![]() |
Os três candidatos ao Grão-Mestrado: Jorge Haddad, Joaquim Domingues e Charles |
Nelson Gonçalves, especial para a Folha2
A eleição do futuro
Grão-Mestre é sempre um momento de grande importância e reflexão para a
Maçonaria, uma vez que a escolha do líder máximo de uma loja ou de uma grande
potência maçônica envolve não apenas um processo de decisão, mas também a
preservação e continuidade dos valores da fraternidade. Neste contexto, três
chapas se inscreveram na disputa para o cargo de Grão-Mestre da Grande Loja
Maçônica do Estado de São Paulo, a GLESP. Cada uma representando uma visão e um
conjunto de propostas distintas, mas que, em suma, visam o bem estar da Maçonaria e
dos seus integrantes.
São três chapas na disputa para gerenciar o destino da potência para os próximos três anos. A eleição para a escolha do Grão-Mestrado ocorre na primeira semana de maio, antecedendo a escolha dos novos veneráveis mestres de cada loja maçônica. O escolhido irá gerenciar um orçamento de cerca de R$ 35 milhões, que chega ser quase o dobro do orçamento anual de muitas pequenas cidades interioranas. Em média o orçamento dos municípios com menos de 10.000 habitantes o valor dos seus orçamentos gira em torno de R$ 5 milhões a R$ 20 milhões.
A Chapa 1 “Para o Futuro
Continuar” é encabeçada pelo empresário e engenheiro Jorge Anysio Haddad, dono
de uma empresa ligada ao setor da indústria de produtos para a construção civil
em Araraquara. Ele ocupou o cargo de Grão-Mestre até começo deste ano quando
renunciou ao cargo para poder concorrer à reeleição. Com discurso focado em
modernização, ele propõe a utilização de novas tecnologias para facilitar a
comunicação e compartilhamento de conhecimentos entre os irmãos da ordem.
A Chapa 2 “Lealdade &
Verdade” é liderada pelo empresário no ramo da segurança Joaquim Domingues
Filho. Ele foi fundador e diretor do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg)
de Alphaville/Tamboré, em Barueri e ocupou até o começo deste ano o cargo de
Grão-Mestre Adjunto. Era aliado de Jorge Haddad. Entre as propostas da sua
chapa estão planejar ações para as comemorações do centenário da GLESP em 2027,
que incluem o lançamento de um livro para contar a história da entidade, impulsionar
a Orquestra Carlos Gomes e fortalecer intercâmbios turísticos para os filhos
dos maçons. Entre as propostas também estão a instalação de um portal da transparência nas contas.
A Chapa 3 “Maçonaria
Fraterna” é encabeçada pelo advogado Charles Jean Fusco, de Ribeirão Preto, que
no final de 2021 chegou a ocupar temporariamente o cargo de Grão-Mestre após o
afastamento do titular do cargo João Xavier, para poder concorrer à reeleição.
Entre as propostas da chapa estão a criação de hospitalarias regionais,
adequação da Constituição e demais legislações da instituição e a promoção de
seminários, jornadas e congressos visando dar ênfase à unificação da ritualística
nas lojas maçônicas.
![]() | ||
Chapa 1 é encabeçada por Jorge Haddad, de Araraquara
|
![]() |
Chapa 3 encabeçada por Charles Fusco, de Ribeirão Preto |