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Estatística: sobram oportunidades e faltam profissionais

A profissão de estatístico se tornou uma das mais bem pagas e procuradas do mercado


Enquanto a matemática trabalha com a relação exata, a estatística trabalha com a imprecisão. Ou seja, variações de média, métricas, amostragens, probabilidades, variâncias, interferências, sobretudo cálculos, muitos cálculos, fazem parte do cotidiano dos profissionais de Estatística. Tudo isso para conseguir organizar, planejar, analisar toda e qualquer circunstância e situação de vida.

Extrair conhecimentos uteis a partir de dados, utilizando ferramentas estatísticas, matemáticas e computacionais. Esse é o papel dos estatísticos, considerados cientistas de dados, para quem não faltam vagas no mercado de trabalho.

No ranking internacionais de profissões, a Estatística é considerara no ano passado como uma das melhores carreiras. Ela aparece entre as sete profissões mais procurada nos Estados Unidos. Na Europa está entre as cinco mais procuradas pelas empresas. Esses rankings refletem a crescente demanda por esses profissionais, que lidam com o desafio de extrair conhecimentos úteis a partir de dados.

Oferta maior do que a procura

O professor Marinho de Andrade Filho, do Instituto de Ciência e Matemática da Computação (ICMC) da USP, explica que a espinha dorsal do curso é a Estatística, que é profissão regulamentada no Brasil desde 1967. A procura por estatísticos aumentou ainda mais depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passou a exigir a assinatura de um desses profissionais para poder registrar pesquisas que analisam as preferências do eleitorado.

No Brasil, segundo o professor Gustavo Nonato, também do ICMC da USP, os alunos recém-formados da escola têm sido recrutados a preço de ouro para trabalhar nessa área. Marinho revela que os egressos do curso de Estatística já ingressado no mercado com salários iniciais variando entre R$ 4 a R$ 6 mil. O piso da categoria, para o estatístico sênior, é de R$ 3.024, para o doutorado na área é de R$ 8.640.

De acordo com o Conselho Federal de Estatística (CONFEA) no Estado de São Paulo, com 645 municípios, dispõe apenas de 50 empresas no setor que empregam pouco mais de 500 profissionais na área.




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