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| Eizi Hirano com um dos aviões da sua frota de veículos |
Nelson Gonçalves, especial para a Folha2
O
Grupo Hirano foi uma das maiores organizações fotográficas do Brasil, criado
pelos irmãos Jorge, Giro e Eizi Hirano. Filhos de imigrantes japoneses — Tikuyo
e Yukio — que chegaram ao Brasil, junto com a leva de imigrantes, entre 1928 e 1935, os irmãos nasceram em Padre
Nóbrega, distrito de Marília, e cresceram em Tupã. Ainda adolescentes,
começaram a trabalhar no laboratório de imagens do tio, que logo deixou o
negócio para os sobrinhos.
Fotos coloridas
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| Uma das lojas da Jet Color, da família Hirano. A sigla Jet, segundo ex-funcionários, vinha dos nomes dos proprietários Jorge, Eizi e da cidade de Tupã |
Com
uma extensa rede de vendedores que captavam um número imensurável de contratos
para fotografar casamentos e formaturas, a Jet Color conseguiu desbancar, e
levar à falência, centenas de pequenos estúdios fotográficos do interior do
Estado. Quando surgiu a fotografia colorida no Brasil, havia apenas três
laboratórios que faziam a revelação em cores: Kodak, Fuji, Curt e Jet Color.
Ninguém mais queria fotos em preto e branco. Todos queriam que o registro fosse em cores. O volume de contratos era tão grande que, mesmo com mais de 400 funcionários, a empresa não conseguia dar conta da demanda. Para suprir essa necessidade, a Jet Color passou a contratar os próprios fotógrafos das cidades para realizarem os trabalhos como freelancers.
Em âmbito pessoal, Eizi Hirano teve grande repercussão ao ser acusado da morte de sua esposa, Clélia Damião Hirano, mas foi inocentado graças à atuação de seu advogado, Márcio Thomaz Bastos. Mais tarde Bastos foi ministro da Justiça no primeiro governo do presidente Lula. O empresário faleceu em 30 de abril de 1998, vítima de acidente de trânsito em Tupã.

