A onda verde foi implantada nas principais vias de São José do Rio Preto
O secretário de Trânsito e Transportes, Amaury Hernandes, conseguiu uma façanha que agradou em cheio os motoristas que trafegam pelas principais avenidas e ruas de São José do Rio Preto. Ele implementou a chamada “onda verde”: a sincronização de semáforos que proporciona aos condutores que estiverem mantendo a velocidade média entre 30km/h e 50km/h, probabilidade de seguirem sequência em sinais verdes, sem necessidade de parar.
O radialista e jornalista
Sorroche Neto elogia a iniciativa do secretário municipal de Trânsito,
informando que são poucas as cidades brasileiras que dispõem do sistema “onda
verde” permitindo a coordenação semafórica em que uma corrente de trânsito
recebe indicação luminosa verde numa sequência de semáforos de uma determinada
rede. “Dá até gosto dirigir agora pelas ruas e avenidas da cidade”, afirma. “Se
der sorte de pegar sinal verde no primeiro semáforo o motorista pode seguir,
sem parar, por todo o trajeto numa avenida”.
A onda verde é um conjunto
de semáforos em que as indicações de cada um deles estão concatenadas, no
decorrer do tempo, a fim de minimizar o atraso e o número de paradas das
correntes de trânsito. Nessa rede com a onda verde as avenidas tem a prioridade,
na maioria dos casos, sendo ela o corredor. Assim quando o motorista sai de uma
transversal ele tem sua passagem restrita na avenida. Após isso ele faz parte
do corredor e acaba conseguindo pegar a onda verde, sistema que é bastante
utilizado em cidades dos Estados Unidos e países europeus. Lá é conhecido como
Green Wave, cuja tradução é literalmente “onda verde”.
O secretário Amaury
Hernandes explica que sincronizar semáforos não é algo simples. “Envolve
diversos aspectos, como um bom estudo de tráfego, alta tecnologia e profissionais
capacitados para realizar as programações”, informa Amaury. “Conseguir que os
semáforos estejam sincronizados, possibilita melhor fluxo, menos acidentes,
menos stress e menor tempo em trânsito”. O sistema foi implantado nas três
principais avenidas da cidade: Bady Bassitt, Alberto Andaló e Murchid Homsi.
O sincronismo ocorre em vias de mão de única onde os semáforos sincronizam o verde de forma sequencial. O primeiro semáforo sinaliza o verde e os seguintes sinalizarão o verde alguns segundos depois considerando o tempo de deslocamento entre os cruzamentos.
São José do Rio Preto é uma das poucas cidades brasileiras que possui em funcionamento o chamado “semáforo inteligente”. Um deles está instalado no cruzamento da avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira com a rua Xingu, no bairro Tarraf.
Esse semáforo permite ajustar as luzes de acordo com o movimento de trânsito, para melhorar o fluxo de veículos. Se não tiver movimento na rua Xingu ele permanecerá verde o tempo todo para quem trafega pela avenida Juscelino.
O semáforo inteligente possui um sistema de controle para veículos, que combina o semáforo tradicional por meio de sensores. Os ajustes nos sinais acontecem independentes e em tempo real.
O secretário
Amaury Hernandes, secretário de Trânsito e Transportes de São José do Rio Preto, é engenheiro, formado em Engenheira Civil pela Faculdade de Barretos. Possui especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e curso de Trânsito e Transportes pela Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos. É a segunda vez que ele ocupa o cargo de secretário na Prefeitura de São José do Rio Preto. Entre 2007 e 2008 foi também secretário de Trânsito na cidade. De 2009 a 2010 foi secretário de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente na Prefeitura de Olímpia, onde também ocupou a presidência, entre 2013 a 2016, da empresa Prodem (Progresso e Desenvolvimento Municipal).
Em todos os países do
mundo há uma “língua”, sem palavras, na qual todos entendem e são fluentes: as
cores do semáforo. Não importa onde estamos ou para onde vamos. Todos sabem que
o vermelho indica parar, o amarelo significa diminuir a velocidade e o verde,
seguir em frente.
Desde as civilizações
romanas, mais de 2 mil anos atrás, o vermelho foi usado como sinônimo de
“atenção”. Em meados de 1830, a cor passou a indicar para os ferroviários
ingleses que eles deveriam parar os trens, enquanto o branco sinalizava que o
maquinista poderia continuar o percurso.
Porém, um acidente fez com
que a cor branca fosse retirada desse sistema. A lente do farol vermelho caiu
em um determinado trajeto, deixando somente a luz clara à mostra. Sem conseguir
identificá-la, dois trens colidiram. A partir daí, o branco foi substituído
pelo verde, bem mais visível.
Ainda no século 19, o
grande fluxo de carruagens pelas ruas de Londres fez com que o semáforo das
ferrovias servisse de inspiração ao engenheiro John Peake Knight, que implantou
um sistema parecido nas cidades que chegou a ser utilizado também no Brasil. Um
policial ficava parado no meio dos cruzamentos, manuseando os indicadores
coloridos por meio de placas de dia e com sinais luminosos à noite, pois o
sistema não era automático e precisava ser mais rápido do que o dos trens. Não
deu muito certo. Além dos atropelamentos do policial que ficava no meio dos
cruzamentos, o gás que alimentava o luminoso certa vez explodiu, ferindo o
guarda que segurava o objeto.
Foi somente em 1917 que o
policial norte-americano e inventor Willian Potts implantou em Detroit o
semáforo automático com as três cores que conhecemos hoje. Potts viu a
necessidade de acrescentar o amarelo como “cuidado”, porque percebeu que ao
passar do verde para o vermelho não dava tempo suficiente de “frear” as
carruagens. No Brasil o primeiro semáforo foi inaugurado em 1935 na cidade de
São Paulo, num cruzamento de vias no bairro do Brás. Antigamente, a medida que
os semáforos eram instalados nas cidades interioranas era motivo de grande
festa, com a presença de bandas e autoridades para descerrar a fita inaugural
do equipamento.
E quem não consegue diferenciar as cores, como as pessoas daltônicas, distingue os comandos pela ordem, que é a mesma na maior parte do mundo. A luz de baixo acesa, onde fica o verde, indica que o motorista pode continuar em frente. A do meio, a luz de cor amarelo, pede para diminuir a velocidade. E a luz de cima, de cor vermelha, significa que é hora de parar. Se as luzes estiverem dispostas na horizontal, a sequência segue da esquerda para a direita, com vermelho, amarelo e o verde.
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Os semáforos sincronizados evita acidentes e ajuda a melhorar o fluxo de veículos |
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Secretário de Trânsito, Amaury Hernandes, ganha elogios do radialista Sorroche Neto |
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A onda verde ajuda a melhorar o trânsito e evita o stress dos motoristas |
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As principais avenidas da cidade estão semáforos interligados com a onda verde |