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Paulo Sotelo começou sua coleção quando tinha 14 anos e hoje aos 51 continua aficionado por miniaturas de trens |
Em
época de isolamento social, muitas pessoas têm aderido a algum hobby ou a
alguma atividade prazerosa para manter a mente ocupada e se esquecer, por
alguns momentos, das tristes notícias que assolam o mundo. Um destes hobby tem
sido o ferreomodelismo. O trem elétrico é uma excelente opção para quem está
procurando algo para entreter a mente e passar o tempo. É um hobby saudável,
desestressa e ajuda neste momento tão delicado pelo qual todos estão passando.
De
norte a sul do Brasil, muitas pessoas têm se interessado pelos trens elétricos
em miniatura, seja por pura diversão, hobby ou mesmo para preservar a memória
ferroviária do país.
Em
São José do Rio Preto, o bancário Paulo Sotelo, 51 anos, iniciou-se neste hobby
em 1984, ainda na adolescência. “Eu sempre gostei de trens e não tive nenhuma
influência familiar. É algo inexplicável. Quando vi uma miniatura de uma
locomotiva em uma loja, fiquei encantado e não parei mais. Hoje, tenho 80
vagões e 20 locomotivas, que coloco para rodar em minha maquete”, diz Sotelo.
Os tempos de isolamento social têm feito com que ele mexa mais com este hobby.
“Acabei tendo tempo de fazer algumas adaptações nos vagões, pintura e
melhoramentos na minha maquete. Há diversos ferreomodelistas aqui na região e
estamos pensando seriamente em criar uma associação que possa reunir os amantes
deste hobby”, finaliza.
O
estudante Mayke Henrique Pereira Balduino, 19 anos, morador de Neves Paulista,
iniciou-se neste hobby em 2013, pois desde pequeno sempre foi apaixonado por
trens. “Quando era criança, a TV passava um comercial dos trens da Frateschi, e
um deles era da ALL, empresa que passa aqui na região. Fiquei doido para ter
um, até que em 2013 ganhei a primeira locomotiva, e de lá para cá nunca mais
parei”, conta Balduino, que tem, em sua coleção, mais de 70 vagões e 14
locomotivas. A Frateschi é a única fabricante da América Latina de trens
elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais, situada em Ribeirão
Preto.
Balduino
tem até uma maquete, finalizada em 2020, que hoje é seu passatempo. “Minha
paixão pelos trens veio graças ao meu tio, que trabalhava em uma ferrovia de
Mirassol e me levava para ver os trens. Com esta pandemia, passei e me dedicar
ainda mais ao hobby e a pintar os vagões, algo que nunca havia feito antes. E
também concluí minha maquete. Mexo nela todos os dias, rodando os trens e as
locomotivas”, conclui.
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Joel Moraes, morador em Guapiaçu, é outro apaixonado por ferreomodelismo |
O
design floral Joel Moraes, 44 anos, morador de Guapiaçu, começou a se aventurar
neste hobby em 2009. “Tudo teve início quando vi um vídeo no YouTube sobre ferreomodelismo,
e fiquei muito interessado. Daí começou minha paixão, e hoje já tenho cerca de
30 vagões e 8 locomotivas, inclusive uma maquete, que pretendo reativá-la em
breve. Com a pandemia, acabei dedicando mais tempo a este hobby. Meu filho,
Caio Augustto, de 5 anos, inclusive adora trens. Aliás, toda minha família
gosta, principalmente minha mãe”, explica Moraes.
O ferreomodelismo
é um dos hobbies mais antigos do mundo, e sua origem remonta ao período em que
o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de
trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá,
muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros
pelas ferrovias deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo
assim, a paixão de algumas pessoas por este hobby se intensificou.
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As miniaturas reproduzem com perfeição estações de trens que estão em circulação |
“O
ferreomodelismo é uma mistura de entretenimento, baseado em modelos de escala,
e arte, pois os amantes deste hobby ficam fascinados quando começam a construir
suas maquetes, fazer toda a parte de decoração e cenário e projetar as
construções. É preciso ter capacidade de observação para se construir uma
maquete, pois todo esse trabalho de reprodução do mundo real é totalmente
artesanal”, diz Lucas Frateschi, diretor da Frateschi Trens Elétricos, empresa
com sede em Ribeirão Preto, no interior paulista, que possui mais de 50 anos de
atuação no mercado e é a única fabricante de trens elétricos em miniaturas e
réplicas de composições reais na América Latina. “Em tempos como estes, em que
as famílias têm ficado em casa, é preciso arrumar algum hobby para distrair a
mente. As pessoas pensam que o transporte ferroviário morreu, mas ele está vivo
e em expansão. A ferrovia é de valor estratégico imprescindível para um país
como o Brasil, e este crescimento ajuda a fomentar ainda a mais a paixão que
muitos brasileiros têm pelos trens, sendo que muitos passam o hobby do
ferreomodelismo para as futuras gerações”, finaliza Lucas.
Sobre
a Frateschi
Fundada
em 1967, a Indústrias Reunidas Frateschi é a única fabricante da América Latina
de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais. Situada em
Ribeirão Preto, no interior paulista, tem a missão de divulgar e preservar a
memória ferroviária do Brasil, por meio da prática do ferreomodelismo. Há mais
de 50 anos neste mercado, a empresa tem a convicção de que importantes relações
humanas, como a interação entre pai e filho, avô e neto e amigos, são
fortalecidas em momentos descontraídos durante a prática deste hobby.
Com
atuação nacional e internacional, a Frateschi possui representantes nos Estados
de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará e
Pernambuco, além do Distrito Federal. No exterior, seus representantes estão na
Argentina, Chile, Uruguai, Austrália, Nova Zelândia, Rússia, Suíça, África do
Sul e Taiwan.
Mais informações podem ser obtidas no site www.frateschi.com.br.
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Mayke Balduino, morador em Neves Paulista, é apaixonado por locomotivas |