54 arcebispos recebem o pálio. Entre eles, cinco brasileiros e o de Rio Preto

Dom Villar recebe o pálio branco para ser carregado nas costas das mãos do Papa Leão 14

 Nelson Gonçalves, especial para a Folha2

Ao todo 54 arcebispos metropolitanos, entre eles cinco brasileiros, receberam do Papa Leão 14 o pálio, símbolo de comunhão com a Igreja de Roma. Durante a cerimônia, realizada neste domingo pela manhã no Vaticano, fizeram o juramento de fidelidade ao Santo Padre e à Igreja.

“Serei sempre fiel e obediente ao Bem-aventurado Apóstolo Pedro, à Santa e Apostólica Igreja de Roma, a ti, Sumo Pontífice, e a teus legítimos sucessores. Assim me ajude Deus Onipotente”.

Este foi o juramento feito na manhã deste 29 de junho, Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, pelos arcebispos metropolitanos nomeados ao longo do último ano, aos quais o papa Leão 15 concedeu a bênção e impôs o pálio

Entre eles cinco brasileiros estão: dom Ângelo Ademir Mezzari, arcebispo de Vitória (ES); dom Odelir José Magri, arcebispo de Chapecó (SC); dom Francisco Carlos Bach, arcebispo de Joinville (SC); dom Vítor Agnaldo de Menezes, arcebispo de Vitória da Conquista (BA); e dom Antônio Emídio Vilar, arcebispo de São José do Rio Preto (SP).

O pálio, que muitos imaginavam ser uma espécie de cajado, é, na verdade, uma estola branca que se coloca sobre os ombros. Representa a ovelha, a sagrada, a perdida e a achada. Antes de participar da cerimônia, dom Villar participou de uma entrevista nos estúdios da Rádio Vaticano, onde comentou sobre aquele momento. “É muito bonito poder sentir o afeto, o carinho para com cada ovelha. Casa uma é muito especial”, afirmou dom Villar. Para ouvir a entrevista na íntegra clique aqui

São José do Rio Preto foi a primeira arquidiocese criada pelo novo Papa Leão 14. “O pálio é o símbolo do pastor e está ali como se fosse uma ovelha no pescoço”, comparou o novo arcebispo. “Esse é o momento de estarmos unidos ao Papa, que também dá sua vida como pastor, impondo em comunhão com o colegiado e com os bispos do mundo inteiro”.

Esta foi a primeira solenidade do Papa Leão 14 para a entrega do pálio aos novos arcebispos. “É um momento rico da Igreja Católica que celebramos”, afirmou dom Villar. Segundo o novo arcebispo essa arquidiocese já era para ter sido criada com Dom Orani há 25 anos, com a criação da Diocese de Catanduva. “Mas naquele momento foi simplesmente subdivididas em regiões, começando a funcionar já com essas autonomias, mas não chegou a ser criada a arquidiocese. Esses 25 anos foram momentos de maturidade”, afirmou. “Temos um clero que é numeroso. Temos 130 padres e ajudamos também a igreja irmã, Cruzeiro do Sul, lá na região da Amazônia. Temos também o Instituto Missionário, que ajuda na missão em outros lugares, e a Fraternidade São Francisco de Assis, que tem barcos hospitais na Amazônia, com o Frei Francisco. E ainda temos hospitais e obras sociais de atendimento à recuperação de toxicodependência de pessoas que são tratadas”.

Dom Villar ressaltou ainda a quantidade de igrejas na Arquidiocese. Além da Catedral e da Basílica, que foi construída como voto de uma promessa do bispo Dom Lafayette porque a guerra da Revolução de 1932 não chegou na cidade. Então ele cumpriu o voto, dedicando a Nossa Senhora Aparecida essa basílica”.

Dom Villar informou que está a apenas três anos a frente da diocese e que ainda não conhece todos os detalhes da rica história da região. “A gente vai conhecendo aos poucos, pois é uma realidade muito amplo em conhecimento”.



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