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Professores de Nova Aliança reclamam de baixo salário e vão à Justiça para receber o piso |
Os professores da rede municipal de Nova Aliança informam que estão recebendo salários abaixo do que determina a lei. Atualmente, o salário-base pago pela Prefeitura é de R$ 2.745,87 para uma jornada de 30 horas semanais, valor considerado um dos mais baixos da região. O piso salarial por 40 horas semanais é de R$ 4.867,66, que proporcionalmente teria que ser R$ 3.650,75.
O que a categoria reivindica é o cumprimento do piso nacional do magistério, que deve ser pago de forma proporcional à carga horária. Os professores de Nova Aliança alegam que estão recebendo quase R$ 900 a menos do que o que é garantido por lei.
Além da defasagem salarial, os docentes e os funcionários também reclamam do valor do vale-alimentação, fixado em R$ 350, um dos mais baixos entre os municípios vizinhos.
Na tentativa de amenizar a insatisfação, o prefeito Jurandir Barbosa de Morais (PSD) anunciou que a partir de 1º de dezembro haverá um reajuste de 10%. Com o aumento, o salário-base passará a pouco mais de R$ 3.020,00, mas ainda assim continuará abaixo do piso proporcional de 30 horas, que teria de ser R$ 3.650,75.
Diante desse cenário, um grupo de professores ingressou na Justiça para garantir o pagamento correto. Para eles, a luta vai além da questão financeira: trata-se de respeito e valorização profissional.
“O piso não é um benefício, é um direito que precisa ser cumprido. Trabalhamos com dedicação, mas precisamos ser valorizados de forma justa”, declarou uma das educadoras que participa do processo, pedindo para não ter seu nome revelado, temendo represálias por parte da administração municipal.
O impasse reacende o debate sobre a falta de investimentos na educação municipal e sobre a urgência de políticas que valorizem os profissionais que estão diariamente em sala de aula.