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Censo mostra que tem mais igrejas e templos do que escolas e hospitais

Um dos templos da Igreja Poder de Deus, com 18.000 metros quadrados de construção

Dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (2) mostraram que o país tem mais templos religiosos do que escolas e hospitais somados. De acordo com a análise, são 580 mil locais de devoção a diferentes tipos de religião ante 264 mil instituições de ensino e 264 mil unidades de saúde, que juntos totalizam 512 estabelecimentos.

Entre os Estados que lideram a lista de "mais religiosos" estão em primeiro o Amazonas, com aproximadamente um templo religioso para cada 68 domicílios; depois o Acre, com 69 na mesma proporção; e o Amapá aparece em terceiro, com cerca de 79.

Com os dados, é possível indicar que a Região Norte do país é a que tem mais igrejas e templos se comparado ao número de residências, com 459 para cada 100 mil habitantes. Ao todo, são 79.650 igrejas nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Ainda nesse comparativo populacional, a Região Sul — com os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina — aparece com a menor proporção de estabelecimentos religiosos por 100 mil habitantes, com 226.

O Censo apresentou uma análise por tipos de endereço, indicando que a maior parte dos logradouros é propriedade particular, como casas e apartamentos. Ao todo, as entrevistas contabilizaram 90,6 milhões de domicílios particulares. Em segundo lugar aparecem os estabelecimentos de outras finalidades, como lojas, prédios públicos e culturais, com 11,7 milhões. Aparecem ainda nos dados os estabelecimentos agropecuários, com 4 milhões; edificações em construção, com 3,5 milhões; e os domicílios coletivos (hotéis, presídios, pensões, asilos), com 104,5 mil.

CPI das igrejas evangélicas

Valdemiro Santiago é alvo de pedidos de investigações contra sua forma de atuar


Após um vereador em São Paulo pedir a instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as ações do padre Júlio Lancellotti, viralizou pelas redes sociais pedidos de internet para se instalar na Câmara dos Deputados para investigar as ações dos pastores que se aproveitam da boa fé dos fiéis.

Os internautas argumentam que as igrejas evangélicas recolhem milhões de reais em dízimo e, mesmo assim, são livres de impostos. As críticas miram, principalmente, o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo que recentemente foi visto em viagem a Dubai, nos Emirados Árabes, e veio a público detalhes da mansão em que o religioso vive. Outro na mira dos internautas é o pastor Valdemiro de Oliveira, que se autointitula como “apóstolo”, conhecido por envergar chapéus de vaqueiro nos cultos. Depois de alguns anos de serviços prestados à Igreja Universal do Reino de Deus se desentendeu com Edir Macedo e montou a sua própria igreja, a Mundial do Poder de Deus. É dono de 6000 templos espalhados pelo Brasil e outros 21 países, além de uma TV e uma rádio. Entre eles um de 18.000 metros quadrados na capital paulista.

Durante a pandemia, Valdemiro foi alvo de uma investigação por estelionato, após anunciar a venda de sementes de feijão “com poder de curar a covi-19”. Em 2021, Valdemiro acabou condenado a pagar R$ 35 mil ao ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa, por dizer que política tinha feito “pacto com o capeta”. Em 2003, ele chegou a ser preso por porte ilegal de armas em Sorocaba. A Polícia encontrou uma carabina, duas escopetas e munição no carro que ele dirigia..


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