A Funfarme (Fundação Faculdade Regional de Medicina) de São José do Rio Preto apresentou durante evento promovido pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), um panorama das ações e tecnologias empregadas no gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (RSS), destacando resultados expressivos em sustentabilidade, segurança biológica e eficiência operacional.
Representando o complexo hospitalar, o engenheiro clínico e de infraestrutura hospitalar Rodrigo Plazas compartilhou dados que reforçam o protagonismo da Funfarme na gestão ambiental da saúde. Por ano, todas as unidades do complexo hospitalar geram mais de 500 toneladas de resíduos infectantes e perfurocortantes, além de 715 toneladas de resíduos comuns e 28 de químicos. Todo esse volume exige controle técnico rigoroso.
"Regionalmente, realizamos um trabalho exemplar na gestão dos nossos resíduos, sempre com responsabilidade e respeito ao meio ambiente. É um benefício não só para a preservação ambiental, mas para toda a população. Na semana passada, participamos de um evento promovido pela própria CETESB sobre gestão integrada de resíduos no Noroeste Paulista, que abordou desde resíduos industriais até perigosos. A Funfarme, que é referência nessa área, contribuiu trazendo a experiência e as práticas aplicadas especificamente na área da saúde”, disse Rodrigo.
Dr. Horácio Ramalho, diretor executivo da Funfarme destaca que as iniciativas da instituição estão plenamente alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos na Agenda 2030 da ONU — um dos pilares centrais da nossa gestão institucional, que orienta decisões e práticas em todas as áreas de atuação. Contamos com ações estruturadas que abrangem os três pilares do ESG (Ambiental, Social e Governança), gerando resultados concretos e sustentáveis que beneficiam a sociedade, preservam o meio ambiente e fortalecem a transparência e a ética em nossa atuação”.
A Funfarme mantém uma central própria de esterilização de resíduos, abastecida por geradores de vapor que utilizam briquetes ecológicos de madeira como combustível, e adota sistemas de desinfecção por luz ultravioleta para águas residuárias deste processo. Essas práticas garantem o descarte seguro de mais de 2,9 toneladas diárias de resíduos infectantes e cerca de 4 toneladas de resíduos comuns, além de ampliar a reciclagem de papel, plástico, metais e outros materiais. Essa quantidade de resíduo é equivalente a 2% do total gerado pela cidade de Rio Preto, atualmente com 500 mil habitantes.
O compromisso ambiental vai além do tratamento de resíduos. A instituição investe em energia solar, gerando 130 mil kWh anuais e economizando R$ 250 mil por ano, além de reaproveitar mais de 8 mil kg de retalhos têxteis em parceria com entidades sociais.
Durante a pandemia de Covid-19, a Funfarme chegou a liderar o país na disponibilidade de UTIs, o que aumentou em até 44% a geração de resíduos infectantes. Mesmo diante do desafio, manteve a conformidade ambiental e a segurança operacional.