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Celso Parra era agrônomo, formado pela Escola Superior de Agronomia de Paraguaçu Paulista |
Faleceu neste domingo, aos
63 anos, o Venerável Mestre a Loja Maçônica Aprendizes do III Milênio, Celso
Eduardo Mendes Parra. Ele era agrônomo, formado pela Faculdade da Fundação
Gammon de Paraguaçu Paulista e exercia pela segunda vez a função de venerável
na loja. Já tinha ocupado o mesmo cargo em 2009. Também era membro da diretoria
do Lions Clube Centro de São Rio Preto, onde também ocupou diversos cargos.
Celso Eduardo lutava, desde o ano passado, contra um câncer no pâncreas. Nasceu em Cafelândia no dia 30 de junho de 1959. Iria completar 64 anos em
junho. Morou por algum tempo em Uberlândia (MG) para fazer cursinho
preparatório ao vestibular. Lá foi colega de república do médico Dr. Izidoro
Fleeming, que foi presidente do Lions Clube master do Rio de Janeiro e que
somente vieram se falar 40 anos depois quando Celso fazia parte do Lions Clube
de São José do Rio Preto.
Trabalhou por mais de 25 anos como agrônomo da Cutrale, que é uma das três empresas que controlam cerca de 80% do mercado mundial de suco de laranja. Era viúvo. Há cerca de cinco anos perdeu a esposa Auta Maria Tita, vítima de câncer no seio. Deixa as filhas Isabella, 30 anos, e Fernanda, 25.
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Era a segunda vez que Celso ocupava o cargo de Venerável Mestre em sua loja maçônica |
O corpo de Celso Parra foi
velado entre 8h 30 e 12h no velório do cemitério Jardim da Paz em São José do
Rio Preto e depois foi levado para ser velado e sepultado em Cafelândia, sua
terra natal, onde muitos familiares, maçons e pessoas ligadas ao Rotary e ao
Lions, além de dezenas de amigos, prestaram as últimas homenagens ao filho
ilustre da cidade. O coronel Leandro Antônio Graton, substituto imediato de
Parra na loja maçônica, acompanhou não só o velório em São José do Rio Preto e
em Cafelândia e o sepultamento, como esteve no mesmo veículo que fez o
translado do corpo entre uma cidade e outra.
O velório e o sepultamento
em Cafelândia, segundo aas filhas de Celso, Isabelle e Fernanda, foi um pedido
do pai, antes de falecer, para que fosse enterrado no mausoléu da família
Parra. Esse mausoléu, segundo a reportagem da Folha2 apurou, foi construído na
década de 60 para abrigar as freiras de uma antiga congregação que existia na
cidade. Nunca chegou a ser usado pelas freiras. E quando a congregação se mudou
da cidade, a família adquiriu o mausoléu. Ali estão enterrados os pais de
Celso, diversos tios, primos e avós. Ao todo, segundo familiares, cabem ali 30
corpos.
Pouco antes da ainda do féretro
diversos maçons e amigos fizeram uso da palavra para enaltecer as qualidades de
Celso Parra. Leandro Graton falou que ele sempre foi muito dedicado em tudo
aquilo que se propunha fazer. Esmeraldo Ferrato, bastante emocionado, lembrou
das viagens que Celso Parra fazia todas as semanas para estar presente nas
reuniões de sua loja maçônica. “Nos últimos três anos ele tinha sido
transferido para trabalhar na cidade de Colina e vinha para Rio Preto, para
passar os finais de semana com suas filhas. Na segunda ele acordava as 5 horas
da manhã para chegar as 7 horas no escritório da Cutrale em Colina. Retornava
no mesmo dia para estar as 8 da noite na reunião da Maçonaria e, no dia
seguinte, novamente regressava as 5 d manhã para Colina”, lembrou Ferrato.
O comerciante Milton de Carvalho,
amigo pessoal de Celso, foi outro que falou sob emoção das qualidades do amigo.
“Que ele descanse em paz e só temos que agradecê-lo por todo esse tempo que
conviveu conosco”. Nelson Gonçalves disse que o legado de Celso Parra poderia
se resumir em duas palavras: comprometimento e assiduidade. “Ele tinha orgulho
de, em mais de 25 anos de serviço na Cutrale, nunca ter faltado um dia no
trabalho”, destacou. “Assim como ele também era 100% de presença em sua loja
maçônica no Lions Clube a que pertencia”.
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Momento do sepultamento no mausoléu da Família Parra em Cafelândia |
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Amigos e maçons se despedem de Celso Parra no mausoléu da famíllia |
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Família Parra é bastante tradicional em Cafelândia e o cortejo reuniu mais de quatro quilômetros de carros que acompanharam o carro fúnebre até o cemitério |
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Momento de dor e tristeza para os amigos e familiares: sepultamento de Celso Parra |
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Lions enviou coroa de flores e o governador Luiz Roberto decretou luto no Distrito LC-6 |
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Loja maçônica Aprendizes do III Milênio também prestou homenagem com coroa de flores. Mais de duas dezenas de coroas enfeitaram o velório e a sepultura |