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Arnaldo Jardim se manifesta contra voto impresso nas urnas

 

Deputado Arnaldo Jardim afirma que voto impresso nas urnas é uma "bobagem" sobre denúncias de fraudes que não existem

O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) em entrevista à Folha do Povo manifestou seu posicionamento contra a impressão do voto nas eleições. Ao ser indagado sobre o assunto, Jardim disse que a proposta de voto impresso nas urnas eletrônicas “é uma bobagem”.

“As urnas eletrônicas são invioláveis e plenamente reconhecidas”, afirmou o deputado, acrescentando que não tem o porquê se levantar essa discussão agora. “Esse movimento que o presidente (Jair Bolsonaro) estimula parece que ao invés de buscar definir algo de regras, busca estabelecer uma instabilidade no processo eleitoral e sem nenhuma fundamentação”.

O deputado do Cidadania lembrou que Jair Bolsonaro disse, sem provas, que no processo da eleição anterior teria havido fraude. “Mas ele, o presidente, foi vitorioso e ninguém questionou o resultado”.

 Voto eletrônico no mundo

O voto eletrônico é adotado por pelo menos 46 nações, como Suíça, Canadá, Austrália, México, Japão, Coreia do Sul, Índia e alguns estados norte-americanos. As urnas eletrônicas brasileiras já foram emprestadas para vários países como República Dominicana, Paraguai, Costa Rica, Equador, Argentina, Guiné Bissau, Haiti e México. E como aqui também não teve nenhuma denúncia comprovada de fraude.

 A urna eletrônica possui várias memórias internas e grava em chips e disquetes tudo que é nela digitado. Alguns dias antes das eleições é feito a auditagem das urnas para membros dos partidos políticos, da OAB, do Ministério Público e da Imprensa, que fuçam de cabo a rabo, procurando falhas para relatarem.

 A Justiça Eleitoral, composta por juízes, promotores e servidores concursados, convidou em 2009 hackers e especialistas em segurança para usando apenas seus conhecimentos técnicos tentarem quebrar os códigos de segurança e invadir a urna. Durante quatro dias tentaram, sem sucesso, acessar dados de testes dentro dos aparelhos.

 A zeréssima, teste que mostra antes do início da votação de que não há registrado nenhum voto nas urnas, é testemunhado por fiscais de todos os partidos e tem acompanhamento dos mesários, de representantes da Imprensa e de instituições como OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). E quando encerra-se a votação a urna eletrônica pode emitir até 15 Boletins. Um desses boletins fica afixado na sala onde foi realizada a votação.

 Vários partidos e órgãos de Imprensa costumam realizar o que eles chamam de apuração paralela, com base nos boletins de urnas. Na somatória dos votos até hoje nunca houve nenhum caso de divergência.

 “Além disso não faz sentido o eleitor querer sair da cabine eleitoral com um papel impresso informando em quem ele votou”, afirma Antônio Correia, que é um dos estudiosos do sistema de votação em diversos países, questionando para quem seria mostrado o voto. “Aí sim é que haveria compra de voto. Os coronéis da politica rasteira iriam adorar esse processo, pois pagariam antes uma determinada quantia em dinheiro para que o eleitor, também corrupto, trouxesse depois a comprovação do voto para receber o restante da propina”.

 “Não confiar na urna eletrônica seria a mesma coisa que não confiar no caixa eletrônico dos bancos, nas maquininhas de pagamento e nos celulares pelos quais quase todos fazem hoje operações financeiras”, acrescenta Correia, acrescentando que o presidente da República “só quer é tumultuar o processo eleitoral com essas propostas ridículas, usando do mesmo tipo de discurso utilizado pelo derrotado do Trump nos Estados Unidos”

André Janone critica alta nos preços do gás, combustíveis e alimentação e questiona o gasto de mais de 2 bilhões no orçamento para imprimir votos


 “Capricho do presidente”

 O deputado André Janones (Avante-MG), durante audiência  na Comissão de Controle e Finanças da Câmara, cobrou ações do governo para a situação calamitosa por que vive a população brasileira. “O povo brasileiro não é culpado dessa situação”, afirmou Janones. “É vítima. É o povo brasileiro que está sendo roubado todos os dias pelas rachadinhas, com os esquemas nas compras de vacina, com as mortes da covid por falta da vacina”.

 “Eu posso encher a boca para falar do povo, porque eu venho do povo. Sou filho de uma empregada doméstica de um cadeirante e me formei advogado trabalhando como cobrador de ônibus e por meio de um abolsa de estudo para aluno carente”, disse o deputado.

 Janones cobrou explicações do governo que “não consegue baixar o preço do gás, da gasolina, do arroz e dos alimentos, de dar um auxílio digno,  mas consegue enfiar 2 bilhões de reais no orçamento para atender um capricho do presidente da República para voltar lá no tempo dos dinossauros e colocar o voto num papelzinho”. 

Assista abaixo no vídeo o pronunciamento do deputado André Janones:




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