disputou a prefeitura em 2020 e ficou em sexto lugar com 4.214 votos entre 10 candidatos a prefeito, desta vez obteve 544 votos como candidato a vereador pelo Avante.

Astéria Fernandes Quintana, presidente da Casa de Espanha e do Rotary Clube Centenário mesmo com a liderança de duas importantes e fortes entidades rio-pretenses não conseguiu ajuntar muitos votos. Obteve nas urnas 129 votos, concorrendo pelo MDB. O Cabo Júlio Donizete, que faz parte do mesmo clube, se reelegeu vereador pelo PSD com 3.882 votos. Allana Cegarra, que faz parte do Rotary Palácio das Águas, o maior clube da cidade, concorreu pelo Republicanos e teve 1.325 votos, também ficando longe de assumir uma cadeira na Câmara dos Vereadores.

 Analistas políticos avaliam que o fato de políticos famosos terem baixa votação pode ser reflexo de várias questões, como a insatisfação com gestão anterior, promessas não cumpridas ou até mesmo uma mudança de comportamento do eleitorado. Além disso, o contexto político e social atual, com crises econômicas ou escândalos, também pode ter influenciado na decisão dos eleitores. Os candidatos mais tradicionais e conhecidos foram substituídos por outros não tão conhecidos do público. Entretanto para os novatos e estreantes na política a baixa quantidade de votos significa apenas um teste nas urnas. E muitos pensam em não desistir: irão disputar novamente outras eleições.

O jornalista Harley Pacola garante que não irá desistir. Essa foi a sua primeira eleição que disputa. “Já começo a me preparar e estruturar desde já para a próxima eleição”, afirma. “Desistir é uma palavra que não faz parte do vocabulário da minha vida”. Astéria Fernandes também afirma que não pensa em desistir. Ela lamentou que a cidade com 15 clubes de Rotary poderia ter elegido vários rotarianos para a função de vereador.

Conheça a história de Abraham Lincoln, que disputou sem sucesso várias eleições e sofreu muitas derrotas até se eleger, em 1860, presidente dos Estados Unidos clicando aqui neste link


Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem

vários

Folha2
Folha2