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Em 2018 José Sérgio, o vice-prefeito Juliano e o vereador Tatinho participaram juntos em um evento em São José do Rio Preto
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O vice-prefeito de
Mendonça, engenheiro Juliano de Oliveira (PSDB), foi uma das pessoas arroladas
como testemunha na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura eventuais
irregularidades pelo vereador José Sérgio de Oliveira (Solidariedade). A CPI
apura se o vereador, ex-presidente da Câmara, estava acumulando funções de
chefia na Prefeitura de Mendonça.
O mecânico Orivaldo de
Oliveira, popularmente conhecido como Vado da Oficina, protocolou denuncia na
Câmara, alegando que o vereador foi flagrado por diversas pessoas dando ordens em
servidores municipais e que estava constantemente no Paço e na Garagem Municipal.
Segundo Vado, pelo fato de ocupar a função de vereador, José Sérgio não poderia
acumular essas funções na Prefeitura. “A lei impede isso”, disse.
Depois de ter protocolado
a denúncia na Câmara, Vado contou à reportagem da Folha do Povo ter sido
procurado em sua oficina por um integrante da família do vereador solicitando
que ele retirasse a denúncia. “O que eu fiz eu não vou retirar”, disse Vado, ao
se recursar a voltar atrás na denúncia apresentada à Câmara.
Vado não nega que tem
interesse na vaga do vereador José Sérgio por ter sido eleito como primeiro suplente
a vereador pelo Partido Solidariedade. Vado chegou a pensar em sair do partido
depois que vieram à tona as denuncias contra o presidente nacional da sigla, o
deputado federal Paulinho da Força Sindical, acusado de desviar mais de R$ 120 milhões em propinas de contratos com
o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O deputado foi
condenado a 10 anos e 2 meses de prisão pela Justiça.
Depoimento
Embora os depoimentos
estão sendo mantidos em sigilo pelos vereadores integrantes da CPI, a reportagem
da Folha do Povo apurou que o vice-prefeito ao prestar depoimento confirmou ter
ouvido do próprio prefeito Antonino Caetano de Souza, o popular Sabiá, do mesmo
partido de José Sérgio, que o vereador teria “carta branca” no Almoxarifado da
Prefeitura.
O vice-prefeito teria
declarado que a recomendação era que toda vez que se precisasse de um caminhão
de terra ou de algum serviço, que exigisse veículos ou maquinários, que o
vereador teria que ser informado. Ao ser abordado pela
A CPI ainda continua
apurando os fatos. Mais pessoas deverão ser ouvidas. Não está nem descartada a
convocação do prefeito Sabiá para prestar informações. Se os fatos que estão
sendo apurados for comprovados o vereador poderá ter seu mandato cassado e
ficar inelegível por oito anos.