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Por tempo indeterminado as enquetes estarão suspensas até que o sistema esteja 100% seguro e confiável |
A direção da Folha do Povo informa que retirou do ar, em seu site, a enquete para averiguar a aceitação de possíveis pré-candidatos a prefeito nas cidades da área de circulação do jornal. Isto porque detectou falhas no sistema. E por se tratar de um órgão de imprensa sério, que neste ano completa 25 anos ininterruptos de atividades, a equipe técnica de desenvolvedores já identificou os problemas e está trabalhando para lançar no ar nova enquete assim que o sistema estiver 100% confiável e não mais vulnerável.
A ignorância de muitos e a perspicácia de alguns políticos e de seus assessores fez com que a direção Folha do Povo retirasse do ar as enquetes, para avaliar a preferência de eventuais pré-candidatos às prefeituras. A ignorância se refere à falta de conhecimento de muitas pessoas que não sabem discernir a diferença entre uma enquete e uma pesquisa eleitoral.
A enquete, como o jornal sempre esclareceu, não possui nenhum caráter cientifico e não serve de parâmetros. Não possui nenhum dispositivo técnico para avaliar estatisticamente resultados, porque não se sabe quem está votando na enquete. Não se sabe, inclusive, nem se é eleitor ou morador da cidade. É apenas um questionamento virtual, que evidentemente pode não refletir a realidade dos fatos.
A realização das enquetes foi normatizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que sejam feitas antes do início do período eleitoral. A Folha do Povo quando se propôs a fazer tais enquetes o fez com a intenção de mostrar a aceitação dos possíveis pré-candidatos a prefeito nas próximas eleições. Muitos que constam na relação podem nem ser, por diversas razões, confirmados posteriormente como candidatos. E evidentemente, por lapso não intencional do jornal, alguns nomes deixaram de constar na listagem dos pré-candidatos.
O jornal não ganha e não tem nenhum interesse político em favor de quaisquer candidatos. E também não tem contrato e nunca terá para defender quaisquer postulantes às prefeituras. Desonestos descobriram maneiras de sabotar e tentar manipular os resultados da enquete. Outros tentaram denegrir o nosso trabalho e alguns ainda vieram com ameaças desvairadas.
Em razão disso, as enquetes em todas as cidades onde foram constatadas eventuais manipulações irregulares estão sendo retiradas do ar. E o jornal não divulgará os eventuais resultados. O Departamento de Informática e o Departamento Jurídico da Folha do Povo estudam as medidas a serem tomadas.
Diferença entre enquete e pesquisa
De acordo com a Justiça Eleitoral as enquetes podem ser realizadas, antes do início oficial da campanha eleitoral (definido pela Lei Eleitoral) para detectar a aceitação de possíveis pré-candidatos às prefeituras. Durante o período eleitoral a realização das enquetes, de quaisquer tipos, seja via rádio, televisiva, impressa ou pela internet, é totalmente proibida. E devem ser denunciadas à Justiça Eleitoral. A multa varia de R$ 53 mil a R$ 106 mil. A Folha do Povo não autoriza nenhum partido político ou posterior candidato a fazer uso, durante a campanha eleitoral, de eventuais resultados dessa enquete.
Diferentemente das pesquisas, as enquetes não possuem nenhum caráter cientifico e nem estatístico. Na enquete pela internet é o eleitor que procura a sondagem para manifestar seu voto. E as vezes pode ser que o internauta participante da enquete nem seja eleitor naquele município, ou seja até uma criança ou estrangeiro.
Já as pesquisas eleitorais são regulamentadas pela legislação eleitoral, que impõe uma série de normas e restrições não somente para quem as realiza como também para quem as divulga. Primeiro elas só podem ser realizadas por institutos ou empresas inscritas na Receita Federal com essa finalidade. Uma padaria ou salão de beleza, por exemplo, com alto fluxo de clientes, não tem capacidade e nem estão aptos para realizar pesquisas.
As pesquisas devem ser obrigatoriamente registradas, com cinco dias de antecedência, na Justiça Eleitoral. E para registrar uma pesquisa é preciso que o instituto informe quem é o estatístico responsável, com registro no Conselho Federal de Estatística (CONFE).
Além disso, é preciso informar quem contratou e quem está pagando pelo serviço. E é preciso informar todos os critérios utilizados para a realização da pesquisa, como quantidade, faixas etárias, econômica e de escolaridade dos entrevistados, bem como os locais onde foram colhidos os dados. Tudo isso devidamente documentado para que a Justiça possa, a qualquer momento, solicitar a confirmação dos dados e informações.
O Instituto que realiza pesquisas também deve informar à Justiça Eleitoral a margem de erro, a quantidade de entrevistados, o período e as localidades em que a amostragem foi realizada. Também deve informar quanto custou e quem pagou pelo serviço, com cópia da nota fiscal.
Falhas encontradas
Entre as falhas encontradas pelo Departamento de Informática da Folha do Povo estava a possibilidade, por meio de artimanhas eletrônicas, de se poder votar mais de uma vez. Embora o software contratado para realização da enquete garantia que o sistema permitiria que apenas uma vez cada IP (Identificação do computador ou celular) poderia votar.
Outro fato que chamou atenção foi que a quantidade de visitantes ao site nos dois dias que a enquete esteve no ar, ser inferior ao número de votantes na enquete. E a quantidade de votantes na enquete, em alguns lugares, praticamente superava o número de moradores para diversos nomes constantes na listagem de eventuais pré-candidatos.
As falhas não ocorreram em todas as cidades abrangidas. Mas para evitar a contaminação de todo o sistema de avaliação proposto pela enquete, a direção da Folha do Povo resolveu suspender a realização da enquete em todas as cidades.
As falhas não ocorreram em todas as cidades abrangidas. Mas para evitar a contaminação de todo o sistema de avaliação proposto pela enquete, a direção da Folha do Povo resolveu suspender a realização da enquete em todas as cidades.
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