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Jorge Haddad quer praticar os preceitos maçônicos como Grão-Mestre

 

Jorge Haddad, defronte ao Palácio Maçônico Liberdade, sede da GLESP

Aos 62 anos, completados no último dia 14 de maio, o empresário Jorge Anysio Haddad se prepara para assumir como Grão-Mestre da maior potência maçônica do hemisfério Sul, a Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo. Eleito com 63,9% dos votos ele assume o cargo no dia 1º de julho em solenidade no Teatro Liberdade, em São Paulo. Nascido em Araraquara, ele é engenheiro civil e atua como empresário em setores do aço voltados para a indústria da construção civil.

 Maçom há 29 anos, o empresário como o nome sugere possui raízes de descendência libanesa. E já adianta que não possui laços de parentescos com a família Haddad, ligada ao grupo Rodobens de São José do Rio Preto, e nem com o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

 Ele gosta de músicas clássicas e como não poderia deixar de ser adora comida árabe, como quibe, tabule, homus (pasta de grão de bico) e coalhada seca. É apreciador de um bom carneiro assado e tem como hobby navegar em lanchas por rios e pelo mar. “Faço parte do Clube Náutico e embora a gente more no interior já possuímos barco no litoral”, revela. Em uma rede social admitiu ter apreciado picles com cenoura, cebola e pinhão, bem como salmão enrolado na beringela, com maçã e camarão.

 Torcedor do São Paulo Futebol Clube e, claro, da Associação Ferroviária de Esportes, time da sua cidade natal, Haddad é casado com a professora e coordenadora pedagógica Renata Mascioli Haddad, com quem tem duas filhas: a Júlia, que é formada em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco da USP (Universidade de São Paulo) e quer tentar carreira como promotora pública; e Georgia, formada em Arquitetura, que deve seguir os caminhos do pai nas empresas da construção civil.

 Como todo nascido sob o signo de Touro, ele é engenhoso, gentil com sorriso largo e desfruta de muitos amigos. Possui compaixão e mente aberta, que o torna popular e admirável. É cuidadoso com as palavras, preocupado para não ofender os outros.

 Haddad é nome de origem bíblica. Muitos consideram como árabe, entretanto já existia esse nome entre os hebreus. O significado do nome em árabe é ferreiro ou oriundo de quem trabalha com fundição de ferro. Também significa, para muitos estudiosos da Onomástica, nome poderoso e valente. Já Jorge, que tem origem do nome grego Geórgios, deriva da palavra georgós, formada pela união dos termos ge, que quer dizer “terra”, e erghon, que quer dizer “trabalho”, de modo que significa “aquele que trabalha na terra”.   

Jorge Anysio Haddad toma posse no dia 1º de julho como novo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo (GLESP)


 Música

 Revelando ter aptidão para a música, o futuro Grão-Mestre afirma que nasceu ouvindo o pai cantar, nas horas vagas, como tenor de óperas. “Meu primeiro cargo dentro de uma loja maçônica foi o de Mestre de Harmonia e o venerável de descendência italiana  adorava ouvir árias orquestradas”, relembra.

 Dizendo ser fã do maestro Ricardo Rossetto Mielli, regente da Orquestra Sinfônica Carlos Gomes, que leva o nome do principal compositor brasileiro do Século 19, Haddad afirma que pretende investir e fortalecer o setor cultural da GLESP. Na gestão do Grão Mestre Ronaldo Fernandes ele ocupou a função de Grande Secretário das instituições paramaçônicas, que abriga sob o mesmo guarda-chuva as organizações Ordem Demolay, Filhas de Jó, Meninas do Arco-Íris, Távola Redonda e Estrela do Oriente, entre outras.

Novo Grão-Mestre da GLESP é engenheiro civil e empresário bem sucedido


 Reengenharia

 Perguntado sobre o que pretende fazer ao assumir como Grão-Mestre, Jorge Haddad foi simples e curto: “pretendo fazer e praticar todos os preceitos maçônicos que estão em nossos rituais”.

Ciente de que irá administrar um orçamento de mais de R$ 44 milhões, que é maior do que muitos municípios brasileiros, com cerca de 23 mil obreiros e 800 lojas, o futuro Grão-Mestre afirma que deverá otimizar e agilizar o sistema de administração. A distância de quase 300 quilômetros, que separa Araraquara, onde reside com sua família, com a sede da GLESP em São Paulo, não será problema impeditivo para exercer a função de principal dirigente da maçonaria paulista. Será o primeiro oriundo do interior paulista a ocupar o cargo. “A Grande Loja terá um gerente para resolver as questões administrativas internas e nós iremos cuidar da representatividade da Maçonaria”.

Diz que quer tomar pé da situação da GLESP com muito equilíbrio, calma e responsabilidade para estar ciente de tudo que está acontecendo. A transição já vem sendo feita, sem muitos problemas, entre a atual administração com a dele.

Entre suas ideias de campanha, está a independência entre o relacionamento e trabalho dos três poderes existentes, executivo, legislativo e judiciário.

Afirmando não possuir nenhum viés político e ideológico com administrações anteriores, Haddad quer praticar os ensinamentos dos rituais da Maçonaria, que tem como objetivo tornar feliz humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, igualdade e pelo respeito à autoridade e à crença de cada um.

Palácio Maçônico da Liberdade, sede da GLESP, maior potência maçônica do Brasil que congrega cerca de 23 mil obreiros de 800 lojas

 Teatro Liberdade da GLESP

Palco do Teatro Liberdade possui 244 metros quadrados de área


A posse do novo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo (GLESP) acontecerá, em solenidade fechada para maçons, no dia 1º de julho, às 20 horas, no Teatro Liberdade (rua São Joaquim, 129, bairro da Liberdade em São Paulo). O Teatro, que pertence à GLESP, ocupa espaço onde antes funcionava o Cine Tokyo.

Em agosto de 2019, saiu de cena a “Sétima Arte” para dar lugar à “Segunda Arte”. A área do antigo cinema, inaugurado em 1954, com mais de 3.000 metros quadrados, foi toda revitalizada e ganhou três novos ambientes interligados por elevador panorâmico, bar com 10 metros de comprimento, sala de espetáculos, palco com 244 metros quadrados, no formato italiano com fosso para orquestra de até 30 músicos.

Agora com confortáveis poltronas, o espaço comporta 900 lugares, distribuídos em plateia superior, plateia inferior, mezanino e quatro camarotes, com capacidade para dez pessoas. O teatro chama atenção pelo seu tamanho e estrutura moderna. O espaço é diferenciado com decoração bastante descolada e é considerado como o quinto maior teatro da capital paulista.

A acessibilidade é um dos pontos de destaque dentro do teatro, permitindo que pessoas com deficiências possam se locomover por todos os espaços, inclusive até a movimentação de um cadeirante até ao palco.

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Antigo Cine Tokyo, na rua São Joaquim, bairro da Liberdade, deu lugar para o Teatro Liberdade da GLESP

Teatro Liberdade chama atenção pelo seu tamanho em modernidade
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