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Audinei afirma que Rumo e DNIT poderá repetir erro de construir viaduto que não levará a lugar nenhum |
O corretor de imóveis e perito judicial em
avaliações imobiliárias Audinei Bonfanti divulgou relatório apontando eventuais
falhas no futuro traçado do desvio ferroviário na região de São José do Rio
Preto. Segundo ele, a empresa Rumo estará executando as obras conforme determinações
da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Departamento Nacional
de Infraestruturas (DNIT) com “uma falha muito grande no curso desse trabalho”.
Audinei cita, por exemplo,
que em Balsamo, cidade onde reside, estão construindo um viaduto inútil e sem
serventia. “Um verdadeiro ‘elefante branco’ que não vai levar nada a lugar
nenhum”, critica. “Entendo que os técnicos da ANTT e DNIT não saíram de suas
mesas para fazer o projeto e nem é necessário ser técnico em transportes para
detectar o problema”.
Admitindo que já teve problemas
anteriores com a empresa, Audinei escreve no relatório que “mudou muito para
melhor a relação da empresa Rumo, mas se faz necessário ainda agir e opinar de
forma divergente”. “Não podemos deixar para depois e caso não se corrija agora
o prejuízo para o meio ambiente, saúde pública, segurança e mobilidade urbana
não serão possíveis corrigir em curto prazo”.
“Tomei a iniciativa de
participar por entender que tenho prioridade para discutir o tema”, afirma.”
Vivi por quase 40 anos ao lado da via férrea, até ser desapropriado de forma
justa pela empresa. Meu objetivo não é enfrentar ou desrespeitar uma decisão da
empresa. Sei que tem muitos estudos, análises e avaliações. Só que há uma falha
grave ocorrendo e que precisa ser corrigida antes do início das obras do
segundo viaduto”.
O maior problema, segundo
o perito, é a localização do novo viaduto. “Onde estava anteriormente o viaduto
ajudaria a população, desafogando o trânsito e traria muito mis segurança”,
afirma. “Agora onde estão projetando o novo viaduto vai prejudicar a população.
Não se pode pensar apenas em lucro. É preciso reavaliar essa decisão em prol da
sociedade, que sofreu anos com o transtorno de ser vizinho da linha férrea”.
A linha férrea que corta a
região causa inúmeros problemas. O pior dele, na opinião de Audinei, é a
poluição sonora provocada pela falta de cancelas. E isso faz com que o
maquinista acione a buzina do trem, chegando a mais de 100 decibéis. “É um
absurdo, de estourar os tímpanos de qualquer ser. Nem os animais aguentam e
isso ocorre nas madrugadas”.