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Mário César afirma que não voltará atrás na decisão de renunciar à presidência do Rotary Internacional

Mário Cesar desautoriza campanha a favor para ele permanecer na presidência

 

A renúncia do presidente eleito do Rotary Internacional, Mário César Martins de Camargo, antes mesmo de assumir o cargo, foi motivada por questões pessoais, como saúde, negócios e familiares. Em comunicado oficial, Camargo explicou que a decisão foi difícil, mas que a situação o forçou a optar por essa alternativa.

O presidente eleito alegou que motivos de saúde, profissionais e familiares o levaram a tomar a decisão. A renúncia causou surpresa e movimentou a liderança do Rotary Internacional e também diversos rotarianos brasileiros. Ao jornalista Nelson Gonçalves, da Folha2, Mário César afirmou que está esperando a situação se acalmar para falar sua versão sobre os motivos que o levaram a renunciar ao cargo, que assumiria no próximo dia 1º de julho.

Os governadores dos 31 Distritos do Rotary no Brasil e do Distrito 1960 de Portugal emitiram uma moção de apoio a Camargo, demonstrando respeito pela decisão e reconhecimento da sua trajetória. Apesar da renúncia, Camargo indicou que continuará como rotariano ativo e servindo à sua comunidade.

Nos bastidores, a decisão de Camargo foi recebida com compreensão e solidariedade. Diversos líderes e membros da organização expressaram apoio ao ex-presidente eleito, reconhecendo o momento desafiador que ele enfrentaria.

Num vídeo gravado por Mário César anteontem de madrugada, nos Estados Unidos, e dirigida aos rotarianos brasileiros ele voltou a reafirmar que renunciou e que não voltará atrás em sua decisão.  Disse que não autoriza o envolvimento do seu nome em nenhum tipo de campanha para que a decisão da renúncia seja revista. “Eu não autorizo, não apoio, Eu não estou interessado e não estou envolvido em qualquer campanha para revisar ou para rever a decisão que foi tomada. Eu sou homem de uma só decisão. Eu renunciei a presidência do Rotary e assim manterei”, afirmou no vídeo, que vem circulando internamente nos grupos de whatsapp dos rotarianos. 

“Não tenho interesse nenhum em conturbar o processo e nem tenho interesse nenhum em ser presidente do Rotary Internacional. Minha estória com o Rotary em nível internacional termina aqui. Eu continuarei tentando merecer o carinho dos amigos que conquistamos durante 45 anos de Rotary. E isso para mim já basta. Não me envolvam com qualquer tipo de iniciativa para defender o meu nome em qualquer posição do Rotary Internacional. Não tem o meu consentimento e autorização”, finalizou.

Campanha independente

Pelas redes sociais um grupo denominado como “Pessoas em Ação” lançou um abaixo-assinado em favor de Mário César. O texto que acompanha o abaixo assinado diz que “uma grave ruptura de valores ameaça abalar os fundamentos éticos do Rotary International” e acusa dirigentes internacionais da instituição de promoverem “de forma silenciosa e pouco transparente uma nova eleição para presidente 2025-26”. Segundo a nota, essa eleição estaria marcada para acontecer neste sábado, 14 de junho. “Essa é uma decisão que não pode ser aceita pelos rotarianos comprometidos com a integridade institucional”, diz a nota, informando que o presidente estava eleito e não renunciou por vontade própria. “Fontes próximas e documentos internos indicam que houve pressão e coação para que ele abrisse mão do cargo”, afirma a nota.

Ainda segundo a nota, Mário Cesar, que já havia se preparado para assumir a função em 1º de julho, apenas solicitou 30 dias de adiamento para resolver questões pessoais urgentes. Ainda de acordo com o texto, o pedido surpreendentemente foi negado pelos dirigentes do próprio Rotary International. “Uma atitude inflexível, desumana e incompatível com os valores que a organização sempre declarou prezar: empatia, compreensão e respeito”, afirma a nota do grupo Pessoas em Ação.

“Qualquer tentativa de substituição neste momento configura não apenas uma injustiça contra Camargo, mas um golpe ético e moral contra todos os rotarianos do mundo”, afirmou a nota. “É fundamental alertar: qualquer candidato que aceite participar dessa suposta nova seleção estará, em essência, assumindo um cargo que não lhe pertence, e por isso não deverá ser reconhecido por aqueles que se propõe a liderar: os próprios rotarianos”.

“Neste momento, a coerência exige resistência. A ética exige posicionamento. E a lealdade exige respeito à liderança escolhida. O Rotary precisa, mais do que nunca, olhar para dentro de si e decidir se ainda caminha pela trilha da verdade”, finaliza a nota.


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