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| Padre indiano, durante celebração de missa na Igreja São Francisco, em Rio Preto |
Os fiéis da Igreja São
Francisco de Assis, no bairro de mesmo nome em São José do Rio Preto, foram
surpreendidos neste domingo (26) com a presença de um celebrante incomum. Pelo
sotaque, muitos imaginaram que se tratava de um padre latino ou italiano. No
entanto, durante a homilia, o próprio sacerdote revelou, para surpresa de todos,
que era indiano.
Conhecido no Brasil como padre Joseph Raj Arocruya Samy,
ele contou ter se formado em um seminário católico na Índia e que vive no Brasil
há nove anos, tendo se radicado no Amazonas. Natural de uma pequena cidade do
estado de Tamil Nadu, no sul da Índia, o
padre vem de uma região famosa por seus templos hindus em estilo dravidiano.
Tamil Nadu possui uma das culturas mais antigas e contínuas do planeta, com
vestígios arqueológicos que indicam ocupação humana há mais de 400 milênios e uma história
cultural ininterrupta de mais de 5.500 anos.
A Índia, hoje o país mais
populoso do mundo — ultrapassando a China —, abriga cerca de 1,5 bilhão de habitantes. A
religião predominante é o hinduismo,
seguido pelo islamismo (aproximadamente 14%
da população) e pelo cristianismo (2,3%), que inclui católicos e protestantes.
Embora milenar, a Índia
tornou-se independente apenas em 15 de agosto de 1947 ,
encerrando o domínio britânico. A independência resultou na partição do território em dois
países: Índia e Paquistão, separados por razões
religiosas, com a Índia majoritariamente hindu e o Paquistão de maioria
muçulmana.
O processo de
independência foi marcado pela liderança espiritual e política de Mahatma Gandhi, considerado o
“pai da Índia”. Ele defendeu a libertação do país por meio da não violência, lutando também
contra a pobreza, o preconceito e o sistema de castas. Seu exemplo inspirou
líderes mundiais dos direitos civis, como Martins Luther King Jr. e Nelson Mandela.
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