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Se pretende dirigir em outro país, tire sua carteira internacional

 

Em 70 países o volante dos carros ficam do lado direito

Nelson Gonçalves, especial para a Folha2

 Dirigir em países estrangeiros pode ser uma experiência incrível. Mas é importante estar preparado. A primeira coisa é verificar se o país para onde irá aceita a Carteira Internacional ou a Permissão Internacional para Dirigir, que é uma licença com as mesmas informações da nossa Carteira Nacional de Habilitação (CNH), só que traduzida em nove idiomas e que permite ao seu portador conduzir veículos em qualquer um dos mais de 100 países signatários da Convenção sobre Trânsito Viário, firmada em Viena em 1968.

 Alugar um carro em qualquer país estrangeiro compensa mais do que ficar se descolocando de ônibus. Para se ter ideia, uma passagem de ônibus de Detroit até Chicago (540 km), por exemplo, custa 80 dólares. O aluguel de um caro sai em torno de 60 dólares.

 A PID como é chamada a Permissão Internacional para Dirigir é fundamental para identificar o motorista quando lhe for solicitado sua autorização para dirigir. Em países da América do Norte, como Estados Unidos e Canadá, as autoridades policiais até aceitam a nossa CNH dentro do prazo de 30 dias após o ingresso no país. Mas na hora de alugar de um carro, nem todas as locadoras aceitam a CNH. Algumas exigem que o condutor possua a Carteira Internacional, que é traduzida para oito idiomas.

As línguas incluídas na Carteira Internacional são o inglês, espanhol, português, chinês, japonês, árabe, russo, francês e alemão. Essa carteira facilita na hora de alugar um veículo ou contratar um seguro em mais de 100 países. Além disso, ela é essencial em caso de acidentes e infrações.

 Como tirar a PID?

No Brasil, além dos Detrans (Departamento de Trânsito) de cada estado brasileiro, o Automóvel Clube Brasileiro é a única entidade no país autorizada a emitir a Permissão Internacional para Dirigir, para uso no exterior pelos motoristas brasileiros portadores da CNH de qualquer estado.

A validade da PID é de, no máximo, três anos ou até a expiração da validade da CNH. Com a PID, o motorista brasileiro poderá dirigir as mesmas categorias para os quais está habilitado no Brasil.

Existe, no entanto, diferença no valor cobrado por cada estado para a emissão da PID. Em São Paulo o serviço pode ser feito no Poupatempo e custa R$ 399,00. Pelo site do Automóvel Clube Brasileiro (ACBr), que oferece uma das tarifas mais baixas do setor: R$ 243,00. Todo o processo de requisição da PID é realizado on-line de forma simples e segura. Não é preciso enviar qualquer documento.

 Pelo site do ACBr (acesse o site aqui), além da tarifa mais em conta, o condutor também se torna sócio internacional do clube e passa a ter, quando em viagens internacionais, acesso a inúmeros serviços nos 148 clubes membros da Federação Internacional do Automóvel (FIA) espalhados pelo mundo, sem qualquer anuidade, mensalidade ou custo adicional. Graças aos princípios de reciprocidade, o associado internacional do ACBr poderá contar com o efetivo suporte do clube local em eventual necessidade em solo estrangeiro, desde orientações legais ou turísticas. Confira aqui as formas de contatos com os clubes estrangeiros.

Existem inúmeros relatos de condutores que não conseguiram retirar veículos alocados em países como Chile, França e Itália por não terem a carteira internacional. Em todos os países da África, Oriente Médio, bem como na Austrália e Nova Zelândia o documento é condição essencial para poder dirigir e alugar um carro.

 

Em países como na Inglaterra e Japão a mão de direção é invertida

Regras diferenciadas

Quem vai dirigir em país estrangeiro é preciso antes de tudo ter conhecimento de algumas regras locais. Em alguns estados dos Estados Unidos da América (EUA) não é permitido, por exemplo, transportar bebidas alcóolicas na cabine dos veículos. Elas devem ser carregadas somente no porta-malas do carro. Na Espanha, se estiver fazendo sol, o motorista é obrigado a usar óculos escuros. Além disso, os condutores que usam óculos de grau são obrigados a ter um par extra para reposição.

Em alguns lugares da Europa, como França e Espanha, existe uma sinalização especifica que determina a permissão para estacionar o carro. Em algumas cidades, carros estacionados em ruas de mão única são obrigados a respeitar regras como a de que nos dias pares do mês, devem estacionar do lado da rua com os números pares e nos dias ímpares, do lado da rua com os números impares.

Na Bulgária, carros sujos podem levar multas. Na Grécia, é proibido fumar enquanto dirige. Na Macedônica, não é permitido que uma pessoa alcoolizada se sentar nos bancos da frente, mesmo que estiver de carona. Na França, a maioria dos semáforos não tem a cor amarela. A mudança ocorre diretamente do verde para o vermelho. E tanto nos Estados Unidos como no Canadá todos os veículos são obrigados a parar e contar até três em todos os cruzamentos que contem a placa “Stop”, mesmo que não venham nenhum veículo naquele momento. A multa para quem desobedecer a regra é de US$ 200. E no Canadá a multa é mais pesada ainda, cerca de 2 mil dólares, para quem não parar quando um ônibus escolar, aqueles amarelos com o motor na frente, estiver recolhendo ou deixando alunos.

Se alugar um carro nos Estados Unidos ou Canadá e precisar se deslocar entre esses dois países não se preocupe, pois tanto o velocímetro, como o GPS do veiculo se transformarão automaticamente de milha para quilômetros e vice-versa ao cruzar a fronteira. Nos Estados Unidos a velocidade máxima nas auto pistas é de 70 milhas, que equivale a 112,654 quilômetros.

 

Em alguns países, como nos Estados Unidos, o km é substituído por milhas

Mão invertida

O tráfego pela esquerda, comumente conhecido no Brasil por “mão inglesa” ou mão invertida, e adotado por mais de 70 países, na sua maioria por ex-colônias britânicas (com exceções dos grandes como EUA e Canadá), além de países da Ásia, como Japão, Tailândia e China.

Quem nunca dirigiu nesses países, pode estranhar bastante o sentido da circulação de trânsito nesses lugares. Na prática o que muda é que o condutor estará sentado no lado direito do carro e, por conseguinte, ele terá a faixa central de uma vida de mão dupla à sua direita.

Outra diferença é que a troca de marcha terá que ser efetuada com a mão esquerda. Os comandos de sete e limpador de para-brisa também são invertidos. A boa notícia é que os pedais se encontram na mesma posição dos carros brasileiros. Se puder, o certo é alugar um carro automático, pois assim será uma coisa a menos a se preocupar na hora de dirigir um carro com o volante do lado direito.

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Nos Estados Unidos, Libéria e Reino Unido a milha é utilizada

Motorista tem que saber a equivalência das milhas em quilômetros para não exceder a velocidades nas estradas

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