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Prefeita Meiri Catelani durante visita ao Rotary Clube de Bady Bassitt em outubro do ano passado |
A prefeita de Bady Bassitt, Janimeiri Catelani Buzzi (Podemos), exonerou no início deste mês 13 assessores e 16 inspetores de alunos, sob a justificativa de “escassez de recursos”. As portarias, no entanto, causaram surpresa entre os dispensados e até mesmo entre aliados políticos da gestora.
Apesar
disso, em várias portarias consta que os servidores pediram exoneração a
próprio pedido. A reportagem da Folha2 apurou com três exonerados que a
saída foi decisão unilateral da prefeita. “Ninguém pediu de livre e espontânea
vontade para sair”, afirmou um dos entrevistados.
Entre
os demitidos está a professora Mariza Judith da Silva, que até então ocupava a
coordenação da Educação Infantil. Concursada em Potirendaba, ela havia se
afastado do cargo para assumir a função em Bady. “Até janeiro estarei
desempregada”, declarou. Assim como a prefeita, Mariza foi presidente do Rotary Clube de Bady Bassitt.
Outra
baixa foi a da nutricionista Mariana Vieira do Nascimento, ex-coordenadora de
Compras e Licitação, filha do ex-vereador Adilson Vieira e sobrinha do vereador
João Carlos Vieira (PSB), aliado da prefeita na Câmara. O advogado Bruno Nardin,
segundo suplente de vereador pelo PSB, também foi dispensado do cargo de
assessor de gabinete.
A lista de exonerações inclui ainda: Helino Guilherme dos Santos (Esporte de Base), Diana Kelli de Oliveira Magalhães (Ensino Fundamental), Barbara Alves Scocca (Políticas Públicas), Paula Kelly dos Santos (Agricultura), Israel Silco de Souza (assessor de gabinete), Taise da Conceição (Atendimento Especial), Francine Vilela Abdalla (Vigilância Sanitária), Tatiane de Oliveira Michelli (Saúde), Vânia Martins Cestaro (assistente social) e Beatriz do Carmo Rabethegue (monitora de educação).
O
ex-vereador Márcio Elias dos Santos, o Marmitão, também havia sido demitido do
cargo de coordenador de Serviços Gerais, mas foi recontratado como coordenador
de Meio Ambiente. Ele atribuiu sua saída a desentendimentos com o vice-prefeito
Elias Baruffi, secretário de Obras. “Acho que ele tinha ciúmes de mim, porque o
povo me procurava para resolver os problemas”, disse. Baruffi atendeu a reportagem, mas solicitou que se procurasse a assessoria de imprensa da Prefeitura.
Procurada, a prefeita justificou que estava em São Paulo e solicitou que a reportagem procurasse a assessoria de comunicação da Prefeitura. Em
nota, a assessoria da Prefeitura afirmou que as exonerações ocorreram em razão
da queda de arrecadação e da necessidade de cumprir a Lei de Responsabilidade
Fiscal. “As medidas visam preservar a estabilidade financeira do município e
assegurar a continuidade dos serviços essenciais”, destacou.
“A
insatisfação chegou ao limite”, disse uma professora que preferiu não se
identificar, temendo represálias. O movimento ganhou força nesta semana, e a
categoria promete marcar presença na sessão da Câmara desta quinta-feira (2),
exigindo revisão imediata do plano de cargos e salários.
Por meio de nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura informou que a diferença na remuneração entre os professores PEB I e PEB II se deve à distinta carga horária de cada categoria, sendo a primeira de 36 horas e a segunda de 30 horas. A nota acrescenta que um novo Plano do Magistério está sendo elaborado e contemplará melhorias para a carreira.
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Meiri, ao lado do marido Amaury Buzzi, durante missa de ação de graças em Bady Bassitt |