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Abraham Lincoln perdeu várias disputas antes de ser eleito presidente dos Estados Unidos

Abraham Lincoln serve de consolo para quem perdeu as eleições: depois de várias tentativas e derrotas (oito ao todo) ele foi eleito presidente dos Estados Unidos em 1860

 

Nelson Gonçalves, especial para a Folha2

Antes de sagrar-se vitorioso em 1860 como presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln disputou várias eleições. Ao todo foram oito disputas e perdeu na maioria delas. Nascido numa pequena cidade no estado de Kentuschy, sua família se mudou para Indiana e Abraham perdeu a mãe, Nancy Lincoln, quando ele tinha 9 anos. Foi grande baque em sua vida e seu, pai, Thomaz se mudou, junto todo restante da família, para Illinois.

 Ele ajudava o pai no trabalho braçal. Entretanto, o trabalho na fazenda não lhe agradara, pois preferia a leitura e os estudos. O primeiro emprego foi numa balsa. Na década de 1830, Lincoln decidiu entrar para a política, quando manifestou desejo de ocupar um cargo no parlamento local. Saiu fracassado das eleições. Em 1832 tentou ingressar na Assembleia de Illinois, mas novamente também fracassou. Dois anos depois ele tentou se eleger para a Casa dos Representantes de Illinois, uma espécie de Câmara dos Deputados, mas também fracassou na primeira vez. Se elegeu numa segunda tentativa, com baixa votação.

Lincoln começou a estudar Direito em 1836 e, depois de outras tentativas fracassadas na política, dez anos depois conseguiu se eleger para a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, em Washington.

Depois disso ele tentou, sem sucesso, por duas vezes, se eleger para o Senado dos Estados Unidos. Finalmente, aos 51 anos de idade, Lincoln foi eleito o 16º presidente dos Estados Unidos em 1860, em sua primeira candidatura para o cargo. Em resumo, ele participou de várias disputas, perdendo em várias delas, mas jamais desistiu de seus sonhos. Ele tinha o sonho de um dia ser presidente do seu país. E depois de muitas eleições fracassadas, consegui se eleger para o cargo mais importante do país.

Guerra civil nos Estados Unidos 

Logo que assumiu, em 1861, eclodiu uma revolução interna no país. Carolina do Sul, Alabama, Flórida, Mississipi, Georgia e Texas declararam separação dos Estados Unidos e anunciaram a formação dos Estados Confederados da América, nomeando um novo presidente. Lincoln não esmoreceu e afirmou que responderia militarmente qualquer tentativa de separatismo. Enviou 80 mil soldados para o sul dos Estados Unidos e deu-se início da Guerra Civil Americana ou Guerra da Sucessão, como ficou conhecido o maior conflito da história norte-americana, responsável pela morte de 500 mil pessoas.

O conflito, que se dava também por questões da abolição dos escravos, se estendeu até 1865, quando Lincoln foi reeleito para mais um mandato e o conflito foi finalizado com a vitória dos estados do Norte. A derrota dos sulistas fez com que os estados confederados fossem reintegrados à União. No transcorrer do conflito, Lincoln tomou uma decisão que mudou a história dos Estados Unidos: propôs a emancipação dos escravos em 1863.

Antes dos Estados Unidos, alguns países europeus, como o Reino Unido, a Dinamarca, Holanda e França já tinha declarado a abolição dos escravos. O Haiti, em 1804, foi o primeiro país a declarar a emancipação dos escravos. O Brasil, somente 25 anos depois dos Estados Unidos, em 1888, foi que a Princesa Isabel assinou a Lei Aurea abolindo por completa a escravidão em terras brasileiras.

 As feridas da guerra civil ainda perduraram por alguns setores isolados da política americana. Conspirações surgiram contra o mandato do presidente. Houve planos fracassados de tentativas de sequestro e até de assassinato. Porém o ator John Wilkes Booth, espião contratado pelos confederados, atacou pelas costas o presidente, no dia 14 de abril de 1865, quando ele estava em um teatro de Washington. Lincoln foi socorrido e faleceu no dia seguinte. O assassino fugiu e foi encontrado dias depois numa fazenda em Virginia. Morreu baleado ao resistir a prisão. Outras oito pessoas foram presas por participar da conspiração contra o presidente. E quatro delas foram condenadas à morte, sendo enforcadas publicamente.

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Pela internet e em várias livrarias tem diversos livros sobre a história de Lincoln

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