A Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB) está alertando a população sobre a ação de
golpistas que têm se passado por advogados para aplicar golpes envolvendo
processos judiciais. O presidente da Comissão de Relacionamento com a Justiça
Estadual da 22ª Subseção da OAB, Antônio Gabriel Rodrigues, juntamente com
outros profissionais, explicou que criminosos estão utilizando informações
sigilosas de ações em andamento e até fotografias reais dos advogados para convencer
vítimas a realizar pagamentos indevidos.
Segundo
relatos, os estelionatários iniciam contato pelo WhatsApp, usando a imagem de
advogados verdadeiros para dar credibilidade à abordagem. Além disso,
demonstram conhecimento detalhado sobre o andamento dos processos, o que leva
muitos clientes a acreditar na legitimidade da mensagem. Em um dos casos
registrados, um cliente perdeu quase R$ 40 mil após efetuar pagamentos
acreditando estar conversando com o advogado Gabriel Rodrigues. Outro
profissional, Weyder Damásio, também teve suas fotos pessoais, inclusive com a
filha, usadas pelos criminosos para solicitar dinheiro a clientes.
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| Bandidos estão tentando se passar por advogados para enganar seus clientes |
A Polícia
Civil já está investigando os casos e, de acordo com Rodrigues, existem
indícios de que pessoas com acesso ao sistema eletrônico do Poder Judiciário
possam estar envolvidas, considerando os registros de acessos realizados aos
processos.
Diante da
gravidade da situação, a OAB orienta que qualquer solicitação de pagamento seja
confirmada diretamente com o advogado, preferencialmente por meio de visita
presencial ao escritório. A entidade ressalta que muitos golpes envolvem o
envio de boletos e guias falsas, apresentados como custos processuais urgentes.
Outro cuidado importante é verificar a inscrição do advogado na plataforma
ConfirmADV, disponibilizada pela própria OAB, que permite confirmar a
regularidade do profissional. Confira clicando aqui
A Ordem
recomenda ainda que a população desconfie de pedidos de pagamentos imediatos,
mensagens com tom de urgência ou cobranças fora do padrão habitual. Em casos
suspeitos, a orientação é registrar um Boletim de Ocorrência e informar às
autoridades os números de telefone utilizados pelos golpistas.
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