Ex-prefeito de Irapuã, Haroldo Ciocca, tem contas rejeitadas pelo TCE
Depois de três anos o
Tribunal de Contas do Estado revelou que deu parecer contrário às contas de
2019 do ex-prefeito de Irapuã, Haroldo José Pereira Ciocca. A decisão foi dada
no dia 21 de novembro de 2021 e somente divulgada nesta semana.
O relator Renato Martins Costa
deu parecer contrário às contas de 2019, penúltimo ano da administração do
ex-prefeito e destacou que os mesmos problemas vinham se repetindo nos anos
anteriores da gestão dele. Escreveu no parecer que o ex-prefeito e os responsáveis
pelas contas foram devidamente notificados em mais de uma oportunidade para
tomar providências e não tomaram para sanar as contas públicas.
Um dos principais fatos
que motivou a reprovação das contas do ex-prefeito foi a extrapolação do índice
de gastos com pessoal, que despendeu 55,54% da receita corrente líquida,
infringindo os limites legais da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Diversas irregularidades
O Ministério Público de
Contas (MPC) também opinou pela emissão de parecer desfavorável por, além da
extrapolação do teto de gastos, a ocorrência do déficit financeiro no
orçamento, insuficiência dos pagamentos dos precatórios, além da não
disponibilização dos documentos necessários para verificação das contas
públicas.
O TCE também apontou o
pagamento exagerado de horas extras para determinados funcionários e o
pagamento do 14º salário, desatendendo ao princípio da razoabilidade.
O relator não apontou mas
o ex-prefeito também foi acusado na Justiça de prevaricar em uma ação trabalhista
onde ele figurava como autor e beneficiário. Haroldo, o ex-prefeito, trabalhava
como dentista concursado na prefeitura e ingressou, antes dele tomar posse, com
ação trabalhista para receber diferenças salarias que achava ser seu direito.
Após ser empossado no
cargo como prefeito, Haroldo não nomeou nenhum representante da prefeitura para
comparecer às audiências de conciliação e julgamento da ação que lhe
favoreceria. A ação foi julgada à revelia, ou seja, por causa da ausência de
representantes da prefeitura para contestar a reinvindicação de Haroldo como
dentista. Ele mesmo determinou então que se efetuasse o pagamento para sua conta
bancária.