Nesta semana em que se celebra o Dia da Saúde Ocular, 10 de julho, especialistas do Hospital de Base de São José do Rio Preto reforçam a importância dos exames oftalmológicos de rotina como forma eficaz de prevenir a perda da visão e garantir mais qualidade de vida. Mesmo sem sintomas aparentes, doenças como catarata, glaucoma, retinopatia diabética e problemas de refração podem evoluir de forma silenciosa, sendo identificadas apenas por meio de avaliações periódicas com o oftalmologista.
“O exame oftalmológico anual deve ser feito por todas as pessoas, inclusive as que não apresentam sintomas. Muitas doenças oculares não dão sinais no início e só são percebidas quando já causaram danos importantes à visão”, explica a oftalmologista Dra. Marina Gaglianone, oftalmologista do Hospital de Base. “A catarata, o glaucoma e a retinopatia diabética, três das principais causas de cegueira, podem ser diagnosticadas no exame de rotina e tratadas com eficácia se detectadas precocemente.”
No caso das crianças, a recomendação é que a primeira avaliação ocorra ainda no primeiro ano de vida, preferencialmente a partir dos seis meses de idade. “Às vezes, a criança enxerga mal com um dos olhos e isso só será percebido tardiamente, se ela não passar por exames oftalmológicos desde pequena”, completa a médica.
A oftalmologista Dra. Thaisa Barbosa alerta para o papel da prevenção no combate à cegueira. “Manter uma alimentação saudável, controlar a glicemia, especialmente para quem tem diabetes, e usar óculos com proteção UV são atitudes importantes. Mas nenhuma substitui a consulta oftalmológica de rotina, que deve ser feita uma vez ao ano”, ressalta. Segundo ela, mesmo quando o paciente não apresenta sintomas, o exame pode revelar alterações que, se tratadas a tempo, evitam complicações mais graves.
Referência em oftalmologia de alta complexidade pelo SUS, o Hospital de Base realiza cerca de 100 cirurgias oftalmológicas por semana. São cerca de 50 cirurgias de catarata, utilizando a técnica moderna de facoemulsificação, além de 12 a 18 cirurgias de retina, que envolvem doenças no fundo do olho tratadas com vitrectomia e laser. A instituição também realiza, semanalmente, cerca de 10 cirurgias de glaucoma, 10 procedimentos de plástica ocular, 3 correções de estrabismo e 3 transplantes de córnea. Além das cirurgias, o hospital oferece uma estrutura completa para diagnóstico e tratamento de doenças oftalmológicas, com acesso a exames avançados e subespecialidades como retina, córnea, glaucoma, estrabismo, plástica ocular e visão subnormal.
Embora muitas dessas doenças evoluam silenciosamente, alguns sinais exigem atenção imediata, como perda súbita da visão, dor ocular, olho vermelho persistente ou alterações no campo visual . Nesses casos, a busca por atendimento deve ser imediata. "Os atendimentos pelo SUS na instituição são realizados mediante encaminhamento da rede básica de saúde. O paciente chega ao Hospital de Base já com uma suspeita diagnóstica e, a partir daí, fazemos o acompanhamento com exames mais complexos e o tratamento adequado, seja clínico ou cirúrgico”, explica Dra. Marina.
