Deputada Beth Sahão durante o lançamento da campanha em defesa das universidades
Um dos maiores estragos, dentre tantos deixados pelo
governo anterior, está na área da educação. No ensino superior não foi
diferente. Os bloqueios de recursos destinados às universidades públicas,
apenas no último trimestre da gestão Bolsonaro, somaram R$ 1,68 bilhão, dos
quais R$ 344 milhões foram retirados diretamente dos caixas das universidades.
Isso afetou a continuidade de pesquisas, atingiu o
pagamento de bolsistas e de funcionários terceirizados, e nem mesmo contas de
água e luz escaparam do caos promovido premeditadamente nos estertores do
bolsonarismo à frente do poder.
É por razões como esta que a deputada estadual Beth
Sahão (PT) lança oficialmente nesta quarta-feira, dia 26, a Frente Parlamentar
em Defesa das Universidades Públicas e Institutos de Pesquisa. O ato oficial do
lançamento vai acontecer a partir das 10 horas, no auditório Teotônio Vilela da
Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
A parlamentar, que tem em seu histórico de lutas a
defesa do ensino e da pesquisa como um dos pilares de uma sociedade que se
pretende mais justa socialmente e democrática, entende que o papel
preponderante exercido pelas universidades e pelos institutos de pesquisa
precisa ser fortalecido e valorizado.
Segundo Beth, a atuação decisiva da ciência em favor
da vida se provou essencial mais uma vez no ápice da pandemia de covid-19. E
foi graças aos esforços de pesquisadores do Instituto Butantan que o Brasil conseguiu
a vacina tão negada e negligenciada por quem estava no comando do País à época.
“A tentativa de desmonte das universidades públicas e
dos institutos de pesquisa foi brutal com Bolsonaro. Para se ter uma ideia, dos
21 institutos de pesquisa existentes no País, 19 tiveram queda em seus últimos
orçamentos. E a política indiscriminada
de privatizações persiste no atual governo de São Paulo, que segue a mesma
cartilha bolsonarista”, afirmou a deputada.
Beth Sahão ressalta a sua posição antagônica aos intentos
do governo paulista, que ameaça o futuro das pesquisas tão necessárias ao
progresso almejado. “Nós seremos uma barreira para que isso não ocorra. Muito
pelo contrário, pra que haja o fortalecimento e a valorização dos institutos
públicos, que têm que ficar nas mãos do Estado”, destacou.
E para reforçar ainda mais a sua atuação nesta área, a
deputada também integra a Comissão Permanente de Ciência, Tecnologia, Inovação
e Informação da Alesp, biênio 2023/24.
“Faremos a interface com as universidades públicas,
com as Fatecs, Etecs e institutos de pesquisa no sentido de apresentar
propostas que possam melhorar a vida de todos que atuam nesta área e, por
consequência, melhorar a vida da população”, disse Beth quando da oficialização
da comissão, na semana passada.