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Opala Diplomata se transformou num verdadeiro ícone para carro de luxo para políticos |
Lançado como concorrente
do Ford Galaxie e do Dodge Dart, o Opala foi o primeiro automóvel de passeio
desenvolvido pela General Motors do Brasil. Foi apresentado ao público na
edição de 1968 do Salão do Automóvel de São Paulo. O nome era junção do antigo
modelo alemão Opel com o estiloso americano Impala (Opel + Impala). Foi bem
aceito pelo público, tornando um modelo consagrado.
Na época do lançamento, a
Chevrolet fez uma forte ação de marketing contratando celebridades para
divulgar o Opala. Campanhas na televisão, nos jornais e nas revistas eram
estreladas pela atriz Tônia Carreiro, o cantor Jair Rodrigues e até pelo
jogador Rivelino, que diziam: “Meu carro vem aí”.
Em 1975, quando foi
lançada a Caravan, houve também a entrada da versão de luxo, batizada como
Comodoro, que trazia alguns diferenciais internos e na pintura. Algumas versões
especiais do Comodoro vinham com teto vinílico, rodas esportivas de magnésio e
até teto solar.
Em 1980 foi lançada a
versão superluxo denominada de Diplomata, que caiu no agrado dos políticos da
época. A versão Diplomata passou por uma reformulação mais profunda, assumindo
formas mais retangulares nas lanternas dianteiras e traseiras. Com exceção do volante
e do painel de instrumentos, que manteve relógios circulares, tudo tinha novo
acabamento. Havia iluminação interna e dos painéis, recursos raros para o mercado
nacional. Ajuste no volante com sete posições diferentes e ar condicionado: uma
novidade para a época. Além de alarme sonoro para faróis ligados e temporizadores
de luz interna e vidros elétricos. E só havia a versão quatro portas.
O Opala Diplomata tinha
direção hidráulica, um luxo para a época. Por isso passou a ser o carro preferido
para prefeitos, deputados e secretários de Estado.
Várias organizações no
Brasil passaram a adotar o Opala como veículo oficial de suas frotas. Assim
foram muito utilizados como viaturas de Polícia Civil e Militar, carro oficial
da Presidência da República, da Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas
e até como ambulância, devido ao seu amplo espaço interno. Sua robustez, pelo
fato de ter quatro portas e espaço interno também o fizeram um dos carros mais
utilizados como táxis.
O último exemplar do Opala
foi fabricado no dia 16 de abril de 1992, quando foi produzida a unidade número
um milhão. Na ocasião de seu encerramento mobilizou vários entusiastas e fãs do
automóvel, que saíram em carreata nos arredores da fábrica em São Caetano do
Sul, como protesto pela retirada do modelo de linha.
O ex-presidente Juscelino
Kubitschek, que fundou a capital, Brasília, morreu dentro de um Opala em 1976
na rodovia Presidente Dutra. A causa do acidente até hoje não ficou muito bem
esclarecida. Em 2013 deputados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais
pediram para apurar novas provas sobre a morte do ex-presidente.
Ao deixar a presidência da República em 1984, José Sarney dispensou o Rolls Royce que teria direito de usar, e foi para casa dirigindo o seu próprio Opala Comodoro. As imagens foram mostradas, ao vivo, por todos os canais de televisão. E o carro já fazia dois anos que tinha saído de linha.
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Opala foi utilizado pela frota de veículos da Polícia Militar em diversos Estados |
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Opala Diplomata era o carro preferidos dos prefeitos e deputados |
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Opala Comodoro representava riqueza e luxo |
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A Caravan, perua do Opala, era utilizada pelas ambulâncias por causa do espaço |