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Folha do Povo lança campanha para combater as Fake News

 

Seminário Internacional para Combater as Fake News, realizado no ano passado

Com o intuito de reduzir a quantidade de fakes News (notícias falsas) espalhadas pelas redes sociais a Folha do Povo lança campanha conta a propagação de informações falsas.  As consequências negativas das fake News são incalculáveis. A informação é distorcida, corrompendo-se a liberdade de expressão e o direto à informação, dois dos principais trunfos da democracia.

 As mentiras vêm se espalhando de forma avassaladora pelas redes sociais. Criaram uma verdadeira “indústria profissionalizada” para fabricar e distribuir em rede as mentiras. É tudo muito bem pensado e estrategicamente elaborado, com o intuito de enganar as pessoas desavisadas.

 Quem espalha fake News prejudica outras pessoas, a si mesmo e pode estar cometendo um crime. As fakes News geralmente acabam colocam em dúvida a reputação de pessoas idôneas e esconde a verdade sobre pessoas mal intencionadas, principalmente políticos.



 Seminário

 No ano passado durante Seminário Internacional para o Combate às Fake News, promovido por diversas instituições representativas de Direito, várias autoridades, entre juízes, promotores, advogados e ministros discutiram sobre o assunto. A conclusão é de que as instituições precisam agir para intensificar o combate às fake News e legislações precisam ser criadas para coibir e penalizar quem cria e espalha fakes News.

“Não podemos permitir que a linguagem do ódio asfixie o debate plural, indispensável em qualquer democracia”, afirmou o vice-presidente do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Luiz Viana Queiroz. “O diálogo e o respeito às divergências e as regras legais serão de suma importância nos próximos anos”.

 “Geralmente quem espalha fake News, sabe, na verdade, que aquela notícia é falsa, mas como aquela notícia lhe agradou e ela gostaria que aquilo fosse verdade ela repassa tentando induzir as outras pessoas”, explica o publicitário João Ferreira.

 “Não podemos deixar de apontar que as eleições de 2018 deixaram evidente a todos que operam e militam na área do Direito, especificamente na área eleitoral, a dificuldade de se garantir as regras jurídicas”, afirmou Raquel Branquinho, procuradora regional da República, durante o debate no Seminário de Combate às Fakes News.

 “Lutar contra a desinformação e defender a liberdade de imprensa e o pluralismo são fundamentais para que possamos defender nossas democracias e nossas sociedades”, afirmou Hilde Harderman, diretora do Serviço de Instrumentos de Política Externa da Comissão Europeia.  “A desinformação é global e é local ao mesmo tempo”.

 Sérgio Moro, presente no evento realizado no ano passado ainda como ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou que o tema debatido era muito importante e complexo no mundo todo. “Não é um tema unicamente no Brasil”, disse. “E o desafio de como controlar isso, especialmente com a velocidade de reprodução dessas informações no âmbito das redes sociais, coloca dúvidas até acerca da possibilidade de alguma espécie de controle possa ser bem sucedida, ou não”.

 Para o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), “fake News não tem nada a ver com liberdade de expressão”. Disse que liberdade de expressão é um direito, enquanto que espalhar mentiras é crime. “Por isso é que nós preconizamos uma tutela inibitória, ainda que queiram entender isso como censura, impedindo que uma fake News circule, sem prejuízo das sanções eleitorais, das sanções criminais e de outras sanções das quais o nosso Código está repleto”.

 “O que deveria ser uma ferramenta para trocarmos informações e procedimentos está sendo usado, infelizmente, por pessoas inescrupulosas, sem caráter, para aumentar o clima de tensão entre as pessoas”, afirma o jornalista Victor Augusto de Farias, diretor regional no Acre da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas). “Queremos conscientizar a população para que se atenha às notícias nos veículos de comunicação e, principalmente, nos sites de instituições oficiais. Uma notícia falsa pode causar mais danos à vida do que o vírus de uma doença”

 Coronavirus

 Depois da confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, as informações falsas, chamadas de fake News, se espalharam de forma assustadora pelas redes sociais. Em menos de um mês, o Ministério da Saúde recebeu mais de 60 mil postagens sobre o coronavírus. Desse montante, 85% eram informações falsas.

O material é disseminado em formato de textos, imagens e vídeos e confunde a população, segundo as autoridades em saúde, sobre como se prevenir do novo coronavírus (COVID-19). Circula, inclusive, receitas mirabolantes de cura, que até o momento não foi encontrada pela ciência mundial.

