Sindicato dos Bancários realiza protesto contra fechamento de agência do Bradesco

Da RedaçãoFolha do Povo -3.7.24

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Sindicato dos Bancários levou personagens fantasiados de "morte" para simbolizar a morte da agência do bairro Boa Vista do banco Bradesco

Integrantes da diretoria do Sindicato dos Bancários de São José do Rio Preto estiveram protestando nesta quarta-feira (3) contra o fechamento anunciado de mais uma agência do banco Bradesco na cidade. Somente neste ano foram duas agências desativadas pelo Bradesco em São José do Rio Preto. Desta vez o banco anunciou o fechamento da agência 1271 do bairro Boa Vista, localizada na rua Campos Salles. Segundo a direção do banco, essa agência será desativada no próximo dia 23 de agosto.

A diretoria do Sindicato esteve reunida, na semana passada, com o gerente regional do Bradesco, Rolando de Oliveira Vanzela, quando ficou definido que nenhum dos 10 funcionários serão demitidos. Eles serão remanejados para agências das cidades da região. Além dos bancários, o fechamento dessa agência implicará em demissão ou remanejamento de três seguranças e dois funcionários do setor de limpeza, que são terceirizados pelo banco.

Nos últimos dois anos o Bradesco fechou quatro agências na cidade, sendo a última, a de número 3014 da avenida Faria Lima, no mês passado. O presidente do Sindicato dos Bancários de Rio Preto e Região, Júlio César Grochovski, afirma que o fechamento das agências é ótimo para o banco, ruim para os bancários e péssimo para os clientes. O vice-presidente do sindicato, Hilário Juliano Ruiz, disse que os mais prejudicados disso tudo é a população de baixa renda, justamente aquelas que dependem do banco para receber suas aposentadorias ou efetuar depósitos em dinheiro. “O banco parece não estar preocupado em atender a população, colocando agências nos bairros para facilitar a vida das pessoas”, afirmou. “O negócio do banco visa apenas lucro e mais lucros e não tem o mínimo de preocupação com o emprego dos bancários e com o atendimento à população”.

A dona-de-casa Rosa Maria Columbari, que estava na fila para poder receber sua aposentadoria, reclamou que o fechamento dessa agência irá criar um grande transtorno para a sua vida. “Minha mãe, que é aposentada, é cadeirante e precisa vir no banco todos os meses para poder receber sua aposentadoria”, informou, acrescentando que mora a apenas quatro quarteirões da agência do bairro Boa Vista. “Se nossa conta mudar lá para o centro não sei nem como vamos fazer para levar minha mãe que é cadeirante para lá”.

Outro que reclama do fechamento da agência é o comerciante Oscar Gomes Palmeira. Dono de um bar, ele informa que recebe muito dinheiro miúdo em espécie e precisa vir todos os dias no banco para efetuar depósito. Rosane Rabani, ex-bancária que hoje trabalha com poços artesianos, fez questão de manifestar seu descontentamento com o fechamento da agência. “É um absurdo o que esses bancos faturam e só pensam em lucros”, disse. Ela informou que necessita vir nessa agência quase todos os dias para efetuar depósitos bancários em dinheiro. “Por mais que a tecnologia evoluiu ainda não temos outra forma de efetuar depósitos em dinheiro sem vir na agência”.

Júlio César destacou a preocupação do sindicato com a concentração de serviços em menos unidades, alertando que isso poderá afetar o atendimento aos clientes. “Isso pode impactar negativamente tanto para os funcionários como para os clientes”, avisa o presidente do Sindicato. “Nós estamos atentos a essas mudanças e vamos continuar defendendo os interesses dos bancários e da comunidade”.

“O Sindicato dos Bancários continuará se posicionando contra o fechamento de agências”, ressaltou o vice-presidente da entidade, Hilário Ruiz, que também é funcionário do Bradesco, acrescentando que quando isso for inevitável, será exigido a manutenção dos empregos. “Para isso vamos mobilizar ações para conscientizar a população sobre os efeitos dessas medidas”.

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