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Conferência dos bancários prepara pauta para encontro nacional da categoria

Abertura da Conferência Interestadual dos Bancários com a presença do presidente da Seeb-SP/MS, David Zaia, do presidente do Sindicato dos Bancários de Rio Preto, Aparecido Roveroni, e da economista Vivian Machado, do Dieese


Encerrou nesta sexta-feira (27) a Conferência Interestadual dos Bancários, que reuniu cerca de 120 participantes, representantes de 23 sindicatos do interior paulista e cidades do Mato Grosso do sul.  O evento voltou a ser realizado de forma presencial, após dois anos suspensos em razão da pandemia do coronavírus, no Ipê Park Hotel, localizado no município de Cedral. Os bancários pedem reposição da inflação e mais 5% de aumento real.

 O prefeito de Cedral, Paulo Ricardo Beolchi de Lucas, o Janjão, que durante 33 anos foi funcionário da Caixa Econômica Federal (CEF), participou do encerramento do evento e revelou ter levado toda sua experiência de bancário à prefeitura e destacou que, com isso, fez com que as contas ficassem em dia e sobrasse dinheiro para obras.

  A conferência levará as pautas e reivindicações dos bancários da região para a Conferência nacional, marcada para acontecer no começo de junho em São Paulo. Entre os principais pontos estão a defesa pelo aumento da contratação, melhoria da saúde e das condições de trabalho. Segundo diversas pesquisas, bancários é uma das categorias onde os profissionais mais adoecem precocemente.

 “Temos presenciado o adoecimento de muitos bancários com a grande pressão por cumprimento de metas e questões como saúde e condições de trabalho ocupam a nossa principal defesa”, enfatizou Aparecido Roveroni, presidente do Sindicato dos Bancários de Rio Preto e anfitrião do encontro na região.

 Lucros

Participantes da Conferência votam a pauta de reivindicações. Entre elas pedido de reposição da inflação e 5% de aumento real nos salários


 No primeiro dia da Conferência, que começou na quinta-feira (26), o presidente da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS), Davi Zaia, falou a conjuntura política e econômica e a economista Vivian Machado, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apresentou um mapeamento dos trabalhadores no setor financeiro e apresentou o crescimento dos lucros dos maiores bancos do país. Com exceção da Caixa Econômica Federal, que nos três primeiros deste ano teve 3,8% de lucro a menos na comparação com o mesmo período do ano passado, os lucros dos cinco maiores bancos do país somaram R$ 27,6 bilhões, com alta média de 15,4% nos últimos 12 meses.

 “As carteiras de crédito dos cinco maiores bancos somaram R$ 4,2 trilhões, registrando alta de 13,5% em doze meses”, destacou a economista do Dieese. Ainda de acordo com dados do Banco Central, a procura pelo rotativo do cartão de crédito em 2021 é a maior dos últimos dez anos. “Mais de 77% das famílias brasileiras estão endividadas, o recorde da série, sendo que 28,6% das famílias têm contas em atraso e 10,9% não terão condições de pagar suas dívidas”.

 Aumento real

Bancários votam favoráveis às pautas de reivindicações da categoria


 Os bancários desempenharam papel importante na linha de frente, durante a pandemia do coronavírus, para garantir o pagamento de benefícios a trabalhadores e aposentados. “Sem os bancários, tantos os que estão na linha de frente nas agências ou em home office, a população não teria garantido acesso aos serviços essenciais”, observou Hilário Ruiz, vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Rio Preto.

 Hilário destacou que os sindicatos, com apoio da categoria, têm ao longo dos anos buscado manter-se atuante para atender as demandas e necessidades daqueles que trabalham. “Nos organizamos, lutamos e conseguimos inúmeros benefícios. Vencemos balhas judiciais e preservamos direitos”.

 “Somos uma das poucas categorias a garantir aumento real nas campanhas salariais”, complementa Aparecido Roveroni. Ele lembra que a categoria tem hoje um dos melhores contratos coletivos de trabalho no país. “Mas nada caiu do céu”, observa. “Nada foi concedido gratuitamente. Exigiu dos trabalhadores, desde o início do século 20, muita luta e muitas greves para conquistarmos a jornada de seis horas, manter e até ampliar os direitos da categoria”.

 Mulheres

 As delegações presentes no encontro foram representadas por 95 homens e 25 mulheres. “Ainda somos minoria e isso precisa ser revisto”, reclamou Thelma Cardoso, presidente do Sindicato dos Bancários de Três Lagoas, que representou as mulheres na Conferência.

 “Temos mulheres exercendo importantes papeis, mas ainda pouco representadas nas diferentes frentes de trabalho”, observou Thelma. “Na categoria bancária somos 49% e a minoria a exercer cargos de chefia e liderança”.

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Diretores do Sindicato dos Bancários de Rio Preto presentes na Conferência Interestadual, realizada no Ipê Park Hotel


Mulheres não foram maioria, mas se fizeram presentes na Conferência

Diretores do Sindicato dos Bancários de Rio Preto participaram ativamente, durante os dois dias, na Conferência dos Bancários

Tudo que foi discutido foi democraticamente votado na Conferência

Diretoria do Sindicato dos Bancários de Rio Preto se fez presente em peso

Diretor do Sindicato dos Bancários acompanha a Conferência

Jurandir Garcia, tesoureiro do Sindicato dos Bancários, acompanhou e realizou anotações na Conferência realizada no Ipê Park Hotel

Ao todo foram 98 homens e 25 mulheres presentes no encontro ocorrido num hotel na divisa de Cedral com São José do Rio Preto



Momento em que o prefeito de Cedral, Janjão, fala aos participantes da Conferência

Prefeito de Cedral, Janjão, que foi bancário, cumprimenta o presidente da Federação dos Bancários, Davi Zaia

Momentos finais da Conferência dos Bancários no Ipê Park Hotel

As votações foram quase todas unânimes, mostrando que a categoria está unida

Prefeito Janjão cumprimenta Davi Zaia, presidente da Feeb-SP/MS

Prefeito Janjão é recebido pelo presidente do Sindicato dos Bancários na Conferência. Hotel Ipê Park fica localizado em Cedral e Janjão trabalhou 33 anos como bancário na Caixa Econômica Federal



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