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Ritchie retoma aos palcos para comemorar 40 anos de carreira

 

Ritchie volta aos palcos para relembrar seus grandes sucessos e novas músicas

Ritchie, um cantor britânico apaixonado pelo Brasil, que compôs “Menina Veneno”, volta aos palcos para uma excursão de shows por diversas partes do Brasil.

O abajur é cor de carne. Essa frase na música “Menina Veneno” causou discussão na época do lançamento da melodia. “Chegou ao ridículo de me falarem que eu estava cantando a música errado”, contou Ritchie, numa entrevista ao jornalista Felipe Maia, da Folha Ilustrada. Com 70 anos completados, Ritchie comemora em 2023 as quatro décadas do lançamento do seu disco de estreia que o colocou nas paradas de sucesso e o fez conhecido por todo o Brasil.

“Diziam que a cor do tal abajur era carmim. Mas musicalmente carmim nem rola”, diz ele, teorizando sobre métricas poéticas do português com um sotaque britânico sutil.

“Estou muito animado com esta volta aos palcos. É a volta de quem não foi, porque sigo fazendo meus shows, mas discretamente

Ritchie revelou ao repórter como surgiu a composição da música, dizendo que foi um apanhado de referências que vai dos ruídos que sua filha, um bebê à época, fazia ao subir a escada de seu apartamento em São Conrado até conceitos da psicologia junguiana e um para-choque de um caminhão, de um saiu o título da canção.

Á cor de carne é a carne do Carnaval, a carne da pele, e o Brasil tem muitas cores”. Em 1983, Richie ganhava a vida como professor de inglês e se jogava como músico em projetos esparsos. Fazia alguns anos que frequentava os círculos musicais do Rio de Janeiro e São Paulo, gente que conhecia por intermédio de Rita Lee, amiga desde a época em que ela morou em Londres. Ele chegou a participar de um álbum com a banda Vimana, que acompanhava Lulu santos e Lobão. “A gente era pretensioso”, diz. “Queríamos ser o Yes, o King Crimson”.

Diz que escreveu “Menina Veneno”, junto com o parceiro Bernardo Vilhena, em apenas vinte minutos. Já tinha algumas músicas gravadas, mas sem sucesso, quando saiu batendo às portas da gravadoras para vender seu projeto. Amargurou negativas. O primeiro contrato veio por um desses acasos da música, quando Fernando Adour, arranjador de Roberto Carlos, ouviu de soslaio a músico do jovem inglês e o diretor da CBS, Toma Muniz, topou bancar a gravação.

Lançada em 1983, em poucas semanas “Menina Veneno” atingiu os primeiros lugares nas paradas de sucesso e chegou a ganhar um Disco de Ouro. “Naquele ano, vendi mais que Michael Jackson com ‘Billie Jean’”, lembra.

 40 anos de “Menina Veneno”

Ritchie em 1983, quando lançou a música "Menina Veneno"


“Menina Veneno” chegou aos 40 anos. O tempo passou rápido para o maior sucesso da carreira de Ritchie: a música atravessou as últimas quatro décadas sendo cantada por todo mundo, não importa a geração. Então, nada mais justo que ele prepare uma grande comemoração para os 40 anos de lançamento do álbum (era assim que se chamava na época) “Voo de coração”, da qual “Menina Veneno” faz parte. 

Ritchie vai sair em turnê com o show “A Vida Tem Dessas Coisas” e desembarca em São Paulo para grande show no Espaço Unimeddia 13 de agosto de 2023 (domingo). No repertório, os sucessos que marcaram a carreira desse inglês que chegou ao Brasil nos anos 70 e não foi mais embora. São músicas que ainda estão e ficarão na memória por muitas tantas décadas. Que o diga as mais de 70 milhões de visualizações de suas músicas, (regravadas no formato “ao vivo no estúdio”), no seu canal exclusivo do YouTube.

Para apresentar ao público canções como,  “A Mulher Invisível”, “Casanova”, “Pelo Interfone”, “Transas”, além da própria “Menina Veneno” e de “A Vida Tem Dessas Coisas”, que empresta o nome à turnê, Ritchie montou um show para marcar época no século 21. 

Seu novo empresário, Steve Altit, responsável por trazer ao Brasil grandes estrelas internacionais e ter empresariado alguns dos mais consagrados artistas brasileiros, reuniu um time de peso para viabilizar o projeto.  Em “Voo de Coração’Ritchie já falava em holograma, computador pessoal, numa época em que esses equipamentos mal existiam. Vamos ambientar esse espetáculo com a tecnologia atual para reforçar esse lado visionário que Ritchie sempre teve”, diz Alexandre Arrabal, ao lado de Kiko Dias, que assinam a direção de arte da turnê. Esse conceito ainda vem acompanhado da iluminação de Césio Lima, nome por trás da luz e fotografia dos maiores shows nacionais e internacionais no país.

No palco, Ritchie estará acompanhado por um quinteto com alguns dos melhores músicos de São Paulo. Essa nova jornada de “Menina Veneno”, para comemorar seus 40 anos, começa no Rio de Janeiro, dia 11 de Agosto,  no Vivo Rio, dia 13 de Agosto em São Paulo no Espaço Unimed, dia 19 de Agosto, dividindo o palco com o também inglês Steve Hackett, em uma noite mágica, oferecendo um show  sem cobrança de ingressos,  na linda praia de São Francisco em Niterói, dia 15 de Setembro em Juiz de Fora  e no dia 16 de Setembro no charmoso Palácio das Artes em Belo Horizonte, seguindo em outubro para o Sul do país, passando por Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis, seguindo, voando em direção aos  corações do Brasil, para encantar platéias e para que a gente nunca se esqueça de que a vida tem dessas coisas.

 

O tempo passou rápido e embranqueceu os cabelos pretos de Ritchie

 

 

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