A deputada mais votada nas eleições de 2018, com mais de 1 milhão de votos, não conseguiu se eleger como vereadora em São Paulo |
Nelson Gonçalves, especial para a Folha2
O resultado das últimas
eleições foi péssimo para muitos candidatos, principalmente para políticos mais
antigos que pretendiam retornar em cena. A jornalista Joice Hasselmann, que já
foi a deputada federal mais votada do país, com mais de 1 milhão de votos nas
eleições de 2018, agora não conseguiu nem 2 mil votos para ser vereadora na
cidade de São Paulo.
Eni Fernandes que já foi a
vereadora mais votada de São José do Rio Preto, nas eleições do ano 2000, desta
vez ela teve apenas 667 votos. A ex-vereadora Celi, presidente do PT, registrou
667 votos.
O jornalista Luiz Storino,
que em 2000 foi o segundo mais votado, obteve agora apenas 122 votos, concorrendo
pelo PRD. O jornalista Robson Ricci, que foi o mais votado nas eleições de 2020,
agora ficou de fora da composição dos eleitos com 2.897 votos. Estreando nas urnas a
jornalista global Daniela Golfieri obteve 969 votos pelo MDB. Harley Pacola,
outro jornalista bastante conhecido na telinha da televisão, teve 51 votos concorrendo
pelo Republicanos. Outro jornalista bastante conhecido é o ex-árbitro de futebol Oscar Godoi, que se candidatou pelo Republicanos e teve 572 votos.
Muitos ex-vereadores que tentaram voltar a ocupar assento nas câmaras municipais enfrentaram resultados desastrosos nessas eleições. Os ex-presidentes da Câmara de Rio Preto Dourival Lemes e Gerson Furquim, receberam, respectivamente, 1.158 e 1.011 votos e ficaram longe de assumir novamente cadeiras no Legislativo. Os ex-vereadores Cesar Gelsi e Nilson Silva, respectivamente com 1.206 e 392 votos, também ficaram de fora. Assim como o ex-vereador Sargento Onho, que nestas eleições concorreu pelo PSB e teve 475 votos. O ex-vereador Márcio Larranhaga teve 591 votos concorrendo pelo Novo e o petista Márcio Ladeia teve votação pífia: 51 votos.
Outros ex-vereadores que tentaram voltar à Câmara e não conseguiram foram Zé da Academia (PRD) com 1.552 votos, Carlão do JC (Podemos) com 1.496 votos, Dinho Alhamar (PL) com 1.047 votos, Carlos Arnaldo (Rede) com 514 votos. Claudia de Giuli (MDB) com 1.874 votos e Karina Caroline (Podemos) com 497, que fazem parte da atual legislatura, não conseguiram se reeleger..
Eni Fernandes já foi a vereadora mais votada de Rio Preto e agora teve 667 votos, não se elegendo |
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Márcio Ladeia empatou na votação com o jornalista Harley Pacola: 51 votos |
Nem mesmo a Maçonaria e
instituições centenárias como Rotary e Lions conseguiram eleger seus
representantes para o Legislativo rio-pretense. O advogado Dani Mateus,
representante da Loja Maçônica Cosmos, concorreu pelo MDB, conseguiu 2.058 votos e ficou
como primeiro suplente do partido. Agnaldo Monezi e Jorge do Sim, da Loja
Trabalho e Comunidade, concorreram pelo MDB e PSD e receberam, respectivamente,
97 e 324 votos. O maçom Bruno Mamoru, pelo PRD, conquistou 308 votos. E Felipe Marchesoni,
da Loja Cavalheiros da Amizade, que disputou a prefeitura em 2020 e ficou em sexto
lugar com 4.214 votos entre 10 candidatos a prefeito, desta vez obteve 544 votos
como candidato a vereador pelo Avante.
Astéria Fernandes Quintana,
presidente da Casa de Espanha e do Rotary Clube Centenário mesmo com a
liderança de duas importantes e fortes entidades rio-pretenses não conseguiu ajuntar
muitos votos. Obteve nas urnas 129 votos, concorrendo pelo MDB. O Cabo Júlio
Donizete, que faz parte do mesmo clube, se reelegeu vereador pelo PSD com 3.882
votos. Allana Cegarra, que faz parte do Rotary Palácio das Águas, o maior clube
da cidade, concorreu pelo Republicanos e teve 1.325 votos, também ficando longe
de assumir uma cadeira na Câmara dos Vereadores.
O jornalista Harley Pacola garante que não irá desistir. Essa foi a sua primeira eleição que disputa. “Já começo a me preparar e estruturar desde já para a próxima eleição”, afirma. “Desistir é uma palavra que não faz parte do vocabulário da minha vida”. Astéria Fernandes também afirma que não pensa em desistir. Ela lamentou que a cidade com 15 clubes de Rotary poderia ter elegido vários rotarianos para a função de vereador.
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