O nome da ex-candidata a
deputada estadual Mari Cristina Bizari, moradora na cidade de Itajobi, na
região de São José do Rio Preto, figura como suspeita de ter perfurado o quadro
de Di Cavalcanti, no Palácio do Planalto. Segundo postagens nas redes sociais,
ela aparece em uma das fotos do ataque terrorista às sedes do Congresso
Nacional, da Suprema Corte do Governo Federal, segurando uma faca ou algum
objeto similar cortante em uma das mãos. Na foto ela aparece estar próxima a
uma das janelas do Palácio, mostrando parte da Praça dos Três Poderes ao fundo.
A notícia se espalhou
rapidamente nas redes sociais. Segundo reportagem feita pelo jornalista Jair Viana, do Jornal Bom Dia, a
Polícia Federal já está no encalço da ex-candidata. Ela disputou as últimas
eleições pelo partido União Brasil e apoiava a candidatura a reeleição do
ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem era aliada partidária.
Segundo fontes da Polícia
Federal a foto de Mari serve como evidência, já que os furos na tela coincidem
com o formato do instrumento cortante visto na mão da mulher. Ela esteve
presente no atentado e entrou no Palácio do Planalto, segundo mostram as
fotografias nas redes sociais. Ela foi procurada pelo jornal, mas não atendeu
as ligações.
Nas últimas eleições Mari
Bizari recebeu R$ 248 mil do Fundão Eleitoral. Gastou R$ 244 mil. Chama a atenção
na relação de despesas uma série de pagamentos no valor de R$ 6, a titulo de
pagamento de cabo eleitoral, para diversas pessoas com o mesmo sobrenome, o que
leva a crer que são todos de uma mesma família. Ela não foi eleita e obteve apenas
862 votos.
A reportagem do jornal Bom Dia deixou vários recados no celular da ex-candidata, além de ter feito ligações. Mesmo tendo visualizado as mensagens, ela não respondeu. Uma fonte de Itajobi, onde ela possui residência, disse que o último contato dela com familiares teria sido feito de um hotel em Brasília. Não se sabe se ela está foragida ou se foi presa junto com a turma de vândalos invasores à sede dos três poderes.
Quadro
A Polícia Federal ainda
procura quem foram os autores de seis perfurações, provavelmente feitas com um punhal,
faca ou algum outro objeto cortante, no quadro do artista Di Cavalcanti,
avaliado em cerca de R$ 8 milhões. O quadro ficava numa parede no terceiro
andar do prédio. A ex-candidata a deputada é uma das suspeitas de ter cometido esse crime.
Além do quadro perfurado, os
vândalos terroristas quebraram e danificaram vitrines, vidraças e janelas dos
prédios dos Três Poderes. Entre os quais um vitral no Congresso Nacional
concebido pela artista plática Marianne Peretti. A galeria de fotos de todos os
presidente da República também foi toda destruída numa ação de ódio e
terrorismo pelos bens públicos.
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