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Brasileiro da Paraíba assume como presidente internacional do Lions em 2024

 

Fabrício de Oliveira, durante discurso na tribuna de um dos clubes de Lions

O próximo presidente do Lions Internacional, em 2024, o maior clube de serviços do mundo com mais de 1,4 milhão de associados será um brasileiro. Francisco Fabrício de Oliveira, 60 anos, de Catolé do Rocha, pacata e hospitaleira cidade de 28 mil habitantes no interior da Paraíba, assumirá o cargo de presidente internacional a partir de julho de 2024. De Catolé do Rocha a João Pessoa, capital paraibana, são 400 quilômetros de distância.

Fabrício de Oliveira não será o primeiro brasileiro a ocupar tão importante cargo. Antes dele o economista João Fernando Sobral, de São Paulo, ocupou o cargo no período de 1976/1977. E dez anos depois, 1996/1997, o empresário e administrador de fazendas Augustin Soliva, um suíço que ingressou no Lions, em 1960, na cidade paulista de Oswaldo Cruz, também foi presidente internacional do Lions, representando o Brasil.

Para chegar à presidência o Lions exige que se ocupe antes os cargos de 3º, 2º e 1º vice-presidentes na instituição. Para se eleger como 3º vice-presidente, Fabrício disputou o cargo com uma brasileira de Santa Catarina. Venceu a disputa com mais de 60% dos votos. São três anos de preparação para ser presidente.

Atualmente Fabrício está como 2º vice-presidente e em julho de 2023 assumirá como 1º vice-presidente. Somente em julho de 2024, durante a convenção, que será realizada na cidade de Marble Bar, no norte da Austrália, será empossado como presidente internacional do Lions. Até lá deverá viajar por todas as regiões do mundo, onde estão espalhados 743 Distritos e mais de 50 mil clubes de Lions.

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Sobral e Soliva, representaram o Brasil na presidência internacional do Lions

História

Fabrício junto com a esposa Amariles Oliveira


Fabrício de Oliveira tem história dentro e fora do Lions. Empresário no ramo de vestuário participou de diversos cargos do seu ramo profissional. Foi dirigente do comércio em Catolé do Rocha, sua terra natal, onde presidiu a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o Campestre Clube e a Fundação Manoel Vitoriano de Freitas, instituição mantenedora do Hospital e Maternidade Ermínia Evangelista. Foi presidente da Federação do Clube dos Dirigentes Lojistas (FCDL) da Paraíba e ocupou o cargo de secretário de Estado de Indústria e Comércio, no início dos anos 2000, na gestão do governador Cássio Cunha Lima, do PSDB.

Apaixonado por futebol já foi diretor do Tabajara Atlético Clube de Catolé do Rocha. Foi iniciado numa loja maçônica pertencente ao Grande Oriente do Brasil (GOB) onde chegou ao grau de Mestre. Tanto ele, como a esposa Amariles Martins de Oliveira, são associados e companheiros Melvin Jones no Lions Clube de Catolé do Rocha. O casal possui três filhos e uma neta: Fred Martins Fabrício de Oliveira (médico), Fabrícia Martins de Oliveira (advogada) e Stéphanie Martins de Oliveira (estudante).

 Planos

Em entrevista à um jornal da Paraíba, o futuro presidente internacional Fabrício de Oliveira falou um pouco de seus planos e metas para quando estiver ocupando o cargo. Afirmou que está se preparando em todos os sentidos para que possa fazer uma esplendorosa gestão. “Queremos aumentar em todo o mundo o número de pessoas beneficiadas com as ações do Lions”, afirmou. “No ano passado tivemos 495 milhões de pessoas atendidas pelos clubes do Lions no mundo. E para que o número de pessoas beneficiadas possa ser aumentado é preciso que ampliamos também o número de nossos associados”.

Fabrício de Oliveira reconhece que a idade média dos associados do Lions, em torno de 58 a 60 anos, é um pouco elevada e por isso frisa a necessidade de se renovar o quadro associativo com gente nova. “É natural que nós vamos envelhecendo com os anos, pois se não envelhecermos a gente morre”, observa. “Mas precisamos de mais mãos para servir, precisamos de gente nova, de sangue novo, que misturado à experiência dos mais velhos poderão fazer muito mais para servir a quem precisa”.

Disse ainda que seu trabalho estará enfocado nas cinco causas globais, escolhidas faz anos pelo Lions Internacional: visão, diabetes, fome, meio ambiente e câncer infantil. Disse também que pretende estudar, junto com os dirigentes, meios para se incrementar os intercâmbios de jovens, e talvez até de adultos, dentro do Lions.

 O que é Lions

 Os Leões servem. É bem simples assim, e tem sido assim desde que quando foi fundado em 1917, na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, o primeiro clube de Lions pelo corretor de seguros Melvin Jones. Os clubes são lugares onde as pessoas se reúnem para doar o seu precioso tempo e trabalho para melhorar as comunidades e o mundo.

O Lions Clubes é uma organização internacional, presente em 219 países, e atua como clubes de serviço cujo objetivo é promover o entendimento entre as pessoas, promover a paz, atender as causas humanitárias, e promover trabalhos voltados a comunidade local.

Os clubes tem como missão empoderar os voluntários e parceiros para melhorar a saúde e o bem-estar, fortalecer as comunidades e apoiar os necessitados. Tudo por meio de serviços humanitários e subsídios que impactem vidas em todo o mundo, além de promover a paz e a compreensão internacional.

Desde 1925, os leões são considerados como “paladinos dos cegos” quando Helen Keller passou a desenvolver, junto com o Lions, intensa campanha de prevenção a cegueira. Foi a partir daí que surgiu o lema “onde há uma necessidade há um leão”.

Em 1945, após o fim da Segunda Guerra Mundial, o Lions, junto com representantes de 46 países, foi uma das entidades signatárias da carta que ajudou a fundar a Organização das Nações Unidas (ONU). Isso lhe garantiu fama e projeção. Tanto é que o Lions, juntamente com o Vaticano, a Cruz Vermelha e o Rotary, são as únicas quatro instituições que não são países e que possuem assento permanente na ONU.

Em 1968 foi criada a Fundação Internacional Lions Clube (LCIF) que ao longo desses anos já deliberou mais de 1 bilhão de dólares em subsídios para projetos de causas sociais. Um dos exemplos de ajuda desses subsídios na região de Rio Preto está em Mirassol: a Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) dessa cidade recebeu, no ano passado, R$ 631,7 mil para a construção do Núcleo do Autismo, que atende cerca de 60 crianças com transtorno do espectro autista (TEA).

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Fabrício de Oliveira (segundo a direita) em reunião no Chile com dirigentes do Lions

Núcleo do Autismo na APAE de Mirassol, erguido com recursos do Lions


Relação dos presidentes do Lions e seus respectivos países:





 

 

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