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Bancários realizam manifestação segunda-feira na avenida Potirendaba

Sindicato levará personagens e fantasias para simbolizar descaso dos bancos com a saúde dos funcionários: cerca de 80% dos bancários precisaram de atendimento médico no ano passado por causa das cobranças de metas. exigidas pelos gerentes

 

O fechamento de agências bancárias tem preocupado o sindicato dos trabalhadores da categoria. Na próxima segunda-feira (19) os diretores do Sindicato dos Bancários de São José do Rio Preto estarão percorrendo todas as agências da avenida Potirendada para realizar manifestação contra o fechamento das agências e reivindicar melhorias para a categoria.  A escolha dessa avenida para realizar foi estratégica pelo fato de ali se concentrar agências de todos os principais bancos comerciais existentes no país. Diretores do sindicato deixam claro que a manifestação não irá paralisar as atividades de nenhuma das agências.

No ano passado, o Brasil registrou o fechamento de 775 agências bancárias, de acordo com dados do Banco Central. Esse número reflete a tendência de redução de quantidade de agências físicas, que vem sendo impulsionado pelo aumento do uso de serviços bancários digitais e pela redução de custos. "A manifestação não é para paralisar o atendimento em nenhuma agência", explica Hilário Ruiz, vice-presidente do sindicato. 

Segundo Ari Cleber Fratantonio, diretor de Imprensa do Sindicato dos Bancários, a mobilização tem também como objetivo esclarecer os funcionários dos bancos sobre o início da campanha salarial deste ano. “Das 10 empresas mais lucrativas do Brasil, seis delas são bancos”, informa. Em 2022, o lucro dos bancos foi de R$ 106,7 bilhões e, em 2023, saltou para R$ 108,6 bilhões. “Se tem lucro, tem que ter valorização dos funcionários”.

O presidente do Sindicato dos Bancários, Júlio César Grochovski, afirma que o modelo de gestão dos bancos impacta diretamente na saúde dos funcionários. Recente levantamento mostrou que 80% dos bancários e bancárias tiveram algum problema de saúde no ano passado. E desses, quase metade estavam fazendo acompanhamento psiquiátrico. “É muita cobrança, muita pressão por parte dos bancos sobre os funcionários”, afirma. “Queremos menos meta, mais saúde”.

 

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