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Donos de bares e restaurantes devem ficar atentos ao pagamento dos direitos autorais

 

Comerciantes devem ficar atentos ao recolhimento dos direitos autorais

Com a chegada da Copa do Mundo muitos barzinhos e restaurantes abrem suas portas para os clientes colocando músicas para alegrar o ambiente, antes do início dos jogos. Com música tudo fica melhor. A música agita a torcida e contagia. Ela conecta o público e deixa o espaço no clima perfeito para assistir aos jogos.

Porém existe uma ressalva que deve ser respeitada pelo dono do estabelecimento: o pagamento dos direitos autorais. Todo estabelecimento comercial que utiliza música, seja ao vivo ou música mecânica de som ambiente, é obrigado a recolher antecipadamente os direitos autorais aos compositores.

E quem não paga o direito autoral responde na Justiça por usar músicas sem autorização e pode pagar até 20 vezes o valor que deveria ser pago. E no Brasil que faz esse controle é o Ecad (Escritório Central de Arrecadação de Direitos), que possui 450 funcionários espalhados por diversas regiões brasileiras para fiscalizar e realizar essa cobrança.

No ano passado foi arrecadado mais de R$ 1 bilhão e repassados R$ 901 milhões para 267 mil artistas e compositores. Segundo o Ecad, 85% dos valores arrecadados ficam com os compositores, interpretes e músicos. Outros 6% são destinados para as setes entidades mantenedoras da entidade e 9% ficam para o próprio Ecad para manutenção de suas despesas.

 Sistema

O Ecad é o elo que conecta compositores, interpretes e músicos aos canais e espaços onde a música toca e emociona as pessoas. Teoricamente é por meio do pagamento do direito autoral que os artistas são remunerados pelo uso de suas músicas. Mas na prática é uma situação bastante complexa e que nem sempre faz os recursos chegar a quem é de direito.

O Ecad, que é uma instituição privada, sem fins lucrativos, cobra uma taxa, calculada por diversas formas, sempre que música são tocadas em locais de uso coletivo.

O Ecad é administrado por sete associações de gestão coletiva, que representam os compositores, artistas e demais titulares filiados a elas. Essas associações são: Abramus (Associação Brasileira de Música e Artess), Assim (Associação de Interpretes e Músicos), Amar (Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes), Sabacem (Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música), Sicam (Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais), Socinpro (Sociedade Brasileira de Administração e Proteção de Direitos Autorais) e a UBC (União Brasileira de Compositores).

A Abramus tem mais de 90 mil associados e é a maior associação de direitos autorais do Brasil. Além de ser vinculada ao Ecad é a única que trabalha com os segmentos de artes cênicas e artes visuais. Ela é presidida pelo músico e compositor Danilo Caymmi, filho de Dorival Caymmi e irmão de Dora e Nana Caymmi. Possui sede em São Paulo e escritórios no Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Brasília e Pernambuco. O músico e compositor Roberto Frejat é o vice-presidente da Abramus.

Para ter acesso aos recursos do direito autoral é preciso que o compositor, músico ou interprete seja associado em uma dessas associações. No Ecad estão cadastradas 16 milhões de obras de 3,7 milhões de compositores.



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