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Falece Vislei Bossan, o Mário Luiz que sabe o que diz, aos 78 anos

 

Vislei Bossan ou Mário Luiz, o comentarista que sabe o que diz, faleceu aos 78 anos

Por Nelson Gonçalves, especial para a Folha2

Faleceu nesta terça-feira em São José do Rio Preto o jornalista e comentarista esportivo Mário Luiz, aos 78 anos de idade. Ele que utilizava o slogan “o comentarista que sabe o que diz” era, na verdade, Vislei Bossan, nome verdadeiro desse atuante radialista e jornalista que foi para muitos um dos principais mestres do jornalismo esportivo da região.

Seu corpo foi sepultado, a pedido dele e da família, sem velório. Poucas pessoas compareceram ao sepultamento, numa cerimônia restrita e reservada à família. Segundo o filho Alessandro, seu pai estava doente fazia quase dois anos e vinha sofrendo.

Nascido em 31 de agosto de 1945 em Tecaindá, distrito da cidade de Martinópolis, sua carreira no rádio começou ainda jovem em emissoras de Presidente Prudente e Ribeirão Preto, mas se consolidou a partir de 1962 quando chegou para trabalhar em São José do Rio Preto. Foi aqui que ganhou o nome artístico dado por Nelson Antônio e Egydio Lofrano, que achavam Vislei Bossan de pouca sonoridade e muito ruim para se falar no rádio. A solução veio na junção de dois nomes de estrelas do rádio esportivo, Mário Moraes e Pedro Luiz, locutores muito famosos da Rádio Bandeirantes em São Paulo. Já o slogan “comentarista que sabe o que diz” foi criado pelo locutor Nelson Antônio, durante uma transmissão.

Nome e slogan transformaram-se na marca registrada de uma longa carreira que deslanchou a partir de sua contratação pela Rádio Independência AM, em 1965. Foi a época de ouro da emissora, que tinha entre seus contratados os mais famosos nomes do rádio rio-pretense. Trabalhou ao lado de vários profissionais que integravam o time de primeira linha da emissora: Hitler Fett. Nelson Brandão, José Luiz Rey, Rogério Cosi, Marcelo Gonçalves, Eward Villa, Luiz de Almeida, Roberto Toledo, entre outros.

 Versátil no jornalismo

Versátil no jornalismo, também foi correspondente com o nome de Mário Luiz para a Folha de São Paulo e integrou, durante 24 anos, a redação do jornal Diário da Região, onde chegou ao posto máximo de diretor de redação. Participou de transmissões de jogos históricos em campeonatos no Brasil e no exterior. Chegou a cobrir a Copa do Mundo, realizada no México em 1986. Depois de sair do jornal, trabalhou na FM Diário e na Rádio Centro América. Se enveredou ainda pela iniciativa privada, empreendendo, junto com o filho, o publicitário Alexandre Bossan, na área de publicidade e propaganda na Agência Interativa.

Além de Alessandro, Vislei Bossan deixa a esposa Vera Lúcia, a filha Juliani e três netos: Enzo, Victor e Barbara. Mário Luiz, o comentarista que sabe o que diz, era espirita, palmeirense. Depois de aposentado, gostava de ver futebol pela televisão e escrever artigos sobre espiritismo. Assim como sempre apreciou a vida, com muita simplicidade, assim foi sepultado, de maneira simples, sem pompas e nem muito choro. Ele se foi, mas deixou um grande legado de retidão e honestidade aqui na Terra.

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Discreto, Mário Luiz sempre tratava a todos de forma igual e com muita educação

Equipe esportiva da Rádio Independência no final dos anos 80: Nelzon Luiz, Mário Luiz, Hitler Flett e Amilcar Prado no antigo estádio do América Futebol Clube 


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