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MP apura se filha do prefeito Tobardini, de Bady Bassitt, furou fila para ser vacinada antes dos outros |
O conselheiro Dimas Ramalho, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), deu prazo de cinco dias para que mais de 100 prefeitos informe como foi feita a distribuição e divulgação da campanha das vacinas Coronavac e Sinovac em seus municípios. Entre os prefeitos notificados para prestarem esclarecimentos estão o de Adolfo, Antonio Izael Fernandes, o Chem (PSDB) e o de Cedral, Paulo Ricardo Beolchi de Lucas, o Janjão (Cidadania).
Ramalho faz uma série de perguntas aos prefeitos. Ele quer saber, por exemplo, como foi feita a campanha de vacinação, se houve contratação de propaganda institucional, quais as empresas contratadas e os valores gastos. Quer saber também os critérios e orientações adotados para a distribuição das doses da vacina aos hospitais, unidades de saúde e outras instituições.
O conselheiro pede para os prefeitos apresentarem a quantidade de doses e a relação nominal dos vacinados em cada unidade. Quer saber ainda as medidas adotadas para impedir desvios de doses na distribuição e aplicação de vacinas.
Segundo o conselheiro do TCE, as prefeituras deverão informar se estão divulgando em seus sites a relação das pessoas vacinadas, com nome, ocupação, local de trabalho e imunização. A determinação, frisa, faz parte da Lei de Transparência e Acesso à Informação (LTAI).
Suspeitas
O Ministério Público (MP) de Rio Preto apura denúncia de que a filha do prefeito de Bady Bassitt, Luiz Antônio Tobardini, teria furado a fila da vacinação contra o Covid. Neste primeiro momento a vacina, segundo cronograma do Ministério da Saúde, está sendo oferecida somente para os profissionais que atuam na linha de frente no combate à pandemia aos idosos.
O promotor de Justiça Claudio dos Santos de Moraes, informou que enviou ofício à Coordenadoria de Saúde do munícipio para que envie cópias da documentação sobre os procedimentos adotados para a imunização, inclusive com a relação dos vacinados.
“Quero saber o que aconteceu”, afirmou o promotor, ao confirmar que a denúncia chegou até ele que seu papel é fiscalizar. Segundo o promotor, se constatada a irregularidade apresentada na denúncia, poderá instaurar inquérito em que o prefeito pode ser enquadrado em ato de improbidade administrativa ou crime de responsabilidade.
O jornal “Diário da Região”, de Rio Peto, noticiou em seu site a informação e tentou, sem sucesso, falar com o prefeito. O jornal conseguiu falar com a primeira-dama Carmem, mas ela não quis comentar sobre o caso.