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Dia do Jornalista em 7 de abril é homenagem à Libero Badaró

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Libero Badaró: morre um liberal, mas não morre a liberdade!


O dia 7 de abril é uma data reservada no Brasil para celebrar o Dia do Jornalista. A data foi instituída pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), celebre entidade, fundada coincidentemente no dia 7 de abril de 1908, que teve papel importante em momentos decisivos da história, para homenagear o jornalista Giovanni Battista Libero Badaró, figura emblemática na luta pela liberdade de expressão no Brasil.

Badaró era um médico italiano, naturalizado brasileiro que se despontou no Brasil como jornalista. Foi ferrenho defensor da liberdade de imprensa e da democracia durante o período imperial. Foi preciso vir alguém de fora, a princípio um estrangeiro, para ver os desmandos e descalabros que muitos brasileiros não conseguiam enxergar. Sua postura critica ao monarca Dom Pedro 1º, que promovia orgias e festas, rodeadas de mulheres e muitas bebidas, com dinheiro dos cofres públicos, lhe rendeu perseguições e, em 30 de novembro de 1830, foi brutalmente assassinado, numa emboscada, próximo da Praça da Sé, em São Paulo. Seu assassinato foi o primeiro crime bárbaro da época. Os maçons e a sociedade daqueles tempos não tiveram dúvidas de que tratava de um crime cometido por seus inimigos políticos. E o principal suspeito de ter sido o mandante desse crime foi o próprio imperador.

Os distúrbios cresceram nas ruas após a morte de Badaró. O clima tempestuoso que irradiava a corte precipitou os acontecimentos. Os líderes de alguns partidos exigiam a renúncia do imperador.

Parte da população hostilizava o imperador. Muitos ministros pediram demissão de seus cargos. A situação chegou a tal ponto que, segundo relatos do historiador inglês Jonh Armitage, “bastava alguém aceitar cargo no governo para ficar impopular”.

Dom Pedro encontrou oposição nas ruas do Rio de Janeiro e nas cidades de Minas Gerais onde foi buscar apoio e não encontrou. O povo tomava espaços nas ruas e praças para contestar seu governo. Os conflitos culminaram com grupos de brasileiros mais exaltados atacando casas dos portugueses com pedradas, que responderam jogando garrafas, num episódio que ficou conhecido como a Noite das Garrafadas.

O imperador, pressionado por toda situação, após um manifesto redigido por 23 deputados e pelo senador Vergueiro, nomeou, um novo ministério, formado por políticos mis liberais. Entretanto os protestos não cessaram. E, em meio a uma série de complicações políticas e protestos, ele se viu obrigado a renunciar o trono a favor do seu filho, Dom Pedro 2º.

 Em meio a tudo isso, D. Pedro I decide abdicar do trono em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho, D. Pedro de Alcântara. No bilhete de sua abdicação está escrito: “Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que, hei mui voluntariamente, abdicado na pessoa do meu muito amado e prezado filho, o sr. D. Pedro de Alcantara. Boa Vista, sete de abril de mil oitocentos e trinta e um, décimo da Independência e do Império. Pedro.”

Fac-simile do jornal Aurora que conta o caso da Noite das Garrafadas


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