 “Não é porque foi algum parente, o seu amigo de confiança, a sua prima que mandou aquilo dali pelo Facebook ou compartilhou pelo Whatsapp que aquilo é verdadeiro. É muito importante a gente procurar checar a veracidade de um vídeo que a gente recebe pelas redes sociais, antes de mandar aquela informação para frente”, ressalta Ivanildo. infectologista do Instituto Emílio Ribas Francisco Ivanildo.

 Onde checar informações?

Fato ou Fake é uma das agências, composta por jornalistas de oito órgãos de imprensa, para checar as informações postadas nas redes sociais


 Existem hoje no Brasil mais de uma dezena de agências e sites checadores de notícias. A Folha do Povo relaciona abaixo alguns desses sites e informa quem os produz. 

Mas é muito fácil checar as informações recebidas. Não demora nem um minuto. E é muito simples. Basta digitar no Google, o site de buscas, a informação que pretende consultar. Quem tiver preguiça de digitar também pode usar o sistema de voz que o Google disponibiliza. Para isso, ao invés de digitar, basta clicar em cima do desenho do “microfoninho” na barra da digitação e fazer a pergunta desejada. Você pode perguntar, por exemplo: “É verdade que vinagre cura o Covid-19?”. Em 53 segundos surgirão aproximadamente 429.000 resultados de páginas e páginas falando sobre assunto.

 Como saber se é fake?

Primeira coisa a fazer é procurar outras fontes confiáveis antes de divulgar a informação recebida. Com uma simples pergunta no Google indagando, por exemplo, sobre a informação em menos de 3 segundos vão surgir milhares de sites que desmentirão ou confirmarão. Quem tiver preguiça de digitar pode, no celular, perguntar falando. Para isso basta apertar e segurar aquele “microfoninho”, que fica ao lado direto de quem digita.  
Existem também dezenas de sites e ferramentas para consultar mensagens duvidosas. A Folha do Povo relaciona algumas dessas ferramentas e sites abaixo:

*E-Farsas é um dos sites de checagem de notícias mais antigo que foi criado por jornalistas de diversos veículos  para evitar proliferação de boatos.

*Fato ou Fake faz apuração de notícias falsas com uma equipe composta por jornalistas que trabalham em veículos como Época, Extra, G1, CBN, Extra, TV Globo, GloboNews, jornais O Globo e Valor Econômico.

*Boatos.Org Site feito por jornalistas ávidos em descobrir a verdade. É mantido por anúncios.  https://www.boatos.org/ 

*Agência Lupa é composta por jornalistas que fazem a checagem de fatosprincipalmente políticos. Está ligada ao grupo Folha de S.Paulo.https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/

*Projeto Comprova reúne jornalistas de 24 diferentes veículos de comunicação brasileira para descobrir e investigar informações enganosas, inventadas e deliberadamente falsas.

*Fake Check é uma plataforma criada pela junção de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São carlos (UFSCar) para avaliar se o texto é verdadeiro ou falso. http://nilc-fakenews.herokuapp.com/

*Saúde sem Fake News para combater informações sobre saúde, o Ministério da Saúde, disponibilizou um número de Whatasapp para receber informações virais, que serão apuradas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.

*Fato ou Boato ferramenta lançada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que faz algumas recomendações: Fique atento à fonte da notícia. Leia o texto da matéria, não apenas o título. Preste atenção no endereço eletrônico da reportagem. Confirme a notícia em outros sites. http://www.justicaeleitoral.jus.br/fato-ou-boato/

*Comprove  A Câmara dos Deputados também criou um sistema  para as pessoas tirar dúvidas sobre conteúdos recebidos pelas sociais ou divulgadas em sites duvidosos da internet sobre as ações dos deputados. Também disponibiliza o whatsapp (61) 99660-2003 para atender essas demandas. www.camara.leg.br/comprove

*A Pública é uma agência fundada em 2011 por repórteres mulheres e hoje é composta por profissionais renomados do jornalismo investigativo brasileiro, que atuam ou atuaram nos principais veículos de comunicação do País. https://apublica.org/checagem

*Aos fatos é uma agência que apura notícias falsas e desvenda, por meio de tecnologia e inteligência artificial, fotos e vídeos montados. https://aosfatos.org

Vídeos contra as fake news
Confira abaixo vídeos institucionais lançados pela Justiça Eleitoral para combater as fake news nessas eleições:

 


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Lembre-se de checar e conferir tudo




Lembre-se: espalhar fake news é crime !





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