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Fiscal do Procon em operação de fiscalização nas empresas |
A Fundação Procon de São Paulo,
vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, com a participação de
48 Procons municipais, divulgou, na semana passada, o Ranking Estadual de 2018,
que apresenta as empresas e setores mais reclamados. Também são divulgados os
índices de soluções, que servem como parâmetro para os consumidores conhecerem
os fornecedores mais reclamados e como eles atendem as demandas de seus
clientes. Ao lado está parte do ranking estadual, que pode ser conferido, por
completo, no site da Folha do Povo.
O Rancking Estadual contém os 50 fornecedores (empresas ou grupo de
empresas) que mais geraram reclamações fundamentadas, ou seja, demandas de
consumidores que, não solucionadas em um primeiro atendimento, geraram a
abertura de processo administrativo.
Em 2018 foram registrados 741.555
atendimentos, entre consultas, orientações, atendimentos preliminares e
reclamações. Deste total, 52.292 geraram reclamações fundamentadas e demandas
não solucionadas, que seguiram para uma segunda etapa de conciliação, com a
abertura de processo administrativo.
Destaques
A empresa TIM passou a liderar o Ranking Estadual, com um total de
2.325, dos quais 1.705 foram atendidos e 620 não foram. Em 2017 ela já estava
entre as cinco empresas mais reclamadas e, em terceiro entre as empresas de
telecomunicações. Em 2018 a TIM apresentou um aumento de 32,2% no número de
reclamações registradas onde a maioria das reclamações está relacionada a
cobranças consideradas indevidas ou abusivas.
Pelo segundo ano consecutivo o grupo Vivo/Telefônica ocupa o segundo
lugar no Ranking Estadual. No entanto, houve uma redução de 44,16% no seu total
de reclamações: 2.279 registros em 2018 e, 4.081 em 2017. O índice de
reclamações não solucionadas também melhorou, passando de 44% em 2017 para 35%
em 2018.
O terceiro lugar, com 2.264 registros,
ficou com o grupo Pão de Açúcar/Extra/
pontofrio.com/casasbahia.com/Casas Bahia/Ponto Frio que, apesar de
ter melhorado sua posição em relação a 2017, onde foi 1º (4.722 reclamações),
apresentou uma piora no índice de solução das demandas, caindo de 77% para 64%.
Baixas soluções
Levando em consideração os dez
primeiros colocados no Ranking Geral, as Lojas KD (LKD Comércio Eletrônico S/A) e a Eletropaulo / Enel despontaram
como as empresas com os maiores percentuais de reclamações não atendidas, 77%.
As Lojas KD de um total de 1.317
reclamações atendeu apenas 298. Em 2017 ela sequer aparecia entre as 100
empresas mais reclamadas, com apenas 19 registros. A maioria das reclamações
foi referente a problemas de não entrega dos produtos adquiridos ou não
devolução dos valores pagos em caso de cancelamento da compra. Em maio/18 ela
entrou com pedido de recuperação judicial, o que acabou agravando a situação
dos consumidores.
O ranking é um recorte do Cadastro
Estadual de Reclamações Fundamentadas que atende ao disposto no artigo 44 da
Lei 8078/90 (Código de Defesa do Consumidor).
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Brasil