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Três candidatos disputam o cargo de Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica de São Paulo

 

Os três candidatos ao Grão-Mestrado: Jorge Haddad, Joaquim Domingues e Charles

Nelson Gonçalves, especial para a Folha2

A eleição do futuro Grão-Mestre é sempre um momento de grande importância e reflexão para a Maçonaria, uma vez que a escolha do líder máximo de uma loja ou de uma grande potência maçônica envolve não apenas um processo de decisão, mas também a preservação e continuidade dos valores da fraternidade. Neste contexto, três chapas se inscreveram na disputa para o cargo de Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, a GLESP. Cada uma representando uma visão e um conjunto de propostas distintas, mas que, em suma, visam o bem estar da Maçonaria e dos seus integrantes.

 Com cerca de 24.500 filiados, de mais de 900 lojas espalhadas por todas as regiões do Estado, a GLESP é considerada como uma das maiores potências maçônicas da América Latina. Nem mesmo o centenário Grande Oriente do Brasil (GOB), a potência brasileira mais antiga, fundada em 1822, possui, isoladamente, números tão impressionantes em cada estado, como os da GLESP, dona de um patrimônio invejável que incluiu um palácio enorme, com restaurante, museu, farmácia, vários templos e um teatro para mais de 1.200 lugares, no bairro da Liberdade em São Paulo.

Três chapas na disputa 

São três chapas na disputa para gerenciar o destino da potência para os próximos três anos. A eleição para a escolha do Grão-Mestrado ocorre na primeira semana de maio, antecedendo a escolha dos novos veneráveis mestres de cada loja maçônica. O escolhido irá gerenciar um orçamento de cerca de R$ 35 milhões, que chega ser quase o dobro do orçamento anual de muitas pequenas cidades interioranas. Em média o orçamento dos municípios com menos de 10.000 habitantes o valor dos seus orçamentos gira em torno de R$ 5 milhões a R$ 20 milhões.

A Chapa 1 “Para o Futuro Continuar” é encabeçada pelo empresário e engenheiro Jorge Anysio Haddad, dono de uma empresa ligada ao setor da indústria de produtos para a construção civil em Araraquara. Ele ocupou o cargo de Grão-Mestre até começo deste ano quando renunciou ao cargo para poder concorrer à reeleição. Com discurso focado em modernização, ele propõe a utilização de novas tecnologias para facilitar a comunicação e compartilhamento de conhecimentos entre os irmãos da ordem.

A Chapa 2 “Lealdade & Verdade” é liderada pelo empresário no ramo da segurança Joaquim Domingues Filho. Ele foi fundador e diretor do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Alphaville/Tamboré, em Barueri e ocupou até o começo deste ano o cargo de Grão-Mestre Adjunto. Era aliado de Jorge Haddad. Entre as propostas da sua chapa estão planejar ações para as comemorações do centenário da GLESP em 2027, que incluem o lançamento de um livro para contar a história da entidade, impulsionar a Orquestra Carlos Gomes e fortalecer intercâmbios turísticos para os filhos dos maçons. Entre as propostas também estão a instalação de um portal da transparência nas contas. 

A Chapa 3 “Maçonaria Fraterna” é encabeçada pelo advogado Charles Jean Fusco, de Ribeirão Preto, que no final de 2021 chegou a ocupar temporariamente o cargo de Grão-Mestre após o afastamento do titular do cargo João Xavier, para poder concorrer à reeleição. Entre as propostas da chapa estão a criação de hospitalarias regionais, adequação da Constituição e demais legislações da instituição e a promoção de seminários, jornadas e congressos visando dar ênfase à unificação da ritualística nas lojas maçônicas.

 Confira abaixo os nomes dos integrantes de cada chapa, que ainda deverão ser homologados pelo Tribunal Maçônico Eleitoral, que estão na disputa:



Chapa 1 é encabeçada por Jorge Haddad, de Araraquara


Chapa 2 é encabeçada por Joaquim Domingues, de Osasco



Chapa 3 encabeçada por Charles Fusco, de Ribeirão Preto



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