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Governador, vice-governador e secretários de Estado poderão ter 50% de aumento nos salários

Ocupantes do Palácio dos Bandeirantes e secretários de Estado em São Paulo poderão ter 50% de aumento em seus salários a partir de 1º de janeiro de 2023

 A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) deverá votar nos próximos dias em segunda discussão o projeto de lei, proposto pela mesa-diretora da casa, que propõe reajuste de 50% nos valores dos salários do próximo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), do vice-governador eleito Felício Ramuth (PSD) e também dos secretários de Estado. No entanto a Bancada Feminina do PSOL, que tem a frente a deputada Paula Nunes, eleita com 259.771 votos, encabeça abaixo-assinado contra o reajuste dos salários dos governantes.

Segundo a deputada eleita, antes mesmo de assumir, parece que Tarcísio e sua turma já estão se articulando para garantir seus benefícios. Na verdade, a proposta para reajuste dos salários do governador, vice-governador e secretários estaduais foi protocolada pela mesa-diretora, presidida pelo deputado Carlão Pignatari (PSDB), no dia 19 de outubro, ou seja, quase duas semanas após as eleições do primeiro turno que alçou para a disputa em segundo turno os candidatos Tarcísio de Freitas e Fernando Haddad, do PT.

Na última terça-feira, dia 8 de novembro, após a eleição do segundo turno, a proposta foi aprovada, em regime de urgência, quanto a legalidade. Também foi aprovado em reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Finanças, Orçamento e Planejamento, com voto favorável do relator, deputado Delegado Olim (PP).

Com o reajuste de 50%, se aprovado o projeto, o salário do governador de São Paulo passará de R$ 23 mil para R$ 34,6 mil mensais. Já o subsídio do vice-governador subirá de R$ 21,8 mil para R$ 32,8 mil. E os salários dos secretários estaduais subirá de R$ 20,7 mil para R$ 31,1 mil mensais.

“Isso é um escárnio!”, afirma a deputada Paula Nunes, que está a frente do mandato coletiva de mulheres formado por outras quatro mulheres: Simone Nascimento, Sirlene Maciel, Mariana Souza e CarolIna Iara. “Somos contra esse aumento para supersalários. Vamos pressionar para não ser aprovado”.

“Ocupamos um mandato coletivo na Câmara Municipal de São Paulo em 2021, com a candidatura coletiva mais bem votada do país e a sétima da cidade”, informa a deputada eleita, acrescentando colocará agora o mandato na Assembleia a serviço da população. “Temos orgulho de ter continuado nas ruas e levado para dentro do legislativo nossas bandeiras”.

Sem aumento

Faz três anos que os subsídios do governador, vice-governador e dos secretários de Estado paulistas não recebem reajuste. O último reajuste aprovado, em novembro de 2018 na gestão do presidente Cauê Macris (PSDB), para valer em 2019 o índice foi de 2,92%. Em 2020, 2021 e 2022 não houve reajustes em razão da pandemia de coronavírus.

Nesse período, dos últimos quatro anos, o salário dos deputados estaduais, fixados em R$ 25.323,25 também não teve reajuste. No começo da pandemia o deputado Paulo Fiorilo (PT) chegou a propor redução no salário dos deputados que variava de 30% a 50%, dependendo do patrimônio de cada parlamentar. Mas a proposta não avançou na casa.

Abaixo-assinado

A Frente Feminina do PSOL lançou um abaixo-assinado para tentar barrar a aprovação do reajuste de 50% nos salários do governador, vice-governador e secretários de Estado.  Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a inflação em 2019 foi 4,31%, em 2020 de 4,52% e em 2021 de 10,06%. Em 2022 já acumula 8,73%. O acumulado da inflação nos últimos quatro anos é de 27,62%.

O documento pode ser assinado virtualmente, desde que a pessoa se identifica com nome completo, telefone e e-mail. Para assinar o documento, basta acessar o link abaixo:

https://bancadafeministapsol.com.br/abaixo-assinado-contra-aumento/




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