Moradora de Itajobi que
participou dos atos golpistas em Brasília, Mari Bizari, ex-candidata a
vereadora e a deputada nas últimas eleições, não foi presa, mas está bastante encrencada.
Ela se deixou fotografar com a camisa da Seleção Brasileira, com óculos de
natação e máscara defronte a uma janela, segurança um punhal nas mãos.
A imagem, segundo matéria
da jornalista Maria Elena Covre, do Diário da Região, viralizou por quase todo
o Brasil no universo virtual e a transformou na “principal suspeita” de ter
esfaqueada o quadro do artista Di Cavalcanti, avaliado em R$ 8 milhões, em
exposição permanente no saguão do Palácio do Planalto em Brasília. Não há,
porém, nenhuma comprovação de que ela seja realmente a autora das perfurações
encontradas no quadro. A Polícia Federal ainda está fazendo apurações sobre o crime.
Após a repercussão da
divulgação da sua foto com a faca na mão nas redes sociais e jornais, Mari
Bizari gravou longos vídeos para tentar se justificar. Afirmou que tudo não
passou de uma brincadeira e fez ataques e ameaças aos moradores de Itajobi que
divulgaram a foto e fizeram comentários a respeito nas redes sociais.
Nos vídeos, Mari disse ser
uma pessoa do bem e confirmou que viajou para Brasília por cinco vezes para
participar dos atos golpistas. “O povo não está aceitando uma pessoa condenada
na Justiça não sei por quantas instâncias”, justificou. “Eu não sou capaz de matar
uma barata”.
Ressaltando que tudo não
passou de uma brincadeira quando ela postou a foto num grupo de Itajobi dizendo
que estava preparada, ela afirmou que levava um rosário na bolsa e quem entrou
com objetos cortantes no palácio foram “os infiltrados”. “Pelo amor de Deus vocês vão
acreditar nessa mentira”, afirmou. “Quem entrou com alguma coisa foram os
infiltrados”.
Ela também fez ameaças
contra moradores de Itajobi. “Eu vou atrás de quem colocou minha foto. Esse
grupo de milhões de pessoas aí de Itjobi que estão (sic) me chamando de
golpista, terrorista no Jornal Nacional eu vou pegar um advogado fudido (sic) e
vou processar todo mundo. Todo mundo vai ter que calar a boca”.
“Vocês não entendem que
nós não somos terroristas. Isso é que eles estão criando na mídia para enganar
vocês, que não pensam para fazer uma merda (sic) dessa: jogar uma foto nossa e
acabar com a nossa vida”.
Mari Bizari foi candidata
a vereadora pelo DEM em 2020 e obteve 70 votos. Nas eleições de 2022 foi candidata
a deputada estadual pelo União Brasil e obteve 862 votos. Ela recebeu R$ 248 mil
do Fundão Eleitoral e praticamente gastou todo o dinheiro na campanha. Chama a
atenção na prestação de contas vários pagamentos no valor de R$ 6 mil, destinados
a contratação de cabos eleitorais, pagos para várias pessoas com o mesmo
sobrenome.