* Silvio Palma Caruso
Qualquer que seja o resultado das eleições de hoje, independente
de ideologias, partidos políticos, candidatos ou preferências pessoais, é um
“despertar” de toda a população. Todos nós brasileiros temos que entender esse
dia como uma lição, uma vitória!
Nós, trabalhadores normais, temos que entender que temos força.
Os servidores públicos de todos os setores e qualquer poder, que
como servidores, e trabalhadores, estão a serviço da população e para a o povo.
Todos os poderes têm que entender que têm obrigações como todos,
de realizar um trabalho honesto, para que receba o pagamento, ou benefício pelo
bom trabalho realizado.
A classe política está no poder por um único motivo constitucional
de “trabalhar pelo e para o povo”, na mais ampla forma do sentido e do
significado. A missão que lhe confiamos e “pagamos muito caro” não são
cumpridas, e pior ainda, estão usando nossa confiança em proveito próprio. Quem
permanecer, talvez por ser mais honesto cumprir suas obrigações, mentir menos
ou por merecimento pelos serviços prestados, tem que entender que trabalham
para o povo!
A imprensa tem que entender, como empresas, que além de todos os
seus funcionários, quem consome todos os produtos e serviços que vendem, são os
consumidores, o povo. O serviço dela e de todos os veículos de comunicação é
prestar informações “ausentes, seguras e confiáveis”. Caso não queira ser
considerada como “notícia falsa” e perder sua credibilidade. Essa é sua única e
principal função!
Os militares já entenderam há mais de 30 anos com o Movimento das
Diretas e devolveram o poder aos civis. As obrigações deles são outras contidas
na Constituição.
Quem trabalha somos todos trabalhadores desse país e suas
famílias. Quem produz qualquer produto, comercializa, presta qualquer serviço
público ou privado e consome. Nós consumidores finais, pagamos todos os impostos
extorsivos.
Nós, povo caímos em “sono profundo e forçado” em 64, com o regime
militar. Só quem viveu sabe o que foi. O sono só começou a se tornar
agitado mais de 20 anos depois, como Movimento das Diretas. Lá, os
militares entenderam que era hora de “devolver” o poder aos civis. Só que os
políticos da “Nova República”, composta de “velhas raposas” não entenderam.
Continuaram falando muito e fazendo muito pouco. Cheios de esperanças e
iludidos tivemos oportunidade de testar vários partidos, candidatos e
presidentes. Só ilusões e decepções, resultado nenhum...
Em junho de 2013 o sono começa a ficar agitado com o povo na rua,
num simples movimento escolar por aumento de centavos nos preços das passagens
de ônibus. Num despertar, sem partido, sem políticos e sem bandeiras, o bolo
cresceu mais que a forma e tomou as ruas do País, com o simples aparecimento da
Internet e das redes sociais. O povo aprendeu um pouquinho, que tem força. Os
políticos não aprenderam nada e continuaram enrolando da mesma forma.
Este ano, uma simples “paralização” de uma única categoria, a dos
caminhoneiros, parou o país sem estrutura alternativa para o transporte.
Novamente o povo entendeu que tem força, os políticos não entenderam nada.
Continuaram mentindo, prometendo e não cumprindo e culpando o movimento... Não
acredito em “político burro”, creio sim, e muito, na confiança na mentira e na
impunidade.
Hoje é o dia mais esperado e temido por todos os políticos:
eleições. Esperado por muitos para permanecer no poder e na impunidade. Outro,
se é que existe, para cumprir seu dever com a Constituição e com o voto de
confiança do povo, servir!
Nós povo, temos que entender que temos a força. Podemos fazer
dessa terra o “Brasil que queremos”. Temos que “exigir”, e não pedir, implorar,
mendigar aos representantes que escolhemos que cumpram, ao menos, o dever que
está na Constituição que eles mesmos fizeram. Saúde, educação, segurança,
transporte público, etc... Está tudo lá.
Não podemos acreditar vacilar ou cochilar de novo. Se o “Gigante
Acordou”, nós o povo, devemos exigir em primeiro lugar a “Reforma Política” com
o fim da imunidade e todos os iguais perante a mesma Lei.
A “revisão” e não “Reformas” trabalhistas e da previdência, onde
os servidores públicos têm direitos superiores aos nossos trabalhadores do
setor privado. Os salários dos políticos e servidores têm que ser baseados no
nosso "mínimo salário”, e não de formas especiais.
Estas são pequenas batalhas que temos que vencer, com mobilização de todos
independentes de partidos.
O fim impossível, mas no mínimo uma redução drástica da corrupção
desmedida e insaciável, de todos: empresários, políticos e servidores públicos,
inclusive militares envolvidos, julgados e condenados.
Se nós acordamos, exigirmos e conseguirmos ao menos apenas metade
disso, teremos um Brasil muito melhor.
Por outro lado, tudo exige sacrifícios que caberão ao povo do
Paraná, que vai virar Um “Estado de Segurança Máxima”. Se quisermos ser mais
justos aliviem a superlotação carcerária para dar lugar aos verdadeiros
“assassinos em massa” que desviam dinheiro dos hospitais, das escolas, da
educação, dos serviços de saneamento, segurança...
Deus anda muito ocupado com a fome, guerras, terremotos,
inundações que matam pessoas a cada minuto pelo mundo. Acredito que ele tenha
deixado essa “missão” em nossas mãos, onde existe pedacinho Dele que em nós,
nossa consciência. Então consulte Ele/ela, sua consciência sem interesses
partidários, políticos, por candidatos, pessoais e mal intencionados. Encontre
o pedacinho Dele, onde existe um único interesse, o interesse coletivo chamado
interesse social. Faça a sua parte que Deus já está fazendo e confiando em
você, e vote!
Vamos fazer nossa obrigação, vamos manter a mobilização e cobrar,
exigir de quem assumir o poder, que cumpra sua obrigação e nosso voto de
confiança da maioria, seja ele quem for. Que o povo salve o Brasil!
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Silvio Caruso