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Silmara Teixeira, de 57 anos, diretora da escola Áurea de Oliveira em Bady Bassitt, é encontrada morta dentro de sua própria casa. Polícia suspeita de infarto fulminante |
Em fevereiro do ano passado a diretora denunciou o prefeito ao Ministério Público por supostas irregularidades no uso de verbas recebidas do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE). A denuncia foi aceita pelo promotor Sérgio Clementino, que determinou a instauração de inquérito para apurar a eventual compra fraudulenta de computadores e televisores com recursos do FNDE. O dinheiro, segundo a diretora, era para ser usado e aplicado na educação básica..
Pelas redes sociais diversas pessoas se
manifestaram publicamente sobre a morte da diretora. Seu ex-aluno Mattheus Matt
Gregory publicou um depoimento comovente. “Eu convivo de perto com essa grande
amiga”, disse. “Apesar de minha imperfeições ela sempre me cuidou com um
carinho imensurável. Isso não era só comigo, mas também com tantas pessoas que
passaram pelas suas mãos e ser coração. Quantas vezes eu fui na sua escola
simplesmente para falar com ela. Era como se fosse uma mãe para mim, e eu como
se fosse um filho para ela. Fazia questão de visitar ela, mesmo depois de ter
cumprido o período escolar muitos anos atrás. Ela cumpria com maestria o papel
de diretora, de conselheira, de amiga. Vou sentir muita saudade, com toda
gratidão e respeito a essa pessoa maravilhosa a qual tive o prazer de conhecer”.
Para Silvana Amaral, a
diretora Silmara Teixeira foi uma das suas melhores amigas. “Era uma amiga que não
media esforços para me ensinar como ser uma boa profissional”, escreveu
Silvana. “Tudo que fui na área da educação aprendi com ela.”
A estudante de Jornalismo
da Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), Ermaiê Menezes, teve a oportunidade
de entrevista-la no mês de julho para a matéria “Pandemia revela todas as
dificuldades para pais, mestres e alunos”, publicada no site da Unaerp (confira
matéria clicando neste link). Na matéria Silmara aponta que “a maior
dificuldade de nossos jovens é a de ser um sujeito ativo, responsável por seu
conhecimento”. “A geração de Whatsapp e de jogos eletrônicos é passiva, espera
tudo pronto”, disse a diretora, em entrevista para Ermaiê Menezes.
Ermaiê, por sua vez, manifestou
agora sua gratidão pela diretora ter cedido boa parte de seu tempo, em meio a
tantos compromissos, para colaborar com a sua primeira reportagem. “Me ensinou
muita coisa nessa pequena conversa. Hoje o céu ganha uma linda estrela. Seu
legado como educadora será sempre lembrado por todos que tiveram oportunidade
de conhecê-la”.