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Câmara de Bady Bassitt vota hoje contas rejeitadas pelo TCE do prefeito Tobardini

 

Tribunal de Contas acusa Tobardini de ter se apropriado de dinheiro desontado na folha de pagamento dos funcionários da prefeitura

As contas de 2017 do prefeito de Bady Bady Bassitt, Luís Tobardini (PSDB), rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) serão votadas nesta terça-feira pela Câmara dos Vereadores. O TCE rejeitou as contas pela falta de recolhimento de contribuições previdenciárias e de seguridade patronais durante os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, além da incidência sobre o 13º salário daquele ano. A somatória do dinheiro não recolhido foi, na época, de R$ 755,6 mil.

Na iniciativa privada o patrão que deixar de repassar à previdência os descontos realizados na folha de pagamento comete crime de apropriação indevida. No Código Penal o artigo 168, em sua alínea “a”, prevê pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa.

Em sua defesa, o prefeito justificou ao TCE que “não houve má-fé” e culpou a queda da arrecadação naquele ano. Alegou também que o recolhimento fora feito no primeiro semestre do ano seguinte. Porém a justificativa do prefeito não foi acatada. Fiscais do TCE apuraram que a queda da arrecadação foi de apenas R$ 18 mil e o prefeito deixou de recolher R$ 755,6 mil. Por unanimidade, o plenário do tribunal julgou como irregulares as contas e rejeitou a sua aprovação.

O presidente da Câmara, vereador Paulo César da Silva, conhecido como Paulinho da Porcada (PTB), solicitou parecer à Comissão de Finanças e Orçamento (CFO) da Câmara. Presidida pelo vereador Juliano Roberto Segala (PTB), a CFO já emitiu parecer desfavorável à aprovação das contas do prefeito. A comissão é composta ainda pelos vereadores Elias Moisés Barufi (PSD) e Luciano Matheus da Silva (MDB).

A reportagem da Folha do Povo apurou que o prefeito para derrubar o parecer desfavorável emitido pelo Tribunal de Contas e pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara ele necessitaria de seis votos ao seu favor. O que, segundo alguns analíticos políticos, está difícil de ocorrer.

Os três vereadores integrantes da CFO, que já votaram a favor do parecer pela rejeição das contas, deverão provavelmente manter o mesmo voto, pela desaprovação das contas, em plenário. A vereadora recém-empossada Ana Paula Murad (PSD) no lugar de Jacyro Vaz (PSD), falecido na semana passada, já se posicionou que irá atuar como oposição ao atual prefeito na Câmara.

O presidente da Câmara, que foi eleito como oposição ao prefeito, dará o voto minerva em caso de empate. Os oposicionistas já contam com quatro votos garantidos pela rejeição das contas do prefeito. Se a Câmara manter o parecer do TCE o prefeito ficará inelegível por oito anos e pode ter o mandato cassado por improbidades administrativa.

Parecer do TCE aponta que prefeito se apropriou, por quatro meses, de dinheiro que era dos servidores da prefeitura destinado à previdência


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