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Racha da Mangueira completa 38 anos e homenageia Geraldinho

 
Geraldinho, ao lado da esposa Cleonice e da filha Nayara Cristina, recebe homenagem dos amigos

Há 38 anos eles se reúnem no clube de campo do Palestra Esporte Clube, de Rio Preto. A rotina futebolística acontece todo sábado a tarde e além de bater uma bolinha, o famoso “Racha da Mangueira” serve para colocar os papos em dia e também beber uma cerveja com os amigos.

O ano era de 1979. O general João Batista Figueiredo, último militar no Palácio do Alvorada, tomava posse como o 30º presidente do Brasil e sancionava a Lei da Anistia para os exilados políticos. Eunice Michilles tornava-se a primeira mulher a ocupar um lugar no Senado. Era fundada a Associação Nacional de Jornais. O ano foi marcado pelo surgimento do Irã dos aiatolás e pela queda do ditador de Uganda Idi Amim, derrubado pela Tanzânia após ser denunciado por matar milhares de pessoas nos oito anos em que esteve no poder.

Foi nesse clima de política conturbada que um grupo de amigos, associados do Palestra, liderados pelo técnico em injeção de diesel Geraldo Paulino dos Santos Junior, o popular Geraldinho, resolveram fundar o “Racha da Mangueira” contracenando com um clima de paz e amizade.  

Geraldinho, que na época ainda era solteiro e nem tinha conhecido a Cleonice com quem casou e teve os filhos Jorgas, Nayara e Ana Karoliny,  conta que ideia surgiu para contemplar dois grandes prazeres: futebol e amigos.

Ao longo de todos esses anos, o grupo cresceu e absorveu gente de todas as profissões, desde médicos, engenheiro, mecânico, delegado de polícia e borracheiro. Todos sem qualquer tipo de distinção se revezam, a cada seis meses, no comando do racha.  Muitos amigos se foram e outros foram chegando como o gerente de marketing Gustavo Poli, último presidente do racha, tendo Geraldinho como tesoureiro da diretoria.

Gustavo é conhecido entre os amigos como “Baiano”. E ele mesmo conta que é “baiano falsificado”, pois nasceu em Ribeirão Preto e alguns anos atrás mudou-se para Salvador para jogar bola. Como jogador parece que não deu muito certo. Mas se formou em Comunicação Social, onde conheceu e se apaixonou pela professora Mari, com quem hoje está casado.

Geraldinho revela que o nome Mangueira não tem nada a ver com a escola de samba que leva o mesmo nome e foi inúmeras vezes campeã do carnaval carioca. “O nome foi por causa de um pés de manga que tinha perto do campo e onde a gente se reunia para fazer churrasco após as partidas”.

Para quem pensa que a pelada fica no amadorismo, engana-se. Os dois times que disputam religiosamente todos os sábados no Racha da Mangueira tem até estatuto e regras rigorosas de disciplina e organização. As camisas são geralmente alusivas as originais dos grandes times de futebol. Todos os anos prestam homenagens para duas equipes do futebol nacional ou internacional.

Cleonice, esposa de Geraldinho, sem ciúme da diversão do marido fala do prazer de participar do Racha. “Todo sábado a tarde, desde quando meus filhos eram pequenos, a gente vem para o clube de campo do Palestra”, informa. “Aqui fizemos grandes amizades e não podemos perder essa confraternização”.


As confraternizações do Racha, feitas periodicamente a cada seis meses, formam uma grande família. Na última, realizada no último sábado, a diretoria presidida por Gustavo Poli prestou homenagem ao Geraldinho e outros dois assíduos frequentadores do racha.






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