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| Presidente do FNDES, Marcelo Ponte, avisa que estudantes em débito com o Fies tem até o dia 31 de agosto para renegociar suas dívidas |
Estudantes em débito com o Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) tem até o dia 31 de agosto para dar entrada em seu pedido de renegociação com o Governo Federal. Os descontos na renegociação da dívida podem checar até 92%. A informação foi dada pelo presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), Marcelo Lopes da Ponte, durante entrevista ao vivo no programa “A Voz do Brasil”.
Dados do Ministério da Educação mostram que dos
2,6 milhões de contratos ativos do Fies formalizados até 2017, mais de 2
milhões estão na fase de amortização, ou seja, pagamento das parcelas. Desses,
mais de 1 milhão de estudantes financiados estão com pagamento atrasado,
representando uma taxa de inadimplência de 48,8%. A medida abrange estudantes
com saldo devedor de aproximadamente R$ 38 bilhões.
Segundo Ponte, cerca de R$ 9 bilhões são devidos
em parcelas não pagas. Iniciada em 7 de março, a jornada de renegociações vai
até 31 de agosto. Para participar, o estudante deve ter parcelas em atraso a
partir de 90 dias. Os descontos vão de 12% a 92%, conforme o escalonamento das
dívidas, que leva em consideração o período do financiamento e tempo de atraso
das parcelas.
Para participar, o estudante interessado deve ter
parcelas em atraso a partir de 90 dias. Os descontos vão de 12 a 92%, e os
planos do reparcelamento podem chegar a 150 novas parcelas. Os interessados
podem simular os novos contratos de maneira digital. Não é nem preciso se
deslocar fisicamente até ao banco. Por meio dos aplicativos do Banco do Brasil
ou da Caixa os estudantes podem fazer a simulação e também renegociar ou quitar
sua dívida.
O presidente do FNDE informou, ainda, que os
estudantes com nome negativado em serviços de proteção ao crédito terão o
cadastro restabelecido assim que quitarem a primeira parcela.
O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) foi
criado em 2001 pela Lei 10.260, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
É um programa do Ministério da Educação destinado a financiar a graduação
superior de estudantes matriculados em cursos superiores não graduados. O Fies
não era um programa de bolsas de estudos. É um financiamento que deveria ser
pago pelo estudante financiado como qualquer outro financiamento.
No começo as exigências para se conseguir o financiamento
era bem maiores. O estudante tinha que comprovar que ele e sua família não possuíam
renda suficiente para arcar com os custos da mensalidade do curso. E os bancos,
tanto a Caixa como o Banco do Brasil, exigiam até dois avalistas com bens imóveis
para endossar o empréstimo.
Uma dona de casa, que teve a filha formada em
Comércio Exterior, e pediu para não ter seu nome revelado, contou à reportagem
da Folha do Povo que quase teve sua casa empenhorada por causa da dívida não
paga junto ao Fies. Ela era uma das fiadoras do financiamento feito pela filha
para poder concluir a faculdade. “E não teve jeito”, reclama. “Tivemos que
pagar tudo com juros e correção monetário, tirando dinheiro do nosso sustento
para arcar com essa dívida junto ao governo”.
Em 2011, no início do governo de Dilma Roussef,
entrou em vigor a flexibilização da lei para se contrair empréstimos junto ao
Fies. Foi abonado a necessidade de fiadores. O estudante poderia ir direto na
faculdade, muitas vezes nem necessidade tinha de comparecer numa agência
bancária, e lá assinava empréstimos em valores vultuosos, geralmente em até 100%
do valor total do curso, sem necessidade de fiadores ou de comprovação de renda.
Além disso, permitiu-se ao estudante solicitar financiamento do Fies em
qualquer período do ano.
Com todas essas facilidades, a concessão de empréstimos saltou para números bastante expressivos. Milhares de faculdades no Brasil inteiro aderiram ao programa, que tinha dinheiro certo para os proprietários das escolas e a incerteza do pagamento do dinheiro por parte dos alunos.
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| Marcelo Ponte, presidente do FNDE (à esquerda), durante entrevista, ao vivo, para os apresentadores Gabriela Mendes e Nadin Bruno do programa "A Voz do Brasil" Como renegociar Fies com a Caixa Econômica Federal Para fazer a simulação ou mesmo renegociar as dívidas com o Fies, os interessados devem acessar o site da Caixa no link abaixo: O estudante em débito com o Fies também pode, se preferir, comparecer em qualquer agência da Caixa Econômica Federal e solicitar uma simulação da renegociação. Como renegociar Fies no Banco do Brasil Mais de 500 mil estudantes têm contrato do Fies
com o Banco do Brasil. E todos estão aptos para realizar a renegociação.
Existem duas formas de fazê-lo. As parcelas em atraso podem ser consultadas e
renegociadas pelo aplicativo do banco. Quem optar por essa alternativa, deverá
acessar, no app, a opção “Soluções de Dívidas” e clicar em “Renegociação Fies”. Além disso, também existe a possibilidade de fazer a solicitação comparecendo pessoalmente em qualquer agência do Banco do Brasil. Para saber a situação da dívida junto ao Fies O estudante que não souber o montante de sua dívida junto ao Fies pode fazer a consulta por meio do link abaixo, informando o seu CPF: http://sisfiesaluno.mec.gov.br/seguranca/principal . |
