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| Urologista Fábio Simão, do Austa Hospital |
O câncer de próstata, o de maior incidência entre os homens (excluindo o de pele), vem avançando no Brasil. Se entre 2020 e 2022, houve mais de 65,8 mil casos, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) projeta aumento de 9% no triênio 2023–2025, quando 71,3 mil homens devem ter o tumor. O cenário da medicina hoje oferece todas as condições para estes números regridam.
As pessoas dispõem de acesso a exames preventivos e a recursos terapêuticos e cirúrgicos muito mais avançados do que antes, ressaltam os profissionais do Austa Hospital, de Rio Preto, centro médico referência no tratamento clínico e cirúrgico oncológico.
A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga, local de difícil acesso, e, nas fases iniciais, o câncer geralmente não apresenta sintomas. Por isso a importância do Novembro Azul, campanha de conscientização sobre a saúde do homem, com foco na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer.
“Quando o tumor é detectado cedo, as chances de cura são muito elevadas, com recuperação das funções da próstata de forma bem satisfatória, devolvendo qualidade de vida ao paciente”, diz o urologista e cirurgião Fábio Simão, do Austa Hospital.
“Descobrir o mais cedo possível o tumor nos permite realizar tratamentos com altas taxas de cura e reduz a necessidade de procedimentos mais agressivos. Quando o tumor evolui, pode causar sintomas urinários, dor óssea e perda de peso, daí a importância de procurar o urologista e realizar os exames preventivos”, reforça Dr. Gabriel Gustavo dos Santos, também urologista e cirurgião do Austa Hospital. “São cerca de 340 mil novos diagnósticos em apenas cinco anos, o que nos preocupa muito. Os homens são menos afeitos a realizar exames preventivos do que as mulheres”, acrescenta.
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| Urologista Gabriel Gustavo dos Santos, do Austa Hospital |
Felizmente, para o veterinário aposentado José Márcio Gomes, de 66 anos, ele não se enquadra neste perfil de homens. Em outubro, ele fez o PSA, exame que diagnosticou a doença, se submeteu à cirurgia e hoje está curado. Aos homens, José Márcio envia um recado: “Não temos que ter medo de fazer o exame de toque retal, afinal, ele nos livra de termos um câncer. Tive muita sorte de o câncer ter sido descoberto no estágio inicial. Se não fazemos os exames preventivos todo ano, é possível que só iremos descobrir quando já é tarde”, afirma o veterinário.
Os estudos médicos já concluíram que existem características que aumentam a chance de o homem ter câncer. Ter mais de 55 anos, histórico familiar da doença, ser negro e obeso são algumas delas.
Na consulta, o urologista leva em consideração estas características, porém, qualquer homem está sujeito a ter o tumor. Os principais exames utilizados na investigação são o PSA (antígeno prostático específico) e o toque retal, complementados, quando necessário, por exames de imagem e biópsia.
“Quando diagnosticado o câncer, o sucesso do tratamento depende do estágio da doença e pode incluir vigilância ativa, radioterapia, hormonioterapia ou cirurgia, explica Dr. Gabriel.
Não bastasse o fato de a doença causar a morte ou comprometer muito a qualidade de vida, os homens também têm como motivo forte para se cuidarem os importantes avanços da medicina no tratamento deste tumor.
Entre os procedimentos mais comuns para tratar o câncer estão a prostatectomia radical e a ressecção da próstata (RTU). Na prostatectomia, o cirurgião remove totalmente a próstata e as vesículas seminais, e em alguns casos também os linfonodos da pelve. “Este procedimento pode ser feito de forma tradicional (aberta) ou por laparoscopia, e costuma ter ótimos resultados, com altas chances de cura quando o câncer é descoberto no início”, destaca Dr. Fábio.
Já a ressecção é usada principalmente para aliviar sintomas urinários em casos mais avançados, ajudando o paciente a urinar melhor ao retirar o tecido que bloqueia o canal da urina.
Há ainda a cirurgia robótica, que permite ao médico realizar movimentos delicados e ter uma visão tridimensional ampliada da área operada, garantindo maior segurança, menos dor e recuperação mais rápida para o paciente.

