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Lions planta Pau-Brasil e Acácia Amarela em avenida de Rio Preto

Acácia Amarela será uma das árvores plantadas pelo Lions
(foto: Carol Soares/Minhas Plantas-reprodução internet)

 


Os dois Lions Clubes de São José do Rio Preto, o Centro e Sul, se unem, mais uma vez, para comemorar o início da Primavera e a Semana da Árvore. Neste domingo, dia 25, está programado o plantio de árvores, distribuição de mini-ikebanas e apresentação da Banda de Música da Polícia Militar.

“Temos que festejar com festa a chegada da Primavera, a estação mais florida e bonita do ano”, afirma o presidente do Lions Centro, Paulo César da Silva. “Plantar árvores é valorizar a vida, pois são elas que nos proporcionam oxigênio em abundância para todos os seres vivos”, acrescenta o presidente do Lions Sul, Ronaldo Vidotto.

O evento conta com apoio da Igreja Messiânica que tem como um dos seus pilares o incentivo à produção de ikebanas, que são arranjos florais utilizados como oferta para decorar casas. Ikebana é um termo japonês que significa flores vivas. São montadas com flores, folhas, galhos, frutos e plantas. Elas têm como objetivo de alegrar a vida, elevar o nível do sentimento humano e harmonizar o ambiente.

No canteiro central da avenida José Munia, defronte a sede do Lions, serão plantadas um exemplar da árvore Pau-Brasil, que é nativa das florestas tropicais e dá nome ao nosso país. Também serão plantadas duas mudas da árvore Acácia Amarela, além de flores ao redor. Essas mudas terão em sua frente placas para identificar a espécie e a data em que foram plantadas.

São poucos os brasileiros que sabem identificar a árvore que deu nome ao país. Alias é uma árvore rara e suas mudas dificilmente são encontradas no mercado. Desde 2004 o Pau-Brasil é uma árvore considerada como espécie em extinção.

 Os dirigentes do Lions depois de percorrer diversos mercados, inclusive na feira de plantas do Ceasa e de Holambra, tiveram de recorrer à sede da Flora Tietê, organização não-governamental com sede em Penápolis que trabalha com reflorestamento para conseguir uma muda da espécie.

Pau-Brasil

Quando os colonizadores descobriram o nosso pais, eles ficaram encantados com a imensa quantidade dessa árvore, que produzia o corante em tons avermelhado. As vestimentas na cor vermelha somente eram utilizados pelos reis, rainhas e gente da nobreza porque seu corante era muito difícil de ser conseguido e por isso era muito caro para a época.

 A espécie foi a primeira madeira a ser considerada de lei no Brasil como tentativa de impedir que ela fosse contrabandeada por navios espanhóis, franceses e ingleses que aportavam na costa brasileira durante o período de colonização. O motivo da invenção do termo “madeira de lei” foi para alertar que só podiam ser exploradas as madeiras que a coroa portuguesa autorizava, ou seja, dependia de autorização, exigida por lei, para poder ser cortada.

A madeira extraída dos troncos dessa árvore era muito utilizada para a fabricação de móveis, violinos, construção civil e naval em razão do seu aspecto duro e muito resistente, além de possuir uma coloração avermelhada, que chamava a atenção dos europeus fazendo com que possuísse alto valor de mercado.

O Pau-Brasil é uma árvore que pode chegar a 8 a 12 metros de altura, com tronco de 40 a 70 centímetros de diâmetro. Suas flores são amarelas, mas sua principal característica é fato de seu tronco possuir na parte interna tons avermelhados. Sua madeira é muita pesada, dura, compacta e muito resistente aos ataques de fungos e insetos.

 Madeira de Lei

Pedaços do tronco da árvore Pau-Brasil 


Hoje o Pau-Brasil encontra-se protegido por lei. É proibido seu corte e extradição para fins comerciais. Seu uso é permitido apenas para a fabricação de arcos de violino.

Por mais de 375 anos, o extrativismo do Pau-Brasil aconteceu em todo o país, até que a árvore foi declarada patrimônio nacional desde 1978. A Lei 6.607 estipulou o dia 3 de maio como a data oficial da árvore Pau-Brasil, que é a única protegida por lei.

Durante o final dos anos 1700 cortar uma árvore da espécie Pau-Brasil podia ser motivo de pena de morte no Brasil. Mesmo assim, muitas pessoas se arriscavam vendendo árvores contrabandeadas, principalmente no litoral do estado do Espirito Santo.

 Acácia Amarela

 A árvore Acácia Amarela tem um significado muito importante não só na Bíblia como também na Maçonaria. A Acácia é considerada como árvore sagrada desde os tempos de Moisés. No Livro de Êxodo, na Bíblia, ela é conhecida por te sido a madeira utilizada para a construção da Arca da Aliança, assim como foi usada para a fabricação da mesa dos pães, dos adornos do Tabernáculo e alguns historiados dizem que a madeira da acácia teria sido utilizada para construir a cruz onde Jesus Cristo foi crucificado.

Acácia Amarela é também considerada como planta símbolo da Maçonaria, representa Segurança, Clareza e também a Pureza. Foi na antiguidade, entre os hebreus, como árvore sagrada e daí sua conservação como símbolo maçônico, cujas folhas são utilizadas em diversos rituais maçônicos.

Acácia Amarela é também nome de uma música composta por Luiz Gonzaga, o rei do baião, e pelo maestro Orlando Silveira. Gravada pela primeira vez em 1982 essa música é muito conhecida pelos maçons e também pelas suas esposas, que são carinhosamente acunhadas como “acácias” e formam o “Clube das Acácias”, braço informal da Maçonaria brasileira.

A flor da árvore do Pau-Brasil tem tons amarelados

O tronco da árvore Pau-Brasil tem o miolo vermelho

A copa da árvore Pau-Brasil chega a atingir 14 metros de altura

Folhas da árvore Pau-Brasil são miúdas e bem verdinhas

O tronco da árvore Pau-Brasil possui tons avermelhados


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