A soma
das despesas dos dois candidatos a governador por São Paulo já somam mais de R$
17,9 milhões. Em primeiro lugar em gastos e arrecadação, João Dória (PSDB)
informou à Justiça Eleitoral ter recebido R$ 12,3 milhões, dos quais 2 milhões são
do bolso dele, R$ 5,3 milhões do PSDB e o restante vieram de doações. Já a
campanha de Márcio França (PSB) declarou receita de R$ 16 milhões, sendo que o
principal montante veio do Fundo Partidário do PSB (R$ 10 milhões) e do PR (R$
5 milhões).
Entre os
doadores da campanha de Dória estão a família de Hugo César Salomone, dona do
grupo Savoy que possui três shoppings, o Aricanduva, Central Plaza, na zona
Leste, e Interlagos, na zona Sul, e 17 prédios inteiros. Só na avenida Paulista
são sete edifícios, entre eles o da Galeria Olido, alugado para a Prefeitura de
São Paulo por R$ 429 mil mensal. Os Salomones doaram R$ 800 mil para o
ex-prefeito paulistano.
A
campanha de Dória é financiada também pela família de Joseph Safra, o banqueiro
mais rico do Brasil, segundo a revista Forbes, que doou R$ 350 mil. Outro financiador da
campanha é Abílio Diniz, que foi indiciado recentemente por estelionato e
organização criminosa. Diniz doou R$ 250 mil ao ex-prefeito paulistano e
repassou mais R$ 900 mil para a campanha de outros 18 candidatos. Paulo Skaf
também recebeu R$ 250 mil.
A viúva de
José Ermírio de Moraes, Neyde Ugolini de Moraes, do Grupo Votorantim, doou R$
750 mil ao tucano. A família Garms, de Paraguaçu Paulista, dona da usina Cocal
e do Grupo Germânica, maior concessionária da Volkswagen no interior paulista,
doou R$ 60 mil. Waldemar de Oliveira Verdi Junior, do Grupo Rodobens, de Rio
Preto, doou R$ 100 mil.
Já a campanha
de Márcio França é bancada toda praticamente com verbas dos partidos PSB e PR.
O candidato não investiu em sua candidatura. Em sua declaração de bens consta
R$ 427,9 mil que resume-se a um apartamento em Praia Grande, títulos e
aplicações bancárias. Já Dória declarou possuir patrimônio de R$ 189,8 milhões,
com uma casa avaliada em R4 6 milhões e uma mansão em R$ 11,3 milhões.
Entre os
doadores os doadores para a campanha de França, aparece o empresário José
Carlos Zanchetta, dono de frigorífico fornecedor para diversas prefeituras, que
doou R$ 75 mil. Essa mesma quantia, Zanchetta também doou para a campanha de
Dória. Depois aparece Maxwel Viegas, empresário do ramo de materiais de
construção, com doação de R$ 10 mil, Augusto do Poco Pereira, ex-diretor de
finanças do Anhembi com R$ 6 mil e o jurista Luiz Flávio Gomes, eleito agora
deputado federal com mais de 86 mil votos, que doou R$ 5 mil.
Gastos
Os maiores gastos nas duas
campanhas dos candidatos a governador são com as produtoras dos programas
eleitorais. A campanha de João Dória já gastou R$ 9 milhões nesse quesito. A de
Márcio França, R$ 2,7 milhões.
Os dois candidatos também
estão gastando com advogados. Dória já utilizou R$ 103 mil dos recursos
arrecadados para pagar advogados, enquanto França cerca de R$ 500 mil.
Chama atenção nos gastos
divulgado à Justiça Eleitoral por João Dória as despesas de R$ 400 mil com táxi
aéreo..
